tag:blogger.com,1999:blog-58220376509823548062024-02-01T20:21:36.299-08:00Grupo G 23Um Blog de apoio ao Senador e três vezes Ex. Governador do Paraná Roberto Requião.
Por wallace ReqGRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comBlogger534125tag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-24440282381630890952016-01-10T12:21:00.003-08:002016-01-10T12:21:40.309-08:00Revolução e Contra-Revolução.<div class="MsoTitle">
Revolução e Contra-Revolução<span style="font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Plinio Corrêa
de Oliveira</span></i><span style="font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060234"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085251"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872191">Introdução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
“Catolicismo” dá a lume, hoje<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
seu centésimo número, e quer assinalar o fato marcando a presente edição com
uma nota especial, que propicie um aprofundamento da comunicação de alma, já
tão grande, que tem com seus leitores.</div>
<div class="MsoNormal">
Para isso, nada lhe pareceu mais oportuno do que a
publicação de um artigo sobre o tema <i>Revolução
e Contra-Revolução</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
É fácil explicar a escolha do assunto. “Catolicismo” é um
jornal combativo. Como tal, deve ser julgado principalmente em função do fim
que seu combate tem em vista. Ora, a quem, precisamente, quer ele combater? A
leitura de suas páginas produz a este respeito uma impressão talvez pouco
definida. É freqüente encontrar, nelas, refutações do comunismo, do socialismo,
do totalitarismo, do liberalismo, do liturgicismo, do <i>maritainismo</i>, e de outros tantos “ismos”. Contudo, não se diria que
temos tão mais em vista um deles, que por aí nos pudéssemos definir. Por
exemplo, haveria exagero em afirmar que “Catolicismo” é uma folha
especificamente antiprotestante ou anti-socialista. Dir-se-ia, então, que o
jornal tem uma pluralidade de fins. Entretanto, percebe-se que, na perspectiva
em que ele se coloca, todos estes pontos de mira têm como que um denominador
comum, e que é este o objetivo sempre visado por nossa folha.</div>
<div class="MsoNormal">
O que é esse denominador comum? Uma doutrina? Uma força? Uma
corrente de opinião? Bem se vê que uma elucidação a respeito ajuda a
compreender até suas profundezas toda a obra de formação doutrinária que “Catolicismo”
veio realizando ao longo destes cem meses.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
O estudo da Revolução e da Contra-Revolução excede de muito,
em proveito, este objetivo limitado.</div>
<div class="MsoNormal">
Para demonstrá-lo, basta lançar os olhos sobre o panorama
religioso de nosso País. Estatisticamente, a situação dos católicos é
excelente: segundo os últimos dados oficiais constituímos 94% da população. Se
todos os católicos fôssemos o que devemos ser, o Brasil seria hoje uma das mais
admiráveis potências católicas nascidas ao longo dos vinte séculos de vida da
Igreja.</div>
<div class="MsoNormal">
Por que, então, estamos tão longe deste ideal? Quem poderia
afirmar que a causa principal de nossa presente situação é o espiritismo, o
protestantismo, o ateísmo, ou o comunismo? Não. Ela é outra, impalpável, sutil,
penetrante como se fosse uma poderosa e temível radioatividade. Todos lhe
sentem os efeitos, mas poucos saberiam dizer-lhe o nome e a essência.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao fazer esta afirmação, nosso pensamento se estende das
fronteiras do Brasil para as nações hispano-americanas, nossas tão caras irmãs,
e daí para todas as nações católicas. Em todas, exerce seu império indefinido e
avassalador o mesmo mal. E em todas produz sintomas de uma grandeza trágica. Um
exemplo entre outros. Em carta dirigida em 1956, a propósito do Dia Nacional de
Ação de Graças, a Sua Eminência o Cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos
Motta, Arcebispo de S. Paulo, o Exmo. Revmo. Mons. Angelo Dell'Acqua,
Substituto da Secretaria de Estado, dizia que “<i>em conseqüência do agnosticismo religioso dos Estados</i>”, ficou “<i>amortecido ou quase perdido na sociedade
moderna o sentir da Igreja</i>”. Ora, que inimigo desferiu contra a Esposa de
Cristo este golpe terrível? Qual a causa comum a este e a tantos outros males
concomitantes e afins? Com que nome chamá-la? Quais os meios por que ela age?
Qual o segredo de sua vitória? Como combatê-la com êxito?</div>
<div class="MsoNormal">
Como se vê, dificilmente um tema poderia ser de mais
flagrante atualidade.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Este inimigo terrível tem um nome: ele se chama Revolução.
Sua causa profunda é uma explosão de orgulho e sensualidade que inspirou, não
diríamos um sistema, mas toda uma cadeia de sistemas ideológicos. Da larga
aceitação dada a estes no mundo inteiro, decorreram as três grandes revoluções
da História do Ocidente: a Pseudo-Reforma, a Revolução Francesa e o Comunismo<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<div class="MsoNormal">
O orgulho leva ao ódio a toda superioridade, e, pois, à
afirmação de que a desigualdade é em si mesma, em todos os planos, inclusive e
principalmente nos planos metafísico e religioso, um mal. É o aspecto
igualitário da Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
A sensualidade, de si, tende a derrubar todas as barreiras.
Ela não aceita freios e leva à revolta contra toda autoridade e toda lei, seja
divina ou humana, eclesiástica ou civil. É o aspecto liberal da Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Ambos os aspectos, que têm em última análise um caráter
metafísico, parecem contraditórios em muitas ocasiões, mas se conciliam na
utopia marxista de um paraíso anárquico em que uma humanidade altamente
evoluída e “emancipada” de qualquer religião vivesse em ordem profunda sem
autoridade política, e em uma liberdade total da qual entretanto não decorresse
qualquer desigualdade.</div>
<div class="MsoNormal">
A Pseudo-Reforma foi uma primeira Revolução. Ela implantou o
espírito de dúvida, o liberalismo religioso e o igualitarismo eclesiástico, em
medida variável aliás nas várias seitas a que deu origem.</div>
<div class="MsoNormal">
Seguiu-se-lhe a Revolução Francesa, que foi o triunfo do
igualitarismo em dois campos. No campo religioso, sob a forma do ateísmo,
especiosamente rotulado de laicismo. E na esfera política, pela falsa máxima de
que toda a desigualdade é uma injustiça, toda autoridade um perigo, e a
liberdade o bem supremo.</div>
<div class="MsoNormal">
O Comunismo é a transposição destas máximas para o campo
social e econômico.</div>
<div class="MsoNormal">
Estas três revoluções são episódios de uma só Revolução,
dentro da qual o socialismo, o liturgicismo, a “<i>politique de la main tendue</i>”, etc., são etapas de transição ou
manifestações atenuadas. Sobre os erros através dos quais se opera a penetração
larvada do espírito da Revolução em ambientes católicos, o Exmo. Revmo. Sr. D.
Antônio de Castro Mayer, Bispo de Campos, publicou uma Carta Pastoral da maior
importância<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Claro está que um processo de tanta profundidade, de tal
envergadura e tão longa duração não pode desenvolver-se sem abranger todos os
domínios da atividade do homem, como por exemplo a cultura, a arte, as leis, os
costumes e as instituições.</div>
<div class="MsoNormal">
Um estudo pormenorizado deste processo em todos os campos em
que se vem desenrolando, excederia de muito o âmbito deste artigo.</div>
<div class="MsoBodyTextIndent">
Nele procuramos - limitando-nos a um veio apenas
deste vasto assunto - traçar de modo sumário os contornos da imensa avalancha
que é a Revolução, dar-lhe o nome adequado, indicar muito sucintamente suas
causas profundas, os agentes que a promovem, os elementos essenciais de sua
doutrina, a importância respectiva dos vários terrenos em que ela age, o vigor
de seu dinamismo, o “mecanismo” de sua expansão. Simetricamente, tratamos
depois de pontos análogos referentes à Contra-Revolução, e estudamos algumas
das suas condições de vitória.</div>
<div class="MsoNormal">
Ainda assim, não pudemos explanar, de cada um destes temas,
senão as partes que nos pareceram mais úteis, no momento, para esclarecer
nossos leitores e facilitar-lhes a luta contra a Revolução. E tivemos de deixar
de lado muitos pontos de uma importância realmente capital, mas de atualidade
menos premente.</div>
<div class="MsoNormal">
O presente trabalho, como dissemos, constitui um simples
conjunto de teses, através das quais melhor se pode conhecer o espírito e o
programa de “Catolicismo”. Exorbitaria ele de suas proporções naturais, se
contivesse uma demonstração cabal de cada afirmação. Cingimo-nos tão somente a
desenvolver o mínimo de argumentação necessário para pôr em evidência o nexo
existente entre as várias teses, e a visão panorâmica de toda uma vertente de
nossas posições doutrinárias.</div>
<div class="MsoNormal">
Tendo “Catolicismo” leitores em quase todo o Ocidente, pareceu
conveniente publicar uma tradução deste trabalho, em separata. Preferimos o
francês, já consagrado pela tradição diplomática, por ser o idioma de país
católico mais universalmente conhecido.</div>
<div class="MsoNormal">
Este artigo pode servir de inquérito. O que, no Brasil e fora
dele, pensa exatamente sobre a Revolução e a Contra-Revolução o público que lê
“Catolicismo”, que é certamente dos mais infensos à Revolução? Nossas
proposições, embora abrangendo apenas uma parte do tema, podem dar ocasião a
que cada um se interrogue, e nos envie sua resposta, que com todo o interesse
acolheremos.</div>
<h1>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060235"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085252"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872192">Parte I – A
REVOLUÇÃO</a></h1>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060236"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085253"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872193">Capítulo I - Crise do Homem Contemporâneo</a></h2>
<div class="MsoNormal">
As muitas crises que abalam o mundo hodierno - do Estado, da
família, da economia, da cultura, etc. - não constituem senão múltiplos
aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio
homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de alma mais
profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem
contemporâneo e todas as suas atividades.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060237"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085254"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872194">Capítulo II - Crise do Homem Ocidental e
Cristão</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Essa crise é principalmente a do homem ocidental e cristão,
isto é, do europeu e de seus descendentes, o americano e o australiano. E é
enquanto tal que mais particularmente a estudaremos. Ela afeta também os outros
povos, na medida em que a estes se estende e neles criou raiz o mundo
ocidental. Nesses povos tal crise se complica com os problemas próprios às
respectivas culturas e civilizações e ao choque entre estas e os elementos positivos
ou negativos da cultura e da civilização ocidentais.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060238"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085255"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872195">Capítulo III - Caracteres dessa Crise</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Por mais profundos que sejam os fatores de diversificação
dessa crise nos vários países hodiernos, ela conserva, sempre, cinco caracteres
capitais:</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060239"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085256"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872196">1. É UNIVERSAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Essa crise é universal. Não há hoje povo que não esteja
atingido por ela, em grau maior ou menor.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060240"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085257"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872197">2. É UNA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Essa crise é una. Isto é, não se trata de um conjunto de
crises que se desenvolvem paralela e autonomamente em cada país, ligadas entre
si por algumas analogias mais ou menos relevantes.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando ocorre um incêndio numa floresta, não é possível
considerar o fenômeno como se fosse mil incêndios autônomos e paralelos, de mil
árvores vizinhas umas das outras. A unidade do fenômeno “combustão”, exercendo-se
sobre a unidade viva que é a floresta, e a circunstância de que a grande força
de expansão das chamas resulta de um calor no qual se fundem e se multiplicam
as incontáveis chamas das diversas árvores, tudo, enfim, contribui para que o
incêndio da floresta seja um fato único, englobando numa realidade total os mil
incêndios parciais, por mais diferentes, aliás, que cada um destes seja em seus
acidentes.</div>
<div class="MsoNormal">
A Cristandade ocidental constituiu um só todo, que
transcendia os vários países cristãos, sem os absorver. Nessa unidade viva se
operou uma crise que acabou por atingi-la toda inteira, pelo calor somado e,
mais do que isto, fundido, das sempre mais numerosas crises locais que há
séculos se vêm interpenetrando e entreajudando ininterruptamente. Em conseqüência,
a Cristandade, enquanto família de Estados oficialmente católicos, de há muito
cessou de existir. Dela restam como vestígios os povos ocidentais e cristãos. E
todos se encontram presentemente em agonia, sob a ação deste mesmo mal.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060241"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085258"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872198">3. É TOTAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Considerada em um dado país, essa crise se desenvolve numa
zona de problemas tão profunda, que ela se prolonga ou se desdobra, pela
própria ordem das coisas, em todas as potências da alma, em todos os campos da
cultura, em todos os domínios, enfim, da ação do homem.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060242"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085259"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872199">4. É DOMINANTE</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Encarados superficialmente, os acontecimentos dos nossos
dias parecem um emaranhado caótico e inextricável, e de fato o são de muitos
pontos de vista.</div>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, podem-se discernir resultantes, profundamente
coerentes e vigorosas, da conjunção de tantas forças desvairadas, desde que
estas sejam consideradas do ângulo da grande crise de que tratamos.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, ao impulso dessas forças em delírio, as nações
ocidentais vão sendo gradualmente impelidas para um estado de coisas que se vai
delineando igual em todas elas, e diametralmente oposto à civilização cristã.</div>
<div class="MsoNormal">
De onde se vê que essa crise é como uma rainha a que todas
as forças do caos servem como instrumentos eficientes e dóceis.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060243"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085260"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872200">5. É PROCESSIVA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Essa crise não é um fato espetacular e isolado. Ela
constitui, pelo contrário, um processo crítico já cinco vezes secular, um longo
sistema de causas e efeitos que, tendo nascido, em momento dado, com grande
intensidade, nas zonas mais profundas da alma e da cultura do homem ocidental,
vem produzindo, desde o século XV até nossos dias, sucessivas convulsões. A
este processo bem se podem aplicar as palavras de Pio XII a respeito de um
sutil e misterioso “inimigo” da Igreja: “<i>Ele
se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser violento e astuto.
Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral,
social, da unidade no organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a
graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade
sem a liberdade. É um “inimigo” que se tornou cada vez mais concreto, com uma
ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois:
Deus sim, Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até, Deus
jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo
sobre bases que não hesitamos em indicar como principais responsáveis pela
ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um Direito sem Deus,
uma política sem Deus</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<div class="MsoNormal">
Este processo não deve ser visto como uma seqüência toda
fortuita de causas e efeitos, que se foram sucedendo de modo inesperado. Já em
seu início possuía esta crise as energias necessárias para reduzir a atos todas
as suas potencialidades, que em nossos dias conserva bastante vivas para causar
por meio de supremas convulsões as destruições últimas que são seu termo
lógico.</div>
<div class="MsoNormal">
Influenciada e condicionada em sentidos diversos, por
fatores extrínsecos de toda ordem - culturais, sociais, econômicos, étnicos,
geográficos e outros - e seguindo por vezes caminhos bem sinuosos, vai ela no
entanto progredindo incessantemente para seu trágico fim.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060244"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085261"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872201">A. Decadência da Idade Média</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Já esboçamos na Introdução os grandes traços deste processo.
É oportuno acrescentar aqui alguns pormenores.</div>
<div class="MsoNormal">
No século XIV começa a observar-se, na Europa cristã, uma
transformação de mentalidade que ao longo do século XV cresce cada vez mais em
nitidez. O apetite dos prazeres terrenos se vai transformando em ânsia. As
diversões se vão tornando mais freqüentes e mais suntuosas. Os homens se
preocupam sempre mais com elas. Nos trajes, nas maneiras, na linguagem, na
literatura e na arte o anelo crescente por uma vida cheia de deleites da
fantasia e dos sentidos vai produzindo progressivas manifestações de
sensualidade e moleza. Há um paulatino deperecimento da seriedade e da
austeridade dos antigos tempos. Tudo tende ao risonho, ao gracioso, ao festivo.
Os corações se desprendem gradualmente do amor ao sacrifício, da verdadeira
devoção à Cruz, e das aspirações de santidade e vida eterna. A Cavalaria,
outrora uma das mais altas expressões da austeridade cristã se torna amorosa e
sentimental, a literatura de amor invade todos os países, os excessos do luxo e
a conseqüente avidez de lucros se estendem por todas as classes sociais.</div>
<div class="MsoNormal">
Tal clima moral, penetrando nas esferas intelectuais,
produziu claras manifestações de orgulho, como o gosto pelas disputas
aparatosas e vazias, pelas argúcias inconsistentes, pelas exibições fátuas de
erudição, e lisonjeou velhas tendências filosóficas, das quais triunfara a
Escolástica, e que já agora, relaxado o antigo zelo pela integridade da Fé,
renasciam em aspectos novos. O absolutismo dos legistas, que se engalanavam com
um conhecimento vaidoso do Direito Romano, encontrou em Príncipes ambiciosos um
eco favorável. E “<i>pari passu</i>” foi-se
extinguindo nos grandes e nos pequenos a fibra de outrora para conter o poder
real nos legítimos limites vigentes nos dias de São Luís de França e São
Fernando de Castela.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060245"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085262"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872202">B. Pseudo-Reforma e Renascença</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Este novo estado de alma continha um desejo possante, se bem
que mais ou menos inconfessado, de uma ordem de coisas fundamentalmente diversa
da que chegara a seu apogeu nos séculos XII e XIII.</div>
<div class="MsoNormal">
A admiração exagerada, e não raro delirante, pelo mundo
antigo, serviu como meio de expressão a esse desejo. Procurando muitas vezes
não colidir de frente com a velha tradição medieval, o Humanismo e a Renascença
tenderam a relegar a Igreja, o sobrenatural, os valores morais da Religião, a
um segundo plano. O tipo humano, inspirado nos moralistas pagãos, que aqueles
movimentos introduziram como ideal na Europa, bem como a cultura e a
civilização coerentes com este tipo humano, já eram os legítimos precursores do
homem ganancioso, sensual, laico e pragmático de nossos dias, da cultura e da
civilização materialistas em que cada vez mais vamos imergindo. Os esforços por
uma Renascença cristã não lograram esmagar em seu germe os fatores de que
resultou o triunfo paulatino do neopaganismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Em algumas partes da Europa, este se desenvolveu sem levar à
apostasia formal. Importantes resistências se lhe opuseram. E mesmo quando ele
se instalava nas almas, não lhes ousava pedir - de início pelo menos - uma
formal ruptura com a Fé.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas em outros países ele investiu às escâncaras contra a
Igreja. O orgulho e a sensualidade, em cuja satisfação está o prazer da vida
pagã, suscitaram o protestantismo.</div>
<div class="MsoNormal">
O orgulho deu origem ao espírito de dúvida, ao livre exame,
à interpretação naturalista da Escritura. Produziu ele a insurreição contra a
autoridade eclesiástica, expressa em todas as seitas pela negação do caráter
monárquico da Igreja Universal, isto é, pela revolta contra o Papado. Algumas,
mais radicais, negaram também o que se poderia chamar a alta aristocracia da
Igreja, ou seja, os Bispos, seus Príncipes. Outras ainda negaram o próprio
sacerdócio hierárquico, reduzindo-o a mera delegação do povo, único detentor
verdadeiro do poder sacerdotal.</div>
<div class="MsoNormal">
No plano moral, o triunfo da sensualidade no protestantismo
se afirmou pela supressão do celibato eclesiástico e pela introdução do
divórcio.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060246"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085263"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872203">C. Revolução Francesa</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A ação profunda do Humanismo e da Renascença entre os
católicos não cessou de se dilatar numa crescente cadeia de conseqüências, em
toda a França. Favorecida pelo enfraquecimento da piedade dos fiéis -
ocasionado pelo jansenismo e pelos outros fermentos que o protestantismo do
século XVI desgraçadamente deixara no Reino Cristianíssimo - tal ação teve por
efeito no século XVIII uma dissolução quase geral dos costumes, um modo frívolo
e brilhante de considerar as coisas, um endeusamento da vida terrena, que
preparou o campo para a vitória gradual da irreligião. Dúvidas em relação à
Igreja, negação da divindade de Cristo, deísmo, ateísmo incipiente foram as
etapas dessa apostasia.</div>
<div class="MsoNormal">
Profundamente afim com o protestantismo, herdeira dele e do
neopaganismo renascentista, a Revolução Francesa realizou uma obra de todo em
todo simétrica à da Pseudo-Reforma. A Igreja Constitucional que ela, antes de
naufragar no deísmo e no ateísmo, tentou fundar, era uma adaptação da Igreja da
França ao espírito do protestantismo. E a obra política da Revolução Francesa
não foi senão a transposição, para o âmbito do Estado, da “reforma” que as
seitas protestantes mais radicais adotaram em matéria de organização
eclesiástica:</div>
<div class="MsoNormal">
- Revolta contra o Rei, simétrica à revolta contra o Papa;</div>
<div class="MsoNormal">
- Revolta da plebe contra os nobres, simétrica à revolta da
“plebe” eclesiástica, isto é, dos fiéis, contra a “aristocracia” da Igreja,
isto é, o Clero;</div>
<div class="MsoNormal">
- Afirmação da soberania popular, simétrica ao governo de
certas seitas, em medida maior ou menor, pelos fiéis.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060247"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085264"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872204">D. Comunismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
No protestantismo nasceram algumas seitas que, transpondo
diretamente suas tendências religiosas para o campo político, prepararam o
advento do espírito republicano. São Francisco de Sales, no século XVII,
premuniu contra estas tendências republicanas o Duque de Sabóia<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Outras, indo mais longe, adotaram princípios que, se não se chamarem comunistas
em todo o sentido hodierno do termo, são pelo menos pré-comunistas.</div>
<div class="MsoNormal">
Da Revolução Francesa nasceu o movimento comunista de
Babeuf. E mais tarde, do espírito cada vez mais vivaz da Revolução, irromperam
as escolas do comunismo utópico do século XIX e o comunismo dito científico de
Marx.</div>
<div class="MsoNormal">
E o que de mais lógico? O deísmo tem como fruto normal o
ateísmo. A sensualidade, revoltada contra os frágeis obstáculos do divórcio,
tende por si mesma ao amor livre. O orgulho, inimigo de toda superioridade,
haveria de investir contra a última desigualdade, isto é, a de fortunas. E
assim, ébrio de sonhos de República Universal, de supressão de toda autoridade
eclesiástica ou civil, de abolição de qualquer Igreja e, depois de uma ditadura
operária de transição, também do próprio Estado, aí está o neobárbaro do século
XX, produto mais recente e mais extremado do processo revolucionário.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060248"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085265"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872205">E. Monarquia, república e religião</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A fim de evitar qualquer equívoco, convém acentuar que esta
exposição não contém a afirmação de que a república é um regime político
necessariamente revolucionário. Leão XIII deixou claro, ao falar das diversas
formas de governo, que “<i>cada uma delas é
boa, desde que saiba caminhar retamente para seu fim, a saber, o bem comum,
para o qual a autoridade social é constituída”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[6]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>.</div>
<div class="MsoNormal">
Taxamos de revolucionária, isto sim, a hostilidade
professada, por princípio, contra a monarquia e a aristocracia, como sendo
formas essencialmente incompatíveis com a dignidade humana e a ordem normal das
coisas. É o erro condenado por São Pio X na Carta Apostólica “<i>Notre Charge Apostolique</i>”, de 25 de
agosto de 1910. Nela censura o grande e santo Pontífice a tese do “Sillon”, de
que “<i>só a democracia inaugurará o reino
da perfeita justiça”, </i>e exclama<i>: “Não
é isto uma injúria às outras formas de governo, que são rebaixadas, por esse
modo, à categoria de governos impotentes, aceitáveis à falta de melhor</i>?”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, sem este erro,
inviscerado no processo de que falamos, não se explica inteiramente que a
monarquia, qualificada pelo Papa Pio VI como sendo em tese a melhor forma de
governo - <i>praestantioris monarchici
regiminis forma <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[8]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>
-, tenha sido objeto, nos séculos XIX e XX, de um movimento mundial de
hostilidade que deu por terra com os tronos e as dinastias mais veneráveis. A
produção em série de repúblicas para o mundo inteiro é, a nosso ver, um fruto
típico da Revolução, e um aspecto capital dela.</div>
<div class="MsoNormal">
Não pode ser taxado de revolucionário quem para sua Pátria,
por razões concretas e locais, ressalvados sempre os direitos da autoridade
legítima, prefere a democracia à aristocracia ou à monarquia. Mas sim quem,
levado pelo espírito igualitário da Revolução, odeia em princípio, e qualifica
de injusta ou inumana por essência, a aristocracia ou a monarquia.</div>
<div class="MsoNormal">
Desse ódio antimonárquico e antiaristocrático, nascem as
democracias demagógicas, que combatem a tradição, perseguem as elites, degradam
o <i>tônus</i> geral da vida, e criam um
ambiente de vulgaridade que constitui como que a nota dominante da cultura e da
civilização, ... se é que os conceitos de civilização e de cultura se podem
realizar em tais condições.</div>
<div class="MsoNormal">
Como diverge desta democracia revolucionária a democracia
descrita por Pio XII: “<i>Segundo o
testemunho da História, onde reina uma verdadeira democracia, a vida do povo
está como que impregnada de sãs tradições, que é ilícito abater. Representantes
dessas tradições são, antes de tudo, as classes dirigentes, ou seja, os grupos
de homens e mulheres ou as associações, que dão, como se costuma dizer, o tom
na aldeia e na cidade, na região e no país inteiro.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>“Daqui, em todos os
povos civilizados, a existência e o influxo de instituições eminentemente
aristocráticas, no sentido mais elevado da palavra, como são algumas academias
de larga e bem merecida fama. Pertence a este número também a nobreza</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Como se vê, o espírito da democracia revolucionária é bem diverso daquele que
deve animar uma democracia conforme a doutrina da Igreja.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060249"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085266"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872206">F. Revolução, Contra-Revolução e ditadura</a></h4>
<div class="MsoNormal">
As presentes considerações sobre a posição da Revolução e do
pensamento católico em face das formas de governo suscitarão em vários leitores
uma interrogação: a ditadura é um fator de Revolução, ou de Contra-Revolução?</div>
<div class="MsoNormal">
Para responder com clareza a uma pergunta a que têm sido
dadas tantas soluções confusas e até tendenciosas, é necessário estabelecer uma
distinção entre certos elementos que se emaranham desordenadamente na idéia de
ditadura, como a opinião pública a conceitua. Confundindo a ditadura em tese
com o que ela tem sido <i>in concreto</i> em
nosso século, o público entende por ditadura um estado de coisas em que um
chefe dotado de poderes irrestritos governa um país. Para o bem deste, dizem
uns. Para o mal, dizem outros. Mas em um e outro caso, tal estado de coisas é
sempre uma ditadura.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, este conceito envolve dois elementos distintos:</div>
<div class="MsoNormal">
- onipotência do Estado;</div>
<div class="MsoNormal">
- concentração do poder estatal em uma só pessoa.</div>
<div class="MsoNormal">
No espírito público, parece que o segundo elemento chama
mais a atenção. Entretanto, o elemento básico é o primeiro, pelo menos se
entendermos por ditadura um estado de coisas em que o Poder público, suspensa
qualquer ordem jurídica, dispõe a seu talante de todos os direitos. Que uma ditadura
possa ser exercida por um Rei (a ditadura real, isto é, a suspensão de toda a
ordem jurídica e o exercício irrestrito do poder público pelo Rei, não se
confunde com o <i>Ancien Régime</i>, em que
estas garantias existiam em considerável medida, e muito menos com a monarquia
orgânica medieval) ou um chefe popular, uma aristocracia hereditária ou um clã
de banqueiros, ou até pela massa, é inteiramente evidente.</div>
<div class="MsoNormal">
Em si, uma ditadura exercida por um chefe ou um grupo de
pessoas não é revolucionária nem contra-revolucionária. Ela será uma ou outra
coisa em função das circunstâncias de que se originou, e da obra que realizar.
E isto, quer esteja em mãos de um homem, quer de um grupo.</div>
<div class="MsoNormal">
Há circunstâncias que exigem, para a <i>salus populi</i>, uma suspensão provisória de todos os direitos
individuais, e o exercício mais amplo do poder público. A ditadura pode,
portanto, ser legítima em certos casos.</div>
<div class="MsoNormal">
Uma ditadura contra-revolucionária e, pois, inteiramente
norteada pelo desejo de Ordem, deve apresentar três requisitos essenciais:</div>
<div class="MsoNormal">
* Deve suspender os direitos, não para subverter a Ordem,
mas para a proteger. E por Ordem não entendemos apenas a tranqüilidade
material, mas a disposição das coisas segundo seu fim, e de acordo com a
respectiva escala de valores. Há, pois, uma suspensão de direitos mais aparente
do que real, o sacrifício das garantias jurídicas de que os maus elementos
abusavam em detrimento da própria ordem e do bem comum, sacrifício este todo
voltado para a proteção dos verdadeiros direitos dos bons.</div>
<div class="MsoNormal">
* Por definição, esta suspensão deve ser provisória, e deve
preparar as circunstâncias para que o mais cedo possível se volte à ordem e à
normalidade. A ditadura, na medida em que é boa, vai fazendo cessar sua própria
razão de ser. A intervenção do Poder público nos vários setores da vida
nacional deve fazer-se de maneira que, o mais breve possível, cada setor possa
viver com a necessária autonomia. Assim, cada família deve poder fazer tudo
aquilo de que por sua natureza é capaz, sendo apoiada apenas subsidiariamente
por grupos sociais superiores naquilo que ultrapasse o seu âmbito. Esses
grupos, por sua vez, só devem receber o apoio do município no que excede à
normal capacidade deles, e assim por diante nas relações entre o município e a
região, ou entre esta e o país.</div>
<div class="MsoNormal">
* O fim precípuo da ditadura legítima hoje em dia deve ser a
Contra-Revolução. O que, aliás, não implica em afirmar que a ditadura seja
normalmente um meio necessário para a derrota da Revolução. Mas em certas
circunstâncias pode ser.</div>
<div class="MsoNormal">
Pelo contrário, a ditadura revolucionária visa eternizar-se,
viola os direitos autênticos, e penetra em todas as esferas da sociedade para
as aniquilar, desarticulando a vida de família, prejudicando as elites
genuínas, subvertendo a hierarquia social, alimentando de utopias e de
aspirações desordenadas a multidão, extinguindo a vida real dos grupos sociais
e sujeitando tudo ao Estado: em uma palavra, favorecendo a obra da Revolução.
Exemplo típico de tal ditadura foi o hitlerismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Por isto, a ditadura revolucionária é fundamentalmente
anticatólica. Com efeito, em um ambiente verdadeiramente católico, não pode
haver clima para uma tal situação.</div>
<div class="MsoNormal">
O que não quer dizer que a ditadura revolucionária, neste ou
naquele país, não tenha procurado favorecer a Igreja. Mas trata-se de atitude meramente
política, que se transforma em perseguição franca ou velada, logo que a
autoridade eclesiástica comece a deter o passo à Revolução.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060250"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085267"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872207">Capítulo IV - As Metamorfoses do Processo
Revolucionário</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Como se depreende da análise feita no capítulo anterior, o
processo revolucionário é o desenvolvimento, por etapas, de certas tendências
desregradas do homem ocidental e cristão, e dos erros delas nascidos.</div>
<div class="MsoNormal">
Em cada etapa, essas tendências e erros têm um aspecto
próprio. A Revolução vai, pois, se metamorfoseando ao longo da História.</div>
<div class="MsoNormal">
Essas metamorfoses que se observam nas grandes linhas gerais
da Revolução, se repetem, em ponto menor, no interior de cada grande episódio
dela.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, o espírito da Revolução Francesa, em sua primeira
fase, usou máscara e linguagem aristocrática e até eclesiástica. Freqüentou a
corte e sentou-se à mesa do Conselho do Rei.</div>
<div class="MsoNormal">
Depois, tornou-se burguês e trabalhou pela extinção
incruenta da monarquia e da nobreza, e por uma velada e pacífica supressão da
Igreja Católica.</div>
<div class="MsoNormal">
Logo que pôde, fez-se jacobino, e se embriagou de sangue no
Terror.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas os excessos praticados pela facção jacobina despertaram
reações. Ele voltou atrás, percorrendo as mesmas etapas. De jacobino
transformou-se em burguês no Diretório, com Napoleão estendeu a mão à Igreja e
abriu as portas à nobreza exilada, e, por fim, aplaudiu a volta dos Bourbons.
Terminada a Revolução Francesa, não termina com isto o processo revolucionário.
Ei-lo que torna a explodir com a queda de Carlos X e a ascensão de Luís Felipe,
e assim por sucessivas metamorfoses, aproveitando seus sucessos e mesmo seus
insucessos, chegou ele até o paroxismo de nossos dias.</div>
<div class="MsoNormal">
A Revolução usa, pois, suas metamorfoses não só para
avançar, como também para operar os recuos táticos que tão freqüentemente lhe
têm sido necessários.</div>
<div class="MsoNormal">
Por vezes, movimento sempre vivo, ela tem simulado estar
morta. E é esta uma de suas metamorfoses mais interessantes. Na aparência, a
situação de um determinado país se apresenta como inteiramente tranqüila. A
reação contra-revolucionária se distende e adormece. Mas, nas profundidades da
vida religiosa, cultural, social, ou econômica, a fermentação revolucionária
vai sempre ganhando terreno. E, ao cabo desse aparente interstício, explode uma
convulsão inesperada, freqüentemente maior que as anteriores.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060251"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085268"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872208">Capítulo V - As Três Profundidades da
Revolução: Nas tendências, nas idéias, nos fatos</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060252"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085269"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872209">1. A REVOLUÇÃO NAS TENDÊNCIAS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Como vimos, essa Revolução é um processo feito de etapas, e
tem sua origem última em determinadas tendências desordenadas que lhe servem de
alma e de força propulsora mais íntima<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, podemos também distinguir na Revolução três
profundidades, que cronologicamente até certo ponto se interpenetram.</div>
<div class="MsoNormal">
A primeira, isto é, a mais profunda, consiste em uma crise
nas tendências. Essas tendências desordenadas, que por sua própria natureza
lutam por realizar-se, já não se conformando com toda uma ordem de coisas que
lhes é contrária, começam por modificar as mentalidades, os modos de ser, as
expressões artísticas e os costumes, sem desde logo tocar de modo direto -
habitualmente, pelo menos - nas idéias.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060253"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085270"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872210">2. A REVOLUÇÃO NAS IDÉIAS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Dessas camadas profundas, a crise passa para o terreno
ideológico. Com efeito - como Paul Bourget pôs em evidência em sua célebre obra
<i>Le Démon de Midi </i>- “<i>cumpre viver como se pensa, sob pena de,
mais cedo ou mais tarde, acabar por pensar como se viveu</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Assim, inspiradas pelo desregramento das tendências profundas, doutrinas novas
eclodem. Elas procuram por vezes, de início, um <i>modus vivendi</i> com as antigas, e se exprimem de maneira a manter com
estas um simulacro de harmonia que habitualmente não tarda em se romper em luta
declarada.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060254"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085271"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872211">3. A REVOLUÇÃO NOS FATOS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Essa transformação das idéias estende-se, por sua vez, ao
terreno dos fatos, onde passa a operar, por meios cruentos ou incruentos, a
transformação das instituições, das leis e dos costumes, tanto na esfera
religiosa quanto na sociedade temporal. É uma terceira crise, já toda ela na
ordem dos fatos.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060255"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085272"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872212">4. OBSERVAÇÕES DIVERSAS</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060256"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085273"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872213">A. As profundidades da Revolução não se
identificam com etapas cronológicas</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Essas profundidades são, de algum modo, escalonadas. Mas uma
análise atenta evidencia que as operações que a Revolução nelas realiza de tal
modo se interpenetram no tempo, que essas diversas profundidades não podem ser vistas
como outras tantas unidades cronológicas distintas.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060257"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085274"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872214">B. Nitidez das três profundidades da
Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Essas três profundidades nem sempre se diferenciam
nitidamente umas das outras. O grau de nitidez varia muito de um caso concreto
a outro.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060258"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085275"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872215">C. O processo revolucionário não é
incoercível</a></h4>
<div class="MsoNormal">
O caminhar de um povo através dessas várias profundidades
não é incoercível, de tal maneira que, dado o primeiro passo, ele chegue
necessariamente até o último, e resvale para a profundidade seguinte. Pelo
contrário, o livre arbítrio humano, coadjuvado pela graça, pode vencer qualquer
crise, como pode deter e vencer a própria Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Descrevendo esses aspectos, fazemos como um médico que
descreve a evolução completa de uma doença até a morte, sem pretender com isto
que a doença seja incurável.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060259"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085276"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872216">Capítulo VI - A Marcha da Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
As considerações anteriores já nos forneceram alguns dados sobre a marcha da Revolução,
isto é, seu caráter processivo, as metamorfoses por que ela passa, sua irrupção
no mais recôndito do homem, e sua exteriorização em atos. Como se vê, há toda
uma dinâmica própria à Revolução. Disto podemos ter melhor idéia estudando
ainda outros aspectos da marcha da Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060260"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085277"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872217">1. A FORÇA PROPULSORA DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060261"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085278"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872218">A. A Revolução e as tendências desordenadas</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A mais possante força propulsora da Revolução está nas
tendências desordenadas.</div>
<div class="MsoNormal">
E por isto a Revolução tem sido comparada a um tufão, a um
terremoto, a um ciclone. É que as forças naturais desencadeadas são imagens
materiais das paixões desenfreadas do homem.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060262"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085279"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872219">B. Os paroxismos da Revolução estão inteiros
nos germes desta</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Como os cataclismos, as más paixões têm uma força imensa,
mas para destruir.</div>
<div class="MsoNormal">
Essa força já tem potencialmente, no primeiro instante de
suas grandes explosões, toda a virulência que se patenteará mais tarde nos seus
piores excessos. Nas primeiras negações do protestantismo, por exemplo, já
estavam implícitos os anelos anarquistas do comunismo. Se, do ponto de vista da
formulação explícita, Lutero não era senão Lutero, todas as tendências, todo o estado
de alma, todos os imponderáveis da explosão luterana já traziam consigo, de
modo autêntico e pleno, embora implícito, o espírito de Voltaire e de
Robespierre, de Marx e de Lenine <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060263"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085280"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872220">C. A Revolução exaspera suas próprias causas</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Essas tendências desordenadas se desenvolvem como os
pruridos e os vícios, isto é, à medida mesmo que se satisfazem, crescem em
intensidade. As tendências produzem crises morais, doutrinas errôneas, e depois
revoluções. Umas e outras, por sua vez, exacerbam as tendências. Estas últimas
levam em seguida, e por um movimento análogo, a novas crises, novos erros,
novas revoluções. É o que explica que nos encontremos hoje em tal paroxismo da
impiedade e da imoralidade, bem como em tal abismo de desordens e discórdias.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060264"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085281"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872221">2. OS
APARENTES INTERSTÍCIOS DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Considerando a existência de períodos de uma calmaria
acentuada, dir-se-ia que neles a Revolução cessou. E assim parece que o
processo revolucionário é descontínuo, e portanto não é uno.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, essas calmarias são meras metamorfoses da Revolução. Os
períodos de tranqüilidade aparente, supostos interstícios, têm sido em geral de
fermentação revolucionária surda e profunda. Haja vista o período da
Restauração (1815-1830) <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060265"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085282"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872222">3. A MARCHA DE REQUINTE EM REQUINTE</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Pelo que vimos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>
se explica que cada etapa da Revolução, comparada com a anterior, não seja
senão um requinte. O humanismo naturalista e o protestantismo se requintaram na
Revolução Francesa, a qual, por sua vez, se requintou no grande processo
revolucionário de bolchevização do mundo hodierno.</div>
<div class="MsoNormal">
É que as paixões desordenadas, indo num crescendo análogo ao
que produz a aceleração na lei da gravidade, e alimentando-se de suas próprias
obras, acarretam conseqüências que, por sua vez, se desenvolvem segundo
intensidade proporcional. E, na mesma progressão, os erros geram erros, e as
revoluções abrem caminho umas para as outras.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060266"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085283"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872223">4. AS VELOCIDADES HARMÔNICA DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Esse processo revolucionário se dá em duas velocidades
diversas. Uma, rápida, é destinada geralmente ao fracasso no plano imediato. A
outra tem sido habitualmente coroada de êxito, e é muito mais lenta.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060267"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085284"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872224">A. A alta velocidade</a> </h4>
<div class="MsoNormal">
Os movimentos pré-comunistas dos anabatistas, por exemplo,
tiraram imediatamente, em vários campos, todas ou quase todas as conseqüências
do espírito e das tendências da Pseudo-Reforma: fracassaram.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060268"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085285"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872225">B. A marcha morosa</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Lentamente, ao longo de mais de quatro séculos, as correntes
mais moderadas do protestantismo, caminhando de requinte em requinte, por
etapas de dinamismo e de inércia sucessivas, vão entretanto favorecendo
paulatinamente, de um ou de outro modo, a marcha do Ocidente para o mesmo ponto
extremo <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060269"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085286"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872226">C. Como se harmonizam essas velocidades</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Cumpre estudar o papel de cada uma dessas velocidades na
marcha da Revolução. Dir-se-ia que os movimentos mais velozes são inúteis.
Porém, não é verdade. A explosão desses extremismos levanta um estandarte, cria
um ponto de mira fixo que fascina pelo seu próprio radicalismo os moderados, e
para o qual estes se vão lentamente encaminhando. Assim, o socialismo repudia o
comunismo mas o admira em silêncio e tende para ele. Mais remotamente o mesmo
se poderia dizer do comunista Babeuf e seus sequazes nos últimos lampejos da
Revolução Francesa. Foram esmagados. Mas lentamente a sociedade vai seguindo o
caminho para onde eles a quiseram levar. O fracasso dos extremistas é, pois,
apenas aparente. Eles colaboram indireta, mas possantemente, para a Revolução,
atraindo paulatinamente para a realização de seus culposos e exacerbados
devaneios a multidão incontável dos “prudentes”, dos “moderados”, e dos
medíocres.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060270"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085287"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872227">5. DESFAZENDO OBJEÇÕES</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Vistas estas noções, apresenta-se a ocasião para desfazer
algumas objeções que, antes disto, não poderiam ser adequadamente analisadas.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060271"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085288"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872228">A. Revolucionários de pequena velocidade e
“semicontra-revolucionários</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
O que distingue o revolucionário que seguiu o ritmo da
marcha rápida, de quem se vai paulatinamente tornando tal segundo o ritmo da
marcha lenta, está em que, quando o processo revolucionário teve início no
primeiro, encontrou resistências nulas, ou quase nulas. A virtude e a verdade
viviam nessa alma de uma vida de superfície. Eram como madeira seca, que
qualquer fagulha pode incendiar. Pelo contrário, quando esse processo se opera
lentamente, é porque a fagulha da Revolução encontrou, ao menos em parte, lenha
verde. Em outros termos, encontrou muita verdade ou muita virtude que se mantêm
infensas à ação do espírito revolucionário. Uma alma em tal situação fica
bipartida, e vive de dois princípios opostos, o da Revolução e o da Ordem.</div>
<div class="MsoNormal">
Da coexistência desses dois princípios, podem surgir
situações bem diversas:</div>
<div class="MsoNormal">
* a. <i>O revolucionário
de pequena velocidade</i>: ele se deixa arrastar pela Revolução, à qual opõe
apenas a resistência da inércia.</div>
<div class="MsoNormal">
* b. <i>O revolucionário
de velocidade lenta, mas com “coágulos” contra-revolucionários</i>. Também ele
se deixa arrastar pela Revolução. Mas em algum ponto concreto recusa-a. Assim,
por exemplo, será socialista em tudo, mas conservará o gosto das maneiras
aristocráticas. Conforme o caso, ele chegará até mesmo a atacar a vulgaridade
socialista. Trata-se de uma resistência, sem dúvida. Mas resistência em ponto
de pormenor, que não remonta aos princípios, toda feita de hábitos e
impressões. Resistência por isto mesmo sem maior alcance, que morrerá com o
indivíduo, e que, se se der num grupo social, cedo ou tarde, pela violência ou
pela persuasão, em uma geração ou algumas, a Revolução em seu curso inexorável
desmantelará.</div>
<div class="MsoNormal">
* c. <i>O</i> <i>“semicontra-revolucionário” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[16]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>:
diferencia-se do anterior apenas pelo fato de que nele o processo de
“coagulação” foi mais enérgico, e remontou até a zona dos princípios básicos.
De alguns princípios, já se vê, e não de todos. Nele a reação contra a
Revolução é mais pertinaz, mais viva. Constitui um obstáculo que não é só de
inércia. Sua conversão a uma posição inteiramente contra-revolucionária é mais
fácil, pelo menos em tese. Um excesso qualquer da Revolução pode determinar
nele uma transformação cabal, uma cristalização de todas as tendências boas,
numa atitude de firmeza inabalável. Enquanto esta feliz transformação não se
der, o “semi-contra-revolucionário” não pode ser considerado um soldado da
Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
É característica do conformismo do revolucionário de marcha
lenta, e do “semicontra-revolucionário”, a facilidade com que ambos aceitam as
conquistas da Revolução. Afirmando a tese da união da Igreja e do Estado, por
exemplo, vivem displicentemente no regime da hipótese, isto é, da separação,
sem tentar qualquer esforço sério para que se torne possível restaurar algum
dia em condições convenientes a união.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060272"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085289"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872229">B. Monarquias protestantes - Repúblicas
católicas</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Uma objeção que se poderia fazer a nossas teses consistiria
em dizer que, se o movimento republicano universal é fruto do espírito
protestante, não se compreende como no mundo só haja atualmente um Rei
católico, e tantos países protestantes se conservem monárquicos.</div>
<div class="MsoNormal">
A explicação é simples. A Inglaterra, a Holanda e as nações
nórdicas, por toda uma série de razões históricas, psicológicas, etc., são
muito afins com a monarquia. Penetrando nelas, a Revolução não conseguiu evitar
que o sentimento monárquico “coagulasse”. Assim, a realeza vem sobrevivendo
obstinadamente nesses países, apesar de neles a Revolução ir penetrando cada
vez mais a fundo em outros campos. “Sobrevivendo”..., sim, na medida em que
morrer aos poucos pode ser chamado sobreviver. Pois a monarquia inglesa
reduzida em larguíssima medida a um papel de aparato, e as demais realezas
protestantes transformadas para quase todos os efeitos em repúblicas cujo chefe
é vitalício e hereditário, vão agonizando suavemente, e, a continuarem assim as
coisas, se extinguirão sem ruído.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem negar que outras causas contribuem para esta sobrevida,
queremos, entretanto, pôr em evidência o fator - muito importante, aliás - que
se situa no âmbito de nossa exposição.</div>
<div class="MsoNormal">
Pelo contrário, nas nações latinas, o amor a uma disciplina
externa e visível, a um poder público forte e prestigioso, é - por muitas
razões - bem menor.</div>
<div class="MsoNormal">
A Revolução não encontrou nelas, pois, um sentimento
monárquico tão arraigado. Levou os tronos facilmente. Mas até agora não foi
suficientemente forte para arrastar a Religião.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060273"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085290"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872230">C. A austeridade protestante</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Outra objeção a nosso trabalho poderia vir do fato de que
certas seitas protestantes são de uma austeridade que toca as raias do exagero.
Como, pois, explicar todo o protestantismo por uma explosão do desejo de gozar
a vida?</div>
<div class="MsoNormal">
Ainda aqui, a objeção não é difícil de resolver. Penetrando
em certos ambiente, a Revolução encontrou muito vivaz o amor à austeridade.
Assim, formou-se um “coágulo”. E, se bem que ela aí tenha conseguido em matéria
de orgulho todos os triunfos, não alcançou êxitos iguais em matéria de
sensualidade. Em tais ambientes, goza-se a vida por meio dos discretos deleites
do orgulho, e não pelas grosseiras delícias da carne. Pode até ser que a
austeridade, acalentada pelo orgulho exacerbado, tenha reagido exageradamente
contra a sensualidade. Mas essa reação, por mais obstinada que seja, é estéril:
cedo ou tarde, por inanição ou pela violência, será destroçada pela Revolução.
Pois não é de um puritanismo hirto, frio, mumificado, que pode partir o sopro
de vida que regenerará a terra.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060274"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085291"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872231">D. A frente única da Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Tais “coagulações” e cristalizações conduzem normalmente ao
entrechoque das forças da Revolução. Considerando-o, dir-se-ia que as potências
do mal estão divididas contra si mesmas, e que é falsa nossa concepção unitária
do processo revolucionário.</div>
<div class="MsoNormal">
Ilusão. Por um instinto profundo, que mostra que são
harmônicas em seus elementos essenciais, e contraditórias apenas em seus
acidentes, têm essas forças uma espantosa capacidade de se unirem contra a
Igreja Católica, sempre que se encontrem em face dEla.</div>
<div class="MsoNormal">
Estéreis nos elementos bons que lhes restem, as forças
revolucionárias só são realmente eficientes para o mal. E assim, cada qual
ataca de seu lado a Igreja, que fica como uma cidade sitiada por um imenso
exército.</div>
<div class="MsoNormal">
Entre essas forças da Revolução, cumpre não omitir os
católicos que professam a doutrina da Igreja mas estão dominados pelo espírito
revolucionário. Mil vezes mais perigosos que os inimigos declarados, combatem a
Cidade Santa dentro de seus próprios muros, e bem merecem o que deles disse Pio
IX: “<i>Embora os filhos do século sejam
mais hábeis que os filhos da luz, seus ardis e suas violências teriam, sem
dúvida, menor êxito se um grande número, entre aqueles que se intitulam
católicos, não lhes estendesse mão amiga. Sim, infelizmente, há os que parecem
querer caminhar de acordo com nossos inimigos, e se esforçam por estabelecer
uma aliança entre a luz e as trevas, um acordo entre a justiça e a iniqüidade
por meio dessas doutrinas que se chamam católico-liberais, as quais,
apoiando-se sobre os mais perniciosos princípios, adulam o poder civil quando
ele invade as coisas espirituais, e impulsionam as almas ao respeito, ou ao
menos à tolerância das leis mais iníquas. Como se absolutamente não estivesse
escrito que ninguém pode servir a dois senhores. São eles muito mais perigosos
certamente e mais funestos do que os inimigos declarados, não só porque lhes
secundam os esforços, talvez sem o perceberem, como também porque, mantendo-se
no extremo limite das opiniões condenadas, tomam uma aparência de integridade e
de doutrina irrepreensível, aliciando os imprudentes amigos de conciliações e
enganando as pessoas honestas, que se revoltariam contra um erro declarado. Por
isso, eles dividem os espíritos, rasgam a unidade e enfraquecem as forças que
seria necessário reunir contra o inimigo</i>”<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060275"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085292"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872232">6. OS AGENTES DA REVOLUÇÃO: A MAÇONARIA E AS
DEMAIS FORÇAS SECRETAS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Uma vez que estamos estudando as forças propulsoras da
Revolução, convém que digamos uma palavra sobre os agentes desta. </div>
<div class="MsoNormal">
Não acreditamos que o mero dinamismo das paixões e dos erros
dos homens possa conjugar meios tão diversos, para a consecução de um único
fim, isto é, a vitória da Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Produzir um processo tão coerente, tão contínuo, como o da
Revolução, através das mil vicissitudes de séculos inteiros, cheios de
imprevistos de toda ordem, nos parece impossível sem a ação de gerações
sucessivas de conspiradores de uma inteligência e um poder extraordinários.
Pensar que sem isto a Revolução teria chegado ao estado em que se encontra, é o
mesmo que admitir que centenas de letras atiradas por uma janela poderiam
dispor-se espontaneamente no chão, de maneira a formar uma obra qualquer, por
exemplo, a “Ode a Satã”, de Carducci.</div>
<div class="MsoNormal">
As forças propulsoras da Revolução têm sido manipuladas até
aqui por agentes sagacíssimos, que delas se têm servido como meios para
realizar o processo revolucionário.</div>
<div class="MsoNormal">
De modo geral, podem qualificar-se agentes da Revolução
todas as seitas, de qualquer natureza, engendradas por ela, desde seu
nascedouro até nossos dias, para a difusão do pensamento ou a articulação das
tramas revolucionárias. Porém, a seita-mestra, em torno da qual todas se
articulam como simples forças auxiliares - por vezes conscientemente, e outras
vezes não - é a Maçonaria, segundo claramente decorre dos documentos
pontifícios, e especialmente da Encíclica <i>Humanum
Genus</i> de Leão XIII, de 20 de abril de 1884 <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<div class="MsoNormal">
O êxito que até aqui têm alcançado esses conspiradores, e
particularmente a Maçonaria, devesse não só ao fato de possuírem incontestável
capacidade de se articularem e conspirarem, mas também ao seu lúcido
conhecimento do que seja a essência profunda da Revolução, e de como utilizar
as leis naturais - falamos das da política, da sociologia, da psicologia, da
arte, da economia, etc.- para fazer progredir a realização de seus planos.</div>
<div class="MsoNormal">
Nesse sentido os agentes do caos e da subversão fazem como o
cientista, que em vez de agir por si só, estuda e põe em ação as forças, mil
vezes mais poderosas, da natureza.</div>
<div class="MsoNormal">
É o que, além de explicar em grande parte o êxito da
Revolução, constitui importante indicação para os soldados da Contra-Revolução.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060276"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085293"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872233">Capítulo VII - A Essência da Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Descrita assim rapidamente a crise do Ocidente cristão, é
oportuno analisá-la.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060277"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085294"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872234">1. A REVOLUÇÃO POR EXCELÊNCIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Esse processo crítico de que nos vimos ocupando é, já o
dissemos, uma Revolução.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060278"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085295"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872235">A. Sentido da palavra “Revolução</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
Damos a este vocábulo o sentido de um movimento que visa
destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas
(intencionalmente não queremos dizer ordem de coisas) ou um poder ilegítimo.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060279"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085296"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872236">B. Revolução cruenta e incruenta</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Nesse sentido, a rigor, uma Revolução pode ser incruenta.
Esta de que nos ocupamos se desenvolveu e continua a se desenvolver por toda
sorte de meios, alguns dos quais cruentos, e outros não. As duas guerras
mundiais deste século, por exemplo, consideradas em suas conseqüências mais
profundas, são capítulos dela, e dos mais sanguinolentos. Ao passo que a
legislação cada vez mais socialista de todos ou quase todos os povos hodiernos
constitui um progresso importantíssimo e incruento da Revolução.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060280"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085297"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872237">C. A amplitude desta Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A Revolução tem derrubado muitas vezes autoridades
legítimas, substituindo-as por outras sem qualquer título de legitimidade. Mas
haveria engano em pensar que ela consiste apenas nisto. Seu objetivo principal
não é a destruição destes ou daqueles direitos de pessoas ou famílias. Mais do que
isto, ela quer destruir toda uma ordem de coisas legítima, e substituí-la por
uma situação ilegítima. E “ordem de coisas” ainda não diz tudo. É uma visão do
universo e um modo de ser do homem, que a Revolução pretende abolir, com o
intuito de substituí-los por outros radicalmente contrários.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060281"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085298"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872238">D. A Revolução por excelência</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Neste sentido se compreende que esta Revolução não é apenas
uma revolução, mas é a Revolução.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060282"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085299"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872239">E. A destruição da ordem por excelência</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, a ordem de coisas que vem sendo destruída é a
Cristandade medieval. Ora, essa Cristandade não foi uma ordem qualquer,
possível como seriam possíveis muitas outras ordens. Foi a realização, nas
circunstâncias inerentes aos tempos e aos lugares, da única ordem verdadeira
entre os homens, ou seja, a civilização cristã.</div>
<div class="MsoNormal">
Na Encíclica <i>Immortale
Dei</i>, Leão XIII descreveu nestes termos a Cristandade medieval: “<i>Tempo houve em que a filosofia do Evangelho
governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua
virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos,
todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a Religião
instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que
lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à
proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam
ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons
ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda a expectativa,
cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos
que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer” </i><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, o que tem sido destruído, do século XV para cá,
aquilo cuja destruição já está quase inteiramente consumada em nossos dias, é a
disposição dos homens e das coisas segundo a doutrina da Igreja, Mestra da
Revelação e da Lei Natural. Esta disposição é a ordem por excelência. O que se
quer implantar é, <i>per diametrum</i>, o
contrário disto. Portanto, a Revolução por excelência.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem dúvida, a presente Revolução teve precursores, e também
prefiguras. Ario, Maomé, foram prefiguras de Lutero, por exemplo. Houve também
utopistas em diferentes épocas, que conceberam, em sonhos, dias muito parecidos
com os da Revolução. Houve por fim, em diversas ocasiões, povos ou grupos
humanos que tentaram realizar um estado de coisas análogo às quimeras da
Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas todos estes sonhos, todas essas prefiguras pouco ou nada
são em confronto da Revolução em cujo processo vivemos. Esta, por seu
radicalismo, por sua universalidade, por sua pujança, foi tão fundo e está
chegando tão longe, que constitui algo de ímpar na História, e faz perguntar a
muitos espíritos ponderados se realmente não chegamos aos tempos do Anticristo.
De fato, parece que não estamos distantes, a julgar pelas palavras do Santo
Padre João XXIII, gloriosamente reinante: “<i>Nós
vos dizemos, ademais, que, nesta hora terrível em que o espírito do mal busca
todos os meios para destruir o Reino de Deus, devemos pôr em ação todas as
energias para defendê-lo, se quereis evitar para vossa cidade ruínas
imensamente maiores do que as acumuladas pelo terremoto de cinqüenta anos
atrás. Quanto mais difícil seria então o reerguimento das almas, uma vez que
tivessem sido separadas da Igreja ou submetidas como escravas às falsas
ideologias do nosso tempo!</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060283"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085300"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872240">2. REVOLUÇÃO E LEGITIMIDADE</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060284"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085301"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872241">A. A legitimidade por excelência</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Em geral, a noção de legitimidade tem sido focalizada apenas
com relação a dinastias e governos. Atendidos os ensinamentos de Leão XIII na
Encíclica <i>Au Milieu des Solicitudes</i>,
de 16 de fevereiro de 1892 <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
não se pode entretanto fazer tábua rasa
da questão da legitimidade dinástica ou governamental, pois é questão moral
gravíssima que as consciências retas devem considerar com toda a atenção.</div>
<div class="MsoNormal">
Porém não é só a este gênero de problemas que se aplica o
conceito de legitimidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Há uma legitimidade mais alta, aquela que é a característica
de toda ordem de coisas em que se torne efetiva a Realeza de Nosso Senhor Jesus
Cristo, modelo e fonte da legitimidade de todas as realezas e poderes terrenos.
Lutar pela autoridade legítima é um dever, e até um dever grave. Mas é preciso
ver na legitimidade dos detentores da autoridade não só um bem excelente em si,
mas um meio para atingir bem ainda muito maior, ou seja, a legitimidade de toda
a ordem social, de todas as instituições e ambientes humanos, o que se dá com a
disposição de todas as coisas segundo a doutrina da Igreja.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060285"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085302"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872242">B. Cultura e civilização católica</a></h4>
<div class="MsoNormal">
O ideal da Contra-Revolução é, pois, restaurar e promover a
cultura e a civilização católica. Essa temática não estaria suficientemente
enunciada, se não contivesse uma definição do que entendemos por “cultura
católica” e “civilização católica”. Sabemos que os termos “civilização” e
“cultura” são usados em muitos sentidos diversos. Bem se vê que não pretendemos
aqui tomar posição em uma questão de terminologia. E que nos limitamos a usar
esses vocábulos como rótulos de precisão relativa para mencionar certas
realidade, mais preocupados em dar verdadeira idéia dessas realidades, do que
em discutir sobre os termos.</div>
<div class="MsoBodyTextIndent">
Uma alma em estado de graça está na posse, em grau
maior ou menor, de todas as virtudes. Iluminada pela Fé, dispõe dos elementos
para formar a única visão verdadeira do universo.</div>
<div class="MsoNormal">
O elemento fundamental da cultura católica é a visão do
universo elaborada segundo a doutrina da Igreja. Essa cultura compreende não só
a instrução, isto é, a posse dos dados informativos necessários para uma tal
elaboração, mas uma análise e uma coordenação desses dados conforme a doutrina
católica. Ela não se cinge ao campo teológico, ou filosófico, ou científico,
mas abrange todo o saber humano, reflete-se na arte e implica na afirmação de
valores que impregnam todos os aspectos da existência.</div>
<div class="MsoNormal">
Civilização católica é a estruturação de todas as relações
humanas, de todas as instituições humanas, e do próprio Estado, segundo a
doutrina da Igreja.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060286"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085303"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872243">C. Caráter sacral da civilização católica</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Está implícito que uma tal ordem de coisas é fundamentalmente
sacral, e que ela importa no reconhecimento de todos os poderes da Santa
Igreja, e particularmente do Sumo Pontífice: poder direto sobre as coisas
espirituais, poder indireto sobre as coisas temporais, enquanto dizem respeito
à salvação das almas.</div>
<div class="MsoNormal">
Realmente, o fim da sociedade e do Estado é a vida virtuosa
em comum. Ora, as virtudes que o homem é chamado a praticar são as virtudes
cristãs, e destas a primeira é o amor a Deus. A sociedade e o Estado têm, pois,
um fim sacral <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a>. </div>
<div class="MsoNormal">
Por certo é à Igreja que pertencem os meios próprios para
promover a salvação das almas. Mas a sociedade e o Estado têm meios
instrumentais para o mesmo fim, isto é, meios que, movidos por um agente mais
alto, produzem efeito superior a si mesmos.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060287"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085304"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872244">D. Cultura e civilização por excelência</a></h4>
<div class="MsoNormal">
De todos estes dados é fácil inferir que a cultura e a
civilização católica são a cultura por excelência e a civilização por
excelência. É preciso acrescentar que não podem existir senão em povos
católicos. Realmente, se bem que o homem possa conhecer os princípios da Lei
Natural por sua própria razão, não pode um povo, sem o Magistério da Igreja,
manter-se duravelmente no conhecimento de todos eles <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
E, por este motivo, um povo que não professe a verdadeira Religião não pode
duravelmente praticar todos os Mandamentos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Nestas condições, e como sem o conhecimento e a observância da Lei de Deus não
pode haver ordem cristã, a civilização e a cultura por excelência só são
possíveis no grêmio da Santa Igreja. Com efeito, de acordo com o que disse São
Pio X, a civilização “<i>é tanto mais
verdadeira, mais durável, mais fecunda em frutos preciosos, quanto mais
puramente cristã; tanto mais decadente,
para grande desgraça da sociedade, quanto mais se subtrai à idéia cristã. Por
isto, pela força intrínseca das coisas, a Igreja torna-se também de fato a
guardiã e protetora da civilização cristã</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<span style="font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060288"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085305"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872245">E. A ilegitimidade por excelência</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Se nisto consistem a ordem e a legitimidade, facilmente se
vê no que consiste a Revolução. Pois é o contrário dessa ordem. É a desordem e
a ilegitimidade por excelência.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060289"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085306"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872246">3. A REVOLUÇÃO, O ORGULHO E A SENSUALIDADE -
OS VALORES METAFÍSICOS DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Duas noções concebidas como valores metafísicos exprimem bem
o espírito da Revolução: a igualdade absoluta, liberdade completa. E duas são
as paixões que mais a servem: o orgulho e a sensualidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Referindo-nos às paixões, cumpre esclarecer o sentido em que
tomamos o vocábulo neste trabalho. Para maior brevidade, conformando-nos com o
uso de vários autores espirituais, sempre que falamos das paixões como fautoras
da Revolução, referimo-nos às paixões desordenadas. E, de acordo com a
linguagem corrente, incluímos nas paixões desordenadas todos os impulsos ao
pecado existentes no homem em conseqüência da tríplice concupiscência: a da
carne, a dos olhos e a soberba da vida <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<span style="font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060290"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085307"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872247">A. Orgulho e Igualitarismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A pessoa orgulhosa, sujeita à autoridade de outra, odeia
primeiramente o jugo que em concreto pesa sobre ela.</div>
<div class="MsoNormal">
Num segundo grau, o orgulhoso odeia genericamente todas as
autoridades e todos os jugos, e mais ainda o próprio princípio de autoridade,
considerado em abstrato.</div>
<div class="MsoNormal">
E porque odeia toda autoridade, odeia também toda
superioridade, de qualquer ordem que seja.</div>
<div class="MsoNormal">
E nisto tudo há um verdadeiro ódio a Deus <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<div class="MsoNormal">
Este ódio a qualquer desigualdade tem ido tão longe que,
movidas por ele, pessoas colocadas em alta situação a têm posto em grave risco
e até perdido, só para não aceitar a superioridade de quem está mais alto.</div>
<div class="MsoNormal">
Mais ainda. Num auge de virulência o orgulho poderia levar
alguém a lutar pela anarquia, e a recusar o poder supremo que lhe fosse
oferecido. Isto porque a simples existência desse poder traz implícita a
afirmação do princípio de autoridade, a que todo o homem enquanto tal - e o
orgulhoso também - poder ser sujeito.</div>
<div class="MsoNormal">
O orgulho pode conduzir, assim, ao igualitarismo mais
radical e completo.</div>
<div class="MsoNormal">
São vários os aspectos desse igualitarismo radical e
metafísico:</div>
<div class="MsoNormal">
* a. <i>Igualdade entre
os homens e Deus</i>: daí o panteísmo, o imanentismo e todas as formas
esotéricas de religião, visando estabelecer um trato de igual a igual entre
Deus e os homens, e tendo por objetivo saturar estes últimos de propriedades
divinas. O ateu é um igualitário que, querendo evitar o absurdo que há em
afirmar que o homem é Deus, cai em outro absurdo, afirmando que Deus não
existe. O laicismo é uma forma de ateísmo, e portanto de igualitarismo. Ele
afirma a impossibilidade de se ter certeza da existência de Deus. De onde, na
esfera temporal, o homem deve agir como se Deus não existisse. Ou seja, como
pessoa que destronou a Deus.</div>
<div class="MsoNormal">
* b. <i>Igualdade na
esfera eclesiástica</i>: supressão do sacerdócio dotado dos poderes de ordem,
magistério e governo, ou pelo menos de um sacerdócio com graus hierárquicos.</div>
<div class="MsoNormal">
* c. <i>Igualdade entre
as diversas religiões</i>: todas as discriminações religiosas são antipáticas
porque ofendem a fundamental igualdade entre os homens. Por isto, as diversas
religiões devem ter tratamento rigorosamente igual. O pretender-se uma religião
verdadeira com exclusão das outras é afirmar uma superioridade, é contrário à
mansidão evangélica, e impolítico, pois lhe fecha o acesso aos corações.</div>
<div class="MsoNormal">
* d. <i>Igualdade na
esfera política</i>: supressão, ou pelo menos atenuação, da desigualdade entre
governantes e governados. O poder não vem de Deus, mas da massa, que manda e à
qual o governo deve obedecer. Proscrição da monarquia e da aristocracia como
regimes intrinsecamente maus, por antiigualitários. Só a democracia é legítima,
justa e evangélica <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
</div>
<div class="MsoNormal">
* e. <i>Igualdade na
estrutura da sociedade</i>: supressão das classes, especialmente das que se
perpetuam por via hereditária. Abolição de toda a influência aristocrática na
direção da sociedade e no <i>tônus</i> geral
da cultura e dos costumes. A hierarquia natural constituída pela superioridade
do trabalho intelectual sobre o trabalho manual desaparecerá pela superação da
distinção entre um e outro.</div>
<div class="MsoNormal">
* f. <i>Abolição dos
corpos intermediários</i> entre os indivíduos e o Estado, bem como dos
privilégios que são elementos inerentes a cada corpo social. Por mais que a
Revolução odeie o absolutismo régio, odeia mais ainda os corpos intermediários
e a monarquia orgânica medieval. É que o absolutismo monárquico tende a pôr os
súditos, mesmo os mais categorizados, num nível de recíproca igualdade, numa
situação diminuída que já prenuncia a aniquilação do indivíduo e o anonimato
que chegam ao auge nas grandes concentrações urbanas da sociedade socialista.
Entre os grupos intermediários a serem abolidos, ocupa o primeiro lugar a
família. Enquanto não consegue extingui-la, a Revolução procura reduzi-la,
mutilá-la e vilipendiá-la de todos os modos.</div>
<div class="MsoNormal">
* g. <i>Igualdade
econômica</i>: nada pertence a ninguém, tudo pertence à coletividade. Supressão
da propriedade privada, do direito de cada qual ao fruto integral de seu
próprio trabalho e à escolha de sua profissão.</div>
<div class="MsoNormal">
* h. <i>Igualdade nos
aspectos exteriores da existência</i>: a variedade redunda facilmente em
desigualdade de nível. Por isso, diminuição quanto possível da variedade nos
trajes, nas residências, nos móveis, nos hábitos etc.</div>
<div class="MsoNormal">
* i. <i>Igualdade de
almas</i>: a propaganda como que padroniza todos as almas, tirando-lhes as
peculiaridades, e quase a vida própria. Até as diferenças de psicologia e
atitude entre sexos tendem a minguar o mais possível. Por tudo isto, desaparece
o povo que é essencialmente uma grande família de almas diversas mas
harmônicas, reunidas em torno do que lhes é comum. E surge a massa, com sua
grande alma vazia, coletiva, escrava <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
* j. <i>Igualdade em todo
o trato social</i>: como entre mais velhos e mais moços, patrões e empregados,
professores e alunos, esposo e esposa, pais e filhos, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
* k. <i>Igualdade na
ordem internacional</i>: o Estado é constituído por um povo independente
exercendo domínio pleno sobre um território. A soberania é, assim, no Direito
Público, a imagem da propriedade. Admitida a idéia de povo, com características
que o diferenciam dos outros, e a de soberania, estamos forçosamente em
presença de desigualdades: de capacidade, de virtude, de número etc. Admitida a
idéia de território, temos a desigualdade quantitativa e qualitativa dos vários
espaços territoriais. Compreende-se, pois, que a Revolução, fundamentalmente
igualitária, sonhe em fundir todas as raças, todos os povos e todos os Estados
em uma só raça, um só povo e um só Estado <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
* l. <i>Igualdade entre
as diversas partes do país</i>: pelas mesmas razões, e por um mecanismo análogo,
a Revolução tende a abolir no interior das pátrias ora existentes todo o sadio
regionalismo político, cultural, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
* m. <i>Igualitarismo e
ódio a Deus</i>: Santo Tomás ensina <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a>
que a diversidade das criaturas e seu escalonamento hierárquico são um bem em
si, pois assim melhor resplandecem na criação as perfeições do Criador. E diz
que tanto entre os Anjos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a>
quanto entre os homens, no Paraíso Terrestre como nesta terra de exílio <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
a Providência instituiu a desigualdade. Por isso, um universo de criaturas
iguais seria um mundo em que se teria eliminado em toda a medida do possível a
semelhança entre criaturas e Criador. Odiar, em princípio, toda e qualquer
desigualdade é, pois, colocar-se metafisicamente contra os melhores elementos
de semelhança entre o Criador e a criação, é odiar a Deus.</div>
<div class="MsoNormal">
* n. <i>Os limites da
desigualdade</i>: claro está que de toda esta explanação doutrinária não se
pode concluir que a desigualdade é sempre e necessariamente um bem.</div>
<div class="MsoNormal">
Os homens são todos iguais por natureza, e diversos apenas
em seus acidentes. Os direitos que lhes vêm do simples fato de serem homens são
iguais para todos: direito à vida, à honra, a condições de existência
suficientes, ao trabalho, pois, e à propriedade, à constituição de família, e
sobretudo ao conhecimento e prática da verdadeira Religião. E as desigualdades
que atentem contra estes direitos são contrárias à ordem da Providência. Porém,
dentro destes limites, as desigualdades provenientes de acidentes como a
virtude, o talento, a beleza, a força, a família, a tradição, etc., são justas
e conformes à ordem do universo <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060291"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085308"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872248">B. Sensualidade e liberalismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A par do orgulho gerador de todo o igualitarismo, a
sensualidade, no mais largo sentido do termo, é causadora do liberalismo. É
nestas tristes profundezas que se encontra a junção entre esses dois princípios
metafísicos da Revolução, a igualdade e a liberdade, contraditórios em tantos
pontos de vista.</div>
<div class="MsoNormal">
* a. <i>A hierarquia na
alma</i>: Deus, que imprimiu um cunho hierárquico em toda a criação, visível e
invisível, fê-lo também na alma humana. A inteligência deve guiar a vontade, e
esta deve governar a sensibilidade. Como conseqüência do pecado original,
existe no homem um constante atrito entre os apetites sensíveis e a vontade
guiada pela razão: “<i>Vejo nos meus membros
outra lei, que combate contra a lei da minha razão</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas a vontade, rainha reduzida a governar súditos postos em
contínuas tentativas de revolta, tem meios de vencer sempre... desde que não
resista à graça de Deus <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
* b. <i>O igualitarismo
na alma</i>: o processo revolucionário, que visa o nivelamento geral, mas
tantas vezes não tem sido senão a usurpação da função retriz por quem deveria
obedecer, uma vez transposto para as relações entre as potências da alma
haveria de produzir a lamentável tirania de todas as paixões desenfreadas,
sobre uma vontade débil e falida e uma inteligência obnubilada. Especialmente o
domínio de uma sensualidade abrasada, sobre todos os sentimentos de recato e de
pudor.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando a Revolução proclama a liberdade absoluta como um
princípio metafísico, fá-lo unicamente para justificar o livre curso das piores
paixões e dos erros mais funestos.</div>
<div class="MsoNormal">
* c. <i>Igualitarismo e
liberalismo</i>: a inversão de que falamos, isto é, o direito de pensar, sentir
e fazer tudo quanto as paixões desenfreadas exigem, é a essência do
liberalismo, isto bem se mostra nas formas mais exacerbadas da doutrina
liberal. Analisando-as, percebe-se que o liberalismo pouco se importa com a
liberdade para o bem. Só lhe interessa a liberdade para o mal. Quando no poder,
ele facilmente, e até alegremente, tolhe ao bem a liberdade, em toda a medida
do possível. Mas protege, favorece, prestigia, de muitas maneiras, a liberdade
para o mal. No que se mostra oposto à civilização católica, que dá ao bem todo
o apoio e toda a liberdade, e cerceia quanto possível o mal.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, essa liberdade para o mal é precisamente a liberdade
para o homem enquanto “revolucionário” em seu interior, isto é, enquanto
consente na tirania das paixões sobre sua inteligência e sua vontade.</div>
<div class="MsoNormal">
E assim o liberalismo é fruto da mesma árvore que o
igualitarismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Aliás, o orgulho, enquanto gera o ódio a qualquer autoridade
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
induz a uma atitude nitidamente liberal. E a este título deve ele ser
considerado um fator ativo do liberalismo. Quando, porém, se deu conta de que,
se deixarmos livres os homens, desiguais por suas aptidões e sua aplicação, a
liberdade engendrará a desigualdade, a Revolução, por ódio a esta, deliberou
sacrificar aquela. Daí nasceu sua fase socialista. Esta fase não constitui
senão uma etapa. A Revolução espera, em
seu termo final, realizar um estado de coisas em que a completa liberdade
coexista com a plena igualdade.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, historicamente, o movimento socialista é um mero
requinte do movimento liberal. O que leva um liberal autêntico a aceitar o
socialismo é precisamente que, neste, se proíbem tiranicamente mil coisas boas,
ou pelo menos inocentes, mas se favorece a satisfação metódica, e por vezes com
aspectos de austeridade, das piores e mais violentas paixões, como a inveja, a
preguiça, a luxúria. E de outro lado, o liberal entrevê que a ampliação da
autoridade no regime socialista não passa, dentro da lógica do sistema, de meio
para chegar à tão almejada anarquia final.</div>
<div class="MsoNormal">
Os entrechoques de certos liberais ingênuos ou retardados,
com os socialistas, são, pois, meros episódios superficiais no processo
revolucionário, inócuos <i>qui pro quo</i>
que não perturbam a lógica profunda da Revolução, nem sua marcha inexorável num
sentido que, bem vistas as coisas, é ao mesmo tempo socialista e liberal.</div>
<div class="MsoNormal">
* d. <i>A geração do</i> <i>“rock and roll”</i>: o processo
revolucionário nas almas, assim descrito, produziu nas gerações mais recentes,
e especialmente nos adolescentes atuais que se hipnotizam com o “rock and
roll”, um feitio de espírito que se caracteriza pela espontaneidade das reações
primárias, sem o controle da inteligência nem a participação efetiva da
vontade; pelo predomínio da fantasia e das “vivências” sobre a análise metódica
da realidade: fruto, tudo, em larga medida, de uma pedagogia que reduz a quase
nada o papel da lógica e da verdadeira formação da vontade.</div>
<div class="MsoNormal">
* e. <i>Igualitarismo,
liberalismo e anarquismo</i>: conforme os itens anteriores (“a” a “d”), a
efervescência das paixões desregradas, se desperta de um lado o ódio a qualquer
freio e qualquer lei, de outro lado provoca o ódio contra qualquer
desigualdade. Tal efervescência conduz assim à concepção utópica do
“anarquismo” marxista, segundo a qual uma humanidade evoluída, vivendo numa
sociedade sem classes nem governo, poderia gozar da ordem perfeita e da mais
inteira liberdade, sem que desta se originasse qualquer desigualdade. Como se
vê, o ideal simultaneamente mais liberal e mais igualitário que se possa
imaginar.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, a utopia anárquica do marxismo consiste em um
estado de coisas em que a personalidade humana teria alcançado um alto grau de
progresso, de tal maneira que lhe seria possível desenvolver-se livremente numa
sociedade sem Estado nem governo.</div>
<div class="MsoNormal">
Nessa sociedade - que, apesar de não ter governo, viveria em
plena ordem - a produção econômica estaria organizada e muito desenvolvida, e a
distinção entre trabalho intelectual e manual estaria superada. Um processo
seletivo ainda não determinado levaria à direção da economia os mais capazes,
sem que daí decorresse a formação de classes.</div>
<div class="MsoNormal">
Estes seriam os únicos e insignificantes resíduos de
desigualdade. Mas, como essa sociedade comunista anárquica não é o termo final
da História, parece legítimo supor que tais resíduos seriam abolidos em
ulterior evolução.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060292"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085309"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872249">Capítulo VIII - A inteligência, a vontade e
a sensibilidade, na determinação dos atos humanos</a></h2>
<div class="MsoNormal">
As anteriores considerações pedem um desenvolvimento quanto
ao papel da inteligência, da vontade e da sensibilidade, nas relações entre
erro e paixão.</div>
<div class="MsoNormal">
Poderia parecer, com efeito, que afirmamos que todo erro é
concebido pela inteligência para justificar alguma paixão desregrada. Assim, o
moralista que afirmasse uma máxima liberal seria sempre movido por uma
tendência liberal.</div>
<div class="MsoNormal">
Não é o que pensamos. Pode suceder que unicamente por
fraqueza da inteligência atingida pelo pecado original, o moralista chegue a
uma conclusão liberal.</div>
<div class="MsoNormal">
Em tal caso terá havido necessariamente alguma falta moral
de outra natureza, o descuido, por exemplo? É questão alheia a nosso estudo.</div>
<div class="MsoNormal">
Afirmamos, isto sim, que, historicamente, esta Revolução
teve sua primeira origem em uma violentíssima fermentação de paixões. E estamos
longe de negar o grande papel dos erros doutrinários nesse processo.</div>
<div class="MsoNormal">
Muitos têm sido os estudos de autores de grande valor, como
de Maistre, de Bonald, Donoso Cortés e tantos outros, sobre tais erros e o modo
por que foram eles derivando uns dos outros, do século XV ao século XVI, e
assim por diante até o século XX. Não é, pois, nossa intenção insistir aqui
sobre o assunto.</div>
<div class="MsoNormal">
Parece-nos, entretanto, particularmente oportuno focalizar a
importância dos fatores “passionais” e a influência destes nos aspectos
estritamente ideológicos do processo revolucionário em que nos achamos. Pois, a
nosso ver, as atenções estão pouco voltadas para este ponto, o que traz uma
visão incompleta da Revolução, e acarreta em conseqüência a adoção de métodos
contra-revolucionários inadequados.</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre o modo por que as paixões podem influir nas idéias, há
algo a acrescentar aqui.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060293"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085310"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872250">1. A NATUREZA DECAÍDA, A GRAÇA E O LIVRE
ARBÍTRIO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
O homem, pelas simples forças de sua natureza, pode conhecer
muitas verdades e praticar várias virtudes. Entretanto, não lhe é possível, sem
o auxílio da graça, permanecer duravelmente no conhecimento e na prática de
todos os Mandamentos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Isto quer dizer que em todo homem decaído há sempre a debilidade
da inteligência e uma tendência primeira, e anterior a qualquer raciocínio, que
o incita a revoltar-se contra a Lei <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060294"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085311"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872251">2. O GERME DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Tal tendência fundamental à revolta pode, em dado momento,
ter o consentimento do livre arbítrio. O homem decaído peca, assim, violando um
ou outro Mandamento. Mas suas revolta pode ir além, e chegar até o ódio, mais
ou menos inconfessado, à própria ordem moral em seu conjunto. Esse ódio,
revolucionário por essência, pode gerar erros doutrinários, e até levar à
profissão consciente e explícita de princípios contrários à Lei moral e à
doutrina revelada, enquanto tais, o que constitui um pecado contra o Espírito
Santo. Quando esse ódio começou a dirigir as tendências mais profundas da
História do Ocidente, teve início a Revolução cujo processo hoje se desenrola e
em cujos erros doutrinários ele imprimiu vigorosamente sua marca. Ele é a causa
mais ativa da grande apostasia hodierna. Por sua natureza, é ele algo que não
pode ser reduzido simplesmente a um sistema doutrinário: é a paixão desregrada,
em altíssimo grau de exacerbação.</div>
<div class="MsoNormal">
Como é fácil ver, tal afirmação, relativa a esta Revolução
em concreto, não implica em dizer que há sempre uma paixão desordenada na raiz
de todo erro.</div>
<div class="MsoNormal">
E nem implica em negar que muitas vezes foi um erro que
desencadeou nesta ou naquela alma, ou mesmo neste ou naquele grupo social, o
desregramento das paixões.</div>
<div class="MsoNormal">
Afirmamos tão somente que o processo revolucionário,
considerado em seu conjunto, e também em seus principais episódios, teve por
germe mais ativo e profundo o desregramento das paixões.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060295"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085312"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872252">3. REVOLUÇÃO E MÁ FÉ</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Poder-se-ia talvez opor a seguinte objeção: se tal é a
importância das paixões no processo revolucionário, parece que a vítima deste
está sempre, em alguma medida, pelo menos, de má fé. Se o protestantismo, por
exemplo, é filho da Revolução, está de má fé todo protestante? Não colide isto
com a doutrina da Igreja que admite que haja, em outras religiões, almas de boa
fé?</div>
<div class="MsoNormal">
É óbvio que uma pessoa de inteira boa fé, e dotada de um
espírito fundamentalmente contra-revolucionário, pode estar presa nas malhas
dos sofismas revolucionários (sejam de índole religiosa, filosófica, política,
ou outra qualquer) por uma ignorância invencível. Em pessoas assim não há
qualquer culpa.</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Mutatis mutandis</i>,
pode-se dizer o mesmo quanto às que aderem à doutrina da Revolução num ou
noutro ponto restrito, por um lapso involuntário da inteligência.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas se alguém participa do espírito da Revolução, movido
pelas paixões desregradas inerentes a ela, a resposta tem de ser outra.</div>
<div class="MsoNormal">
Pode um revolucionário nestas condições estar persuadido das
excelências das suas máximas subversivas. Ele não será portanto insincero. Mas
terá culpa pelo erro em que caiu.</div>
<div class="MsoNormal">
E pode também acontecer que o revolucionário professe uma
doutrina da qual não esteja persuadido, ou da qual tenha uma convicção
incompleta.</div>
<div class="MsoNormal">
Será, neste caso, parcial ou totalmente insincero...</div>
<div class="MsoNormal">
Parece-nos que, a este propósito, quase não seria necessário
acentuar que, quando afirmamos que as doutrinas de Marx estavam implícitas nas
negações da Pseudo-Reforma e da Revolução Francesa, não queremos com isto dizer
que os adeptos daqueles dois movimentos eram, conscientemente, marxistas <i>avant la lettre</i>, e que ocultavam
hipocritamente suas opiniões.</div>
<div class="MsoNormal">
O próprio da virtude cristã é a reta disposição das
potências da alma e, pois, o incremento da lucidez da inteligência iluminada
pela graça e guiada pelo Magistério da Igreja. Não é por outra razão que todo o
Santo é um modelo de equilíbrio e de imparcialidade. A objetividade de seus juízos
e a firme orientação de sua vontade para o bem não são debilitadas, nem de
leve, pelo bafo venenoso das paixões desregradas.</div>
<div class="MsoNormal">
Pelo contrário, à medida que o homem decai na virtude e se
entrega ao jugo dessas paixões, vai minguando nele a objetividade em tudo
quanto com as mesmas se relacione. De modo particular, essa objetividade fica
perturbada quanto aos julgamentos que o homem formule sobre si mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
Até que ponto um revolucionário “de marcha lenta” do século
XVI ou do século XVIII, obnubilado pelo espírito da Revolução, se dava conta do
sentido profundo e das últimas conseqüências de sua doutrina, é em cada caso
concreto o segredo de Deus.</div>
<div class="MsoNormal">
De qualquer forma, a hipótese de que fossem todos eles
marxistas conscientes é de se excluir inteiramente.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060296"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085313"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872253">Capítulo IX - Também é filho da Revolução o
“semicontra-revolucionário</a>”</h2>
<div class="MsoNormal">
Tudo quanto aqui se disse dá fundamento a uma observação de
importância prática.</div>
<div class="MsoNormal">
Espíritos marcados por essa Revolução interior poderão
talvez, por um jogo qualquer de circunstâncias e de coincidência, como uma
educação em meio fortemente tradicionalista e moralizado, conservar em um ou
muitos pontos uma atitude contra-revolucionária <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem embargo, na mentalidade destes
“semicontra-revolucionários” se terá entronizado o espírito da Revolução. E num
povo onde a maioria esteja em tal estado de alma, a Revolução será incoercível
enquanto este não mudar.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, a unidade da Revolução trás, como contrapartida, que
o contra-revolucionário autêntico só poderá ser total.</div>
<div class="MsoNormal">
Quanto aos “semicontra-revolucionários” em cuja alma começa
a vacilar o ídolo da Revolução, a situação é algum tanto diversa. Tratamos do
assunto na Parte II - Cap. XII, 10.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060297"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085314"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872254">Capítulo X - A cultura, a arte e os
ambientes, na Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Assim descrita a complexidade e amplitude que o processo
revolucionário tem nas camadas mais profundas das almas, e portanto da
mentalidade dos povos, é mais fácil apontar toda a importância da cultura, das
artes e dos ambientes na marcha da Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060298"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085315"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872255">1. A CULTURA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
As idéias revolucionárias fornecem às tendências de que
nasceram o meio de se afirmarem com foros de cidadania, aos olhos do próprio
indivíduo e de terceiros. Elas servem ao revolucionário para abalar nestes
últimos as convicções verdadeiras, e para assim desencadear ou agravar neles a
revolta das paixões. Elas são inspiração e molde para as instituições geradas
pela Revolução. Essas idéias podem encontrar-se nos mais variados ramos do
saber ou da cultura, pois é difícil que algum deles não esteja implicado, pelo
menos indiretamente, na luta entre a Revolução e a Contra-Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060299"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085316"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872256">2. AS ARTES</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Quanto às artes, como Deus estabeleceu misteriosas e
admiráveis relações entre certas formas, cores, sons, perfumes e sabores e
certos estados de alma, é claro que por estes meios se pode influenciar a fundo
as mentalidades e induzir pessoas, famílias e povos à formação de um estado de
espírito profundamente revolucionário. Basta lembrar a analogia entre o
espírito da Revolução Francesa e as modas que durante ela surgiram. Ou entre as
efervescências revolucionárias de hoje e as presentes extravagâncias das modas
e das escolas artísticas ditas avançadas.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060300"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085317"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872257">3. OS AMBIENTES</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Quanto aos ambientes na medida em que favorecem costumes
bons ou maus, podem opor à Revolução as admiráveis barreiras de reação, ou pelo
menos de inércia, de tudo quanto é sadiamente consuetudinário; ou podem
comunicar às almas as toxinas e as energias tremendas do espírito
revolucionário.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060301"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085318"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872258">4. PAPEL HISTÓRICO DAS ARTES E DOS AMBIENTES
NO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Por isto, em concreto, é necessário reconhecer que a
democratização geral dos costumes e dos estilos de vida, levado aos extremos de
uma vulgaridade sistemática e crescente, e a ação proletarizante de certa arte
moderna, contribuíram para o triunfo do igualitarismo tanto ou mais do que a implantação
de certas leis, ou de certas instituições essencialmente políticas.</div>
<div class="MsoNormal">
Como também é preciso reconhecer que quem, por exemplo,
conseguisse fazer cessar o cinema ou a televisão imorais ou agnósticos teria
feito pela Contra-Revolução muito mais do que se provocasse a queda de um
gabinete esquerdista, na rotina de um regime parlamentar.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060302"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085319"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872259">Capítulo XI - A Revolução, o pecado e a
Redenção - A utopia revolucionária</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Dentre os múltiplos aspectos da Revolução, é importante
ressaltar que ela induz seus filhos a subestimarem ou negarem as noções de bem
e mal, de pecado original e de Redenção.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060303"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085320"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872260">1. A REVOLUÇÃO NEGA O PECADO E A REDENÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Revolução é, como vimos, filha do pecado. Mas, se ela o
reconhecesse, desmascarar-se-ia e se voltaria contra sua própria causa.</div>
<div class="MsoNormal">
Explica-se, assim, porque a Revolução tende, não só a passar
sob silêncio a raiz de pecado da qual brotou, mas a negar a própria noção do
pecado. Negação radical, que inclui tanto a culpa original quanto a atual, e se
efetua principalmente:</div>
<div class="MsoNormal">
• Por sistemas filosóficos ou jurídicos que negam a validade
e a existência de qualquer Lei moral ou dão a esta os fundamentos vãos e
ridículos do laicismo.</div>
<div class="MsoNormal">
• Pelos mil processos de propaganda que criam nas multidões
um estado de alma em que, sem se afirmar diretamente que a moral não existe, se
faz abstração dela, e toda a veneração devida à virtude é tributada a ídolos
como o ouro, o trabalho, a eficiência, o êxito, a segurança, a saúde, a beleza
física, a força muscular, o gozo dos sentidos, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
É a própria noção de pecado, a distinção mesma entre o bem e
o mal, que a Revolução vai destruindo no homem contemporâneo. E, <i>ipso facto</i>, vai ela negando a Redenção
de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sem o pecado, se torna incompreensível e
perde qualquer relação lógica com a História e a vida.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060304"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085321"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872261">2. EXEMPLIFICAÇÃO HISTÓRICA: NEGAÇÃO DO
PECADO NO LIBERALISMO E NO SOCIALISMO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Em cada uma de suas etapas, a Revolução tem procurado
subestimar ou negar radicalmente o pecado.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060305"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085322"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872262">A. A conceição imaculada do indivíduo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Na fase liberal e individualista, ela ensinou que o homem é
dotado de uma razão infalível, de uma vontade forte e de paixões sem
desregramentos. Daí uma concepção da ordem humana, em que o indivíduo, reputado
um ente perfeito, era tudo, e o Estado nada, ou quase nada, um mal necessário...
provisoriamente necessário, talvez. Foi o período em que se pensava que a causa
única de todos os erros e crimes era a ignorância. Abrir escolas era fechar
prisões. O dogma básico destas ilusões foi a conceição imaculada do indivíduo.</div>
<div class="MsoNormal">
A grande arma do liberal, para se defender contra as
possíveis prepotências do Estado, e para impedir a formação de camarilhas que
lhe tirassem a direção da coisa pública, eram as liberdades políticas e o
sufrágio universal.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060306"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085323"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872263">B. A conceição imaculada das massas e do
Estado</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Já no século passado, o desacerto desta concepção se tornara
patente, pelo menos em parte. Mas a Revolução não recuou. Em vez de reconhecer
seu erro, ela o substituiu por outro. Foi a conceição imaculada das massas e do
Estado. Os indivíduos são propensos ao egoísmo e podem errar. Mas as massas
acertam sempre, e jamais se deixam levar pelas paixões. Seu impecável meio de
ação é o Estado. Seu infalível meio de expressão, o sufrágio universal, do qual
decorrem os parlamentos impregnados de pensamento socialista, ou a vontade
forte de um ditador carismático, que guia sempre as massas para a realização da
vontade delas.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060307"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085324"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872264">3. A REDENÇÃO PELA CIÊNCIA E PELA TÉCNICA: A
UTOPIA REVOLUCIONÁRIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
De qualquer maneira, depositando toda a sua confiança no
indivíduo considerado isoladamente, nas massas, ou no Estado, é no homem que a
Revolução confia. Auto-suficiente pela ciência e pela técnica, pode ele
resolver todos os seus problemas, eliminar a dor, a pobreza, a ignorância, a
insegurança, enfim tudo aquilo a que chamamos efeito do pecado original ou
atual.</div>
<div class="MsoNormal">
Um mundo em cujo seio as pátrias unificadas numa República
Universal não sejam senão denominações geográficas, um mundo sem desigualdades
sociais nem econômicas, dirigido pela ciência e pela técnica, pela propaganda e
pela psicologia, para realizar, sem o sobrenatural, a felicidade definitiva do
homem: eis a utopia para a qual a Revolução nos vai encaminhando.</div>
<div class="MsoNormal">
Nesse mundo, a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo nada
tem a fazer. Pois o homem terá superado o mal pela ciência e terá transformado
a terra em um “céu” tecnicamente delicioso. E pelo prolongamento indefinido da
vida esperará vencer um dia a morte.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060308"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085325"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872265">Capítulo XII - Caráter pacifista e
antimilitarista da Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
O exposto no capítulo anterior nos faz compreender facilmente
o caráter pacifista, e portanto antimilitarista da Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060309"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085326"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872266">1. A CIÊNCIA ABOLIRÁ AS GUERRAS, AS FORÇAS
ARMADAS E A POLÍCIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
No paraíso técnico da Revolução, a paz tem de ser perpétua.
Pois a ciência demonstra que a guerra é um mal. E a técnica consegue evitar
todas as causas das guerras.</div>
<div class="MsoNormal">
Daí uma incompatibilidade fundamental entre a Revolução e as
forças armadas, que deverão ser inteiramente abolidas. Na República Universal
haverá apenas uma polícia, enquanto os progressos da ciência e da técnica não
acabarem de eliminar o crime.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060310"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085327"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872267">2. INCOMPATIBILIDADE DOUTRINÁRIA ENTRE A
REVOLUÇÃO E A FARDA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A farda, por sua simples presença, afirma implicitamente
algumas verdades, um tanto genéricas, sem dúvida, mas de índole certamente
contra-revolucionária:</div>
<div class="MsoNormal">
- A existência de valores que são mais que a vida e pelos
quais se deve morrer - o que é contrário à mentalidade socialista, toda feita
de horror ao risco e à dor, de adoração da segurança, e do supremo apego à vida
terrena.</div>
<div class="MsoNormal">
- A existência de uma moral, pois a condição militar é toda
ela fundada sobre idéias de honra, de força posta ao serviço do bem e voltada
contra o mal, etc.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060311"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085328"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872268">3. O “TEMPERAMENTO” DA REVOLUÇÃO É INFENSO À
VIDA MILITAR</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Por fim, entre a Revolução e o espírito militar há uma
antipatia “temperamental”. A Revolução, enquanto não tem todas as rédeas na
mão, é verbosa, enredadeira, declamatória. Resolver as coisas diretamente,
drasticamente, secamente <i>more militari</i>,
desagrada o que poderíamos chamar o atual temperamento da Revolução. “Atual”,
frisamos, para aludir a esta no estágio em que se encontra entre nós. Pois nada
há de mais despótico e cruel do que a Revolução quando é onipotente: a Rússia
dá disto um eloqüente exemplo. Mas ainda aí a divergência subsiste, posto que o
espírito militar é coisa bem diferente de espírito de carrasco.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Analisada assim em seus vários aspectos a utopia
revolucionária, damos por concluído o estudo da Revolução.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<h1>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060312"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085329"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872269">Parte II – A CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h1>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060313"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085330"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872270">Capítulo I - Contra-Revolução é Reação</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060314"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085331"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872271">I. A CONTRA-REVOLUÇÃO, LUTA ESPECÍFICA E
DIRETA CONTRA A REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se tal é a Revolução, a Contra-Revolução é, no sentido
literal da palavra, despido das conexões ilegítimas e mais ou menos demagógicas
que a ela se juntaram na linguagem corrente, uma “re-ação”. Isto é, uma ação
que é dirigida contra outra ação. Ela está para a Revolução como, por exemplo,
a Contra-Reforma está para a Pseudo-Reforma.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060315"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085332"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872272">2. NOBREZA DESSA REAÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
E deste caráter de reação vem à Contra-Revolução sua nobreza
e sua importância. Com efeito, se é a Revolução que nos vai matando, nada é
mais indispensável do que uma reação que vise esmagá-la. Ser infenso, em
princípio, a uma reação contra-revolucionária é o mesmo que querer entregar o
mundo ao domínio da Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060316"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085333"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872273">3. REAÇÃO VOLTADA TAMBÉM CONTRA OS
ADVERSÁRIOS DE HOJE</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Importa acrescentar que a Contra-Revolução, assim vista, não
é nem pode ser um movimento nas nuvens, que combata fantasmas. Ela tem de ser a
Contra-Revolução do século XX, feita contra a Revolução como hoje em concreto
esta existe e, pois, contra as paixões revolucionárias como hoje crepitam,
contra as idéias revolucionárias como hoje se formulam, os ambientes
revolucionários como hoje se apresentam, a arte e a cultura revolucionárias
como hoje são, as correntes e os homens que, em qualquer nível, são atualmente
os fautores mais ativos da Revolução. A Contra-Revolução não é, pois, um mero
retrospecto dos malefícios da Revolução no passado, mas um esforço para lhe
cortar o caminho no presente.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060317"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085334"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872274">4. MODERNIDADE E INTEGRIDADE DA
CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A modernidade da Contra-Revolução não consiste em fechar os
olhos nem em pactuar, ainda que em proporções insignificantes, com a Revolução.
Pelo contrário, consiste em conhecê-la em sua essência invariável e em seus tão
relevantes acidentes contemporâneos, combatendo-a nestes e naquela,
inteligentemente, argutamente, planejadamente, com todos os meios lícitos, e
utilizando o concurso de todos os filhos da luz.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060318"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085335"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872275">Capítulo II - Reação e imobilismo histórico</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060319"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085336"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872276">1. O QUE RESTAURAR</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a
restauração da ordem. E por ordem entendemos a paz de Cristo no reino de
Cristo. Ou seja, a civilização cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente
sacral, antiigualitária e antiliberal.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060320"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085337"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872277">2. O QUE INOVAR</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, por força da lei histórica segundo a qual o
imobilismo não existe nas coisas terrenas, a ordem nascida da Contra-Revolução
deverá ter características próprias que a diversifiquem da ordem existente
antes da Revolução. Claro está que esta afirmação não se refere aos princípios,
mas aos acidentes. Acidentes, entretanto, de tal importância, que merecem ser
mencionados.</div>
<div class="MsoNormal">
Na impossibilidade de nos estendermos sobre este assunto,
digamos simplesmente que, em geral, quando num organismo se opera uma fratura
ou dilaceração, a zona de soldadura ou recomposição apresenta dispositivos de
proteção especiais. É, pelas causas segundas, o desvelo amoroso da Providência
contra a eventualidade de novo desastre. Observa-se isto com os ossos
fraturados, cuja soldadura se constitui à maneira de reforço na própria zona de
fratura, ou com os tecidos cicatrizados. Esta é uma imagem material de fato
análogo que se passa na ordem espiritual. O pecador que verdadeiramente se
emenda tem ao pecado, em via de regra, horror maior do que teve nos melhores
anos anteriores à queda. É a historia dos Santos penitentes. Assim também,
depois de cada prova, a Igreja emerge particularmente armada contra o mal que
procurou prostrá-La. Exemplo típico disto é a Contra-Reforma.</div>
<div class="MsoNormal">
Em virtude dessa lei, a ordem nascida da Contra-Revolução deverá
refulgir, mais ainda do que a da Idade Media, nos três pontos capitais em que
esta foi vulnerada pela Revolução:</div>
<div class="MsoNormal">
* Um profundo respeito dos direitos da Igreja e do Papado e
uma sacralização, em toda a extensão do possível, dos valores da vida temporal,
tudo por oposição ao laicismo, ao interconfessionalismo, ao ateísmo e ao
panteísmo, bem como a suas respectivas seqüelas.</div>
<div class="MsoNormal">
* Um espírito de hierarquia, marcando todos os aspectos da
sociedade e do Estado, da cultura e da vida, por oposição à metafísica igualitária
da Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
* Uma diligência no detectar e no combater o mal em suas
formas embrionárias ou veladas, em fulminá-lo com execração e nota de infâmia,
e em puni-lo com inquebrantável firmeza em todas as suas manifestações, e
particularmente nas que atentarem contra a ortodoxia e a pureza dos costumes,
tudo por oposição à metafísica liberal da Revolução e à tendência desta a dar
livre curso e proteção ao mal.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060321"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085338"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872278">Capítulo III - A Contra-Revolução e o
prurido de novidades</a></h2>
<div class="MsoNormal">
A tendência de tantos de nossos contemporâneos, filhos da
Revolução, de amar sem restrições o presente, adorar o futuro e votar
incondicionalmente o passado ao desprezo e ao ódio, suscita a respeito da
Contra-Revolução um conjunto de incompreensões que importa fazer cessar.
Sobretudo, afigura-se a muitas pessoas que o caráter tradicionalista e
conservador desta última faz dela uma adversária nata do progresso humano.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060322"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085339"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872279">1. A CONTRA-REVOLUÇÃO É TRADICIONALISTA</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060323"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085340"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872280">A. Razão</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução, como vimos, é um esforço que se
desenvolve em função de uma Revolução. Esta se volta constantemente contra todo
um legado de instituições, de doutrinas, de costumes, de modos de ver, sentir e
pensar cristãos que recebemos de nossos maiores, e que ainda não estão
completamente abolidos. A Contra-Revolução é, pois, a defensora das tradições
cristãs.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060324"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085341"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872281">B. A mecha que ainda fumega</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A Revolução ataca a civilização cristã mais ou menos como
certa árvore da floresta brasileira, a figueira brava (<i>Urostigma olearia</i>), que, crescendo no tronco de outra, a envolve
completamente e a mata. Em suas correntes “moderadas” e de velocidade lenta,
acercou-se a Revolução da civilização cristã para envolvê-la de todo e matá-la.
Estamos num período em que esse estranho fenômeno de destruição ainda não se
completou, isto é, numa situação híbrida em que aquilo a que quase chamaríamos
restos mortais da civilização cristã, somado ao perfume e à ação remota de
muitas tradições, só recentemente abolidas, mas que ainda têm alguma coisa de
vivo na memória dos homens, coexiste com muitas instituições e costumes
revolucionários.</div>
<div class="MsoNormal">
Em face dessa luta entre uma esplendida tradição cristã em
que ainda palpita a vida, e uma ação revolucionária inspirada pela mania de
novidades a que se referia Leão XIII, nas palavras iniciais da Encíclica <i>Rerum Novarum</i>, é natural que o
verdadeiro contra-revolucionário seja o defensor nato do tesouro das boas
tradições, porque elas são os valores do passado cristão ainda existentes e que
se trata exatamente de salvar. Nesse sentido, o contra-revolucionário atua como
Nosso Senhor, que não veio apagar a mecha que ainda fumega, nem romper o
arbusto partido<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Deve ele, portanto, procurar salvar amorosamente todas essas tradições cristãs.
Uma ação contra-revolucionária é, essencialmente, uma ação tradicionalista.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060325"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085342"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872282">C. Falso tradicionalismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
O espírito tradicionalista da Contra-Revolução nada tem de
comum com um falso e estreito tradicionalismo que conserva certos ritos,
estilos ou costumes por mero amor às formas antigas e sem qualquer apreço pela
doutrina que os gerou. Isto seria arqueologismo, não sadio e vivo
tradicionalismo.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060326"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085343"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872283">2. A CONTRA-REVOLUÇÃO É CONSERVADORA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução é conservadora? Em um sentido, sim, e profundamente. E em
outro sentido, não, também profundamente.</div>
<div class="MsoNormal">
Se se trata de conservar, do presente, algo que é bom e
merece viver, a Contra-Revolução é conservadora.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas se se trata de perpetuar a situação híbrida em que nos
encontramos, de sustar o processo revolucionário nesta etapa, mantendo-nos
imóveis como uma estátua de sal, à margem do caminho da História e do Tempo,
abraçados ao que há de bom e de mau em nosso século, procurando assim uma
coexistência perpétua e harmônica do bem e do mal, a Contra-Revolução não é nem
pode ser conservadora.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060327"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085344"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872284">3. A CONTRA-REVOLUÇÃO É CONDIÇÃO ESSENCIAL
DO VERDADEIRO PROGRESSO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução é progressista? Sim, se o progresso for autêntico. E não, se
for a marcha para a realização da utopia revolucionária.</div>
<div class="MsoNormal">
Em seu aspecto material, consiste o verdadeiro progresso no
reto aproveitamento das forças da natureza, segundo a Lei de Deus e a serviço
do homem. Por isso, a Contra-Revolução não pactua com o tecnicismo
hipertrofiado de hoje, com a adoração das novidades, das velocidades e das
máquinas, nem com a deplorável tendência a organizar <i>more mechanico</i> a sociedade humana. Estes são excessos que Pio XII
condenou com profundidade e precisão <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
E nem é o progresso material de um povo o elemento capital
do progresso cristãmente entendido. Consiste este, sobretudo, no pleno
desenvolvimento de todas as suas potências de alma, e na ascensão dos homens
rumo à perfeição moral. Uma concepção contra-revolucionária do progresso
importa, pois, na prevalência dos aspectos espirituais deste sobre os aspectos
materiais. Em conseqüência, é próprio à Contra-Revolução promover, entre os
indivíduos e as multidões, um apreço muito maior por tudo quanto diz respeito à
Religião verdadeira, à verdadeira filosofia, à verdadeira arte e à verdadeira
literatura, do que pelo que se relaciona com o bem do corpo e o aproveitamento
da matéria.</div>
<div class="MsoNormal">
Por fim, para demarcar a diferença entre os conceitos
revolucionário e contra-revolucionário de progresso, importa notar que o último
toma em consideração que este mundo será sempre um vale de lágrimas e uma
passagem para o Céu, ao passo que para o primeiro o progresso deve fazer da
terra um paraíso no qual o homem viva feliz, sem cogitar da eternidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Pela própria noção de reto progresso, vê-se que este tem por
contrário o progresso da Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, a Contra-Revolução é condição essencial para que seja
preservado o desenvolvimento normal do verdadeiro progresso, e derrotada a
utopia revolucionaria, que de progresso só tem aparências falaciosas.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060328"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085345"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872285">Capítulo IV - O que é um
contra-revolucionário?</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Pode-se responder à pergunta em epígrafe de duas maneiras:</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060329"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085346"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872286">1. EM ESTADO ATUAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Em estado atual, contra-revolucionário é quem:</div>
<div class="MsoNormal">
- Conhece a Revolução, a ordem e a Contra-Revolução em seu
espírito, suas doutrinas, seus métodos respectivos.</div>
<div class="MsoNormal">
- Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução
e a “anti-ordem”.</div>
<div class="MsoNormal">
- Faz desse amor e desse ódio o eixo em torno do qual
gravitam todos os seus ideais, preferências e atividades.</div>
<div class="MsoNormal">
Claro está que essa atitude de alma não exige instrução
superior. Assim como Santa Joana D'Arc não era teólogo mas surpreendeu seus
juizes pela profundidade teológica de seus pensamentos, assim os melhores
soldados da Contra-Revolução, animados por uma admirável compreensão do seu
espírito e dos seus objetivos, têm sido muitas vezes simples camponeses, da
Navarra, por exemplo, da Vendéa ou do Tirol.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060330"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085347"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872287">2. EM ESTADO POTENCIAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Em estado potencial, contra-revolucionários são os que têm
uma ou outra das opiniões e dos modos de sentir dos revolucionários, por
inadvertência ou qualquer outra razão ocasional, e sem que o próprio fundo de
sua personalidade esteja afetado pelo espírito da Revolução. Alertadas,
esclarecidas, orientadas, essas pessoas adotam facilmente uma posição
contra-revolucionária. E nisto se distinguem dos “semicontra-revolucionários”
de que atrás falávamos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060331"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085348"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872288">Capítulo V - A Tática da Contra-Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
A Tática da Contra-Revolução pode ser considerada em
pessoas, grupos, ou correntes de opinião, em função de três tipos de
mentalidade: o contra-revolucionário atual, o contra-revolucionário potencial e
o revolucionário.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060332"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085349"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872289">1. EM RELAÇÃO AO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO ATUAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
O contra-revolucionário atual é menos raro do que nos parece
à primeira vista. Possui ele uma clara visão das coisas, um amor fundamental à
coerência e um ânimo forte. Por isto tem uma noção lúcida das desordens do
mundo contemporâneo e das catástrofes que se acumulam no horizonte. Mas sua
própria lucidez lhe faz perceber toda a extensão do isolamento em que tão
freqüentemente se encontra, num caos que lhe parece sem solução. Então o
contra-revolucionário, muitas vezes, se cala, abatido. Triste situação: “<i>Vae soli”</i>, diz a Escritura <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Uma ação contra-revolucionária deve ter em vista, antes de
tudo, detectar esses elementos, fazer com que se conheçam, com que se apoiem
uns aos outros para a profissão pública de suas convicções. Ela pode
realizar-se de dois modos diversos:</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060333"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085350"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872290">A. Ação individual</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Esta ação deve ser feita antes de tudo na escala individual.
Nada mais eficiente que a tomada de posição contra-revolucionária franca e
ufana de um jovem universitário, de um oficial, de um professor, de um
Sacerdote sobretudo, de um aristocrata ou um operário influente em seu meio. A
primeira reação que obterá será por vezes de indignação. Mas se perseverar por
um tempo que será mais longo, ou menos, conforme as circunstâncias, verá, pouco
a pouco, aparecerem companheiros.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060334"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085351"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872291">B. Ação em conjunto</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Esses contactos individuais tendem, naturalmente, a suscitar
nos diversos ambientes vários contra-revolucionários que se unem numa família
de almas cujas forças se multiplicam pelo próprio fato da união.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060335"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085352"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872292">2. EM RELAÇÃO AO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO
POTENCIAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Os contra-revolucionários devem apresentar a Revolução e a
Contra Revolução em todos os seus aspectos, religioso, político, social,
econômico, cultural, artístico, etc. Pois os contra-revolucionários potenciais
as vêem em geral por alguma faceta particular apenas, e por esta podem e devem
ser atraídos para a visão total de uma e de outra. Um contra-revolucionário que
argumentasse apenas em um plano, o político, por exemplo, limitaria muito seu
campo de atração, expondo sua ação à esterilidade, e, pois, à decadência e à
morte.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060336"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085353"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872293">3. EM RELAÇÃO AO REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060337"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085354"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872294">A. A iniciativa contra-revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Em face da Revolução e da Contra-Revolução não há neutros.
Pode haver, isto sim, não combatentes, cuja vontade ou cujas veleidades estão,
porém, conscientemente ou não em um dos dois campos. Por revolucionários
entendemos, pois, não só os partidários integrais e declarados da Revolução,
como também os “semicontra-revolucionários”.</div>
<div class="MsoNormal">
A Revolução tem progredido, como vimos, à custa de ocultar
seu vulto total, seu espírito verdadeiro, seus fins últimos.</div>
<div class="MsoNormal">
O meio mais eficiente de refutá-la junto aos revolucionários
consiste em mostrá-la inteira, quer em seu espírito e nas grandes linhas de sua
ação, quer em cada uma de suas manifestações ou manobras aparentemente
inocentes e insignificantes. Arrancar-lhe, assim, os véus é desferir-lhe o mais
duro dos golpes.</div>
<div class="MsoNormal">
Por esta razão, o esforço contra-revolucionário deve
entregar-se a esta tarefa com o maior empenho.</div>
<div class="MsoNormal">
Secundariamente, é claro, os outros recursos de uma boa dialética
são indispensáveis para o êxito de uma ação contra-revolucionária.</div>
<div class="MsoNormal">
Com o “semicontra-revolucionário”, como aliás também com o
revolucionário que tem “coágulos” contra-revolucionários, há certas
possibilidades de colaboração, e esta colaboração cria um problema especial:
até que ponto é ela prudente? A nosso
ver, a luta contra a Revolução só se desenvolve convenientemente ligando entre
si pessoas radical e inteiramente isentas do vírus desta. Que os grupos contra-revolucionários
possam colaborar com elementos como os acima mencionados, em alguns objetivos
concretos, facilmente se concebe. Mas, admitir uma colaboração onímoda e
estável com pessoas infectadas de qualquer influência da Revolução é a mais
flagrante das imprudências e a causa, talvez, da maior parte dos malogros
contra-revolucionários.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060338"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085355"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872295">B. A contra-ofensiva revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
O revolucionário, em via de regra, é petulante, verboso e
afeito à exibição, quando não tem adversários diante de si, ou os tem fracos.
Contudo, se encontra quem o enfrente com ufania e arrojo, ele se cala e
organiza a campanha de silêncio. Um silêncio em meio ao qual se percebe o
discreto zumbir da calúnia, ou algum murmúrio contra o “excesso de lógica” do
adversário, sim. Mas um silêncio confuso e envergonhado que jamais é
entrecortado por alguma réplica de valor. Diante desse silêncio de confusão e
derrota, poderíamos dizer ao contra-revolucionário vitorioso as palavras
espirituosas escritas por Veuillot em outra ocasião: “<i>Interrogai o silêncio, e ele nada vos responderá</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060339"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085356"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872296">4. ELITES E MASSAS NA TÁTICA
CONTRA-REVOLUCIONÁRIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução deve procurar, quanto possível,
conquistar as multidões. Entretanto, não deve fazer disso, no plano imediato,
seu objetivo principal, e um contra-revolucionário não tem razão para desanimar
pelo fato de que a grande maioria dos homens não está atualmente de seu lado.
Um estudo exato da História nos mostra, com efeito, que não foram as massas que
fizeram a Revolução. Elas se moveram num sentido revolucionário porque tiveram
atrás de si elites revolucionárias. Se tivessem tido atrás de si elites de
orientação oposta, provavelmente se teriam movido num sentido contrário. O
fator massa, segundo mostra a visão objetiva da História, é secundário; o
principal é a formação das elites. Ora, para essa formação, o
contra-revolucionário pode estar sempre aparelhado com os recursos de sua ação
individual, e pode pois obter bons frutos, apesar da carência de meios
materiais e técnicos com que, às vezes, tenha que lutar.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060340"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085357"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872297">Capítulo VI - Os meios de ação da
Contra-Revolução</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060341"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085358"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872298">1. TENDER PARA OS GRANDES MEIOS DE AÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Em principio, é claro, a ação contra-revolucionária merece
ter à sua disposição os melhores meios de televisão, rádio, imprensa de grande
porte, propaganda racional, eficiente e brilhante. O verdadeiro
contra-revolucionário deve tender sempre à utilização de tais meios, vencendo o
estado de espírito derrotista de alguns de seus companheiros que, de antemão,
abandonam a esperança de dispor deles porque os vêm sempre na posse dos filhos
das trevas.</div>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, devemos reconhecer que, <i>in concreto</i>, a ação contra-revolucionária terá de se realizar
muitas vezes sem esses recursos.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060342"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085359"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872299">2. UTILIZAR TAMBÉM OS MEIOS MODESTOS: SUA
EFICÁCIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Ainda assim, e com meios dos mais modestos, poderá ela
alcançar resultados muito apreciáveis, se tais meios forem utilizados com
retidão de espírito e inteligência. Como vimos, é concebível uma ação
contra-revolucionária reduzida à mera atuação individual. Mas não se pode
concebê-la sem esta última. A qual, por sua vez, desde que bem feita, abre as
portas para todos os progressos.</div>
<div class="MsoNormal">
Os pequenos jornais de inspiração contra-revolucionária,
quando de bom nível, têm uma eficácia surpreendente, principalmente para a
tarefa primordial de fazer com que os contra-revolucionários se conheçam.</div>
<div class="MsoNormal">
Tão ou mais eficientes podem ser o livro, a tribuna e a
cátedra, a serviço da Contra-Revolução.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060343"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085360"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872300">Capítulo VII - Obstáculos à Contra-Revolução</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060344"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085361"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872301">1. ESCOLHOS A EVITAR ENTRE OS
CONTRA-REVOLUCIONÁRIOS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Os escolhos a evitar entre os contra-revolucionários estão,
muitas vezes, em certos maus hábitos de agentes da Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Nas reuniões ou nos impressos contra-revolucionários a
temática deve ser cuidadosamente selecionada. A Contra-Revolução deve mostrar
sempre um aspecto ideológico, mesmo quando trata de questões muito
pormenorizadas e contingentes. Revolver, por exemplo, os problemas
político-partidários da História recente ou da atualidade pode ser útil. Mas
dar excessivo realce a questiúnculas pessoais, fazer da luta com adversários
ideológicos locais o principal da ação contra-revolucionária, apresentar a
Contra-Revolução como se fosse uma simples nostalgia (não negamos, aliás, é
claro, a legitimidade dessa nostalgia) ou um mero dever de fidelidade pessoal,
por mais santo e justo que este seja, é apresentar o particular como sendo o
geral, a parte como sendo o todo, é mutilar a causa que se quer servir.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060345"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085362"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872302">2. OS “SLOGANS” DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Outras vezes estes obstáculos estão em “slogans”
revolucionários aceitos, não de raro, como dogmas até nos melhores ambientes.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060346"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085363"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872303">A. “A Contra-Revolução é estéril por ser
anacrônica</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
O mais insistente e nocivo desses “slogans” consiste em
afirmar que em nossa época a Contra-Revolução não pode medrar porque é
contrária ao espírito dos tempos. A História, diz-se, não volta atrás.</div>
<div class="MsoNormal">
A Religião Católica, segundo esse singular princípio, não
existiria. Pois não se pode negar que o Evangelho era radicalmente contrário ao
meio em que Nosso Senhor Jesus Cristo e os Apóstolos o pregaram. E a Espanha
Católica, germano-romana, também não existiria. Pois nada se parece mais com
uma ressurreição, e portanto, de algum modo, com uma volta ao passado, do que a
plena reconstituição da grandeza cristã da Espanha, ao cabo dos oito séculos
que vão de Covadonga até a queda de Granada. A Renascença, tão cara aos
revolucionários, foi, ela mesma, sob vários aspectos pelo menos, a volta a um
naturalismo cultural e artístico fossilizado havia mais de mil anos.</div>
<div class="MsoNormal">
A História comporta vais e vens, portanto, quer nas vias do
bem, quer nas do mal.</div>
<div class="MsoNormal">
Aliás, quando se vê que a Revolução considera algo como
coerente com o espírito dos tempos, é preciso circunspeção. Pois não raras
vezes se trata de alguma velharia dos tempos pagãos, que ela quer restaurar.</div>
<div class="MsoNormal">
O que têm de novo, por exemplo, o divórcio ou o nudismo, a
tirania ou a demagogia, tão generalizados no mundo antigo?</div>
<div class="MsoNormal">
Por que será moderno o divorcista e anacrônico o defensor da
indissolubilidade?</div>
<div class="MsoNormal">
O conceito de “moderno” para a Revolução se cifra no
seguinte: é tudo quanto dê livre curso ao orgulho e ao igualitarismo, bem como
à sede de prazeres e ao liberalismo.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060347"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085364"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872304">B. “A Contra-Revolução é estéril por ser
essencialmente negativista</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
Outro “slogan”: a
Contra-Revolução se define por seu próprio nome como algo de negativo, e
portanto de estéril. Simples jogo de palavras. Pois o espírito humano, partindo
do fato de que a negação da negação importa numa afirmação, exprime de modo
negativo muitos de seus conceitos mais positivos: in-falibilidade, in-dependência, in-nocência,
etc. Lutar por qualquer desses três objetivos seria negativismo, só por causa
da formação negativa em que eles se apresentam? O Concilio do Vaticano, quando
definiu a infalibilidade papal, fez obra negativista? A imaculada Conceição é
prerrogativa negativista da Mãe de Deus?</div>
<div class="MsoNormal">
Se se entende por negativista, de acordo com a linguagem
corrente, algo que insiste em negar, em atacar, e em ter os olhos continuamente
voltados para o adversário, deve-se dizer que a Contra-Revolução, sem ser
apenas negação, tem em sua essência alguma coisa de fundamental e sadiamente negativista.
Constitui ela, como dissemos, um movimento dirigido contra outro movimento, e
não se compreende que, numa luta, um adversário não tenha os olhos postos sobre
o outro e não esteja com ele numa atitude de polêmica, de ataque e
contra-ataque.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060348"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085365"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872305">C. “A argumentação contra-revolucionária é
polemica e nociva</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
O terceiro “slogan” consiste em censurar as obras
intelectuais dos contra-revolucionários, por seu caráter negativista e
polêmico, que as levaria a insistir demais na refutação do erro, em lugar de fazer
a explanação límpida e despreocupada da verdade. Elas seriam, assim,
contraproducentes, pois irritariam e afastariam o adversário. Exceção feita de
possíveis demasias, esse cunho aparentemente negativista tem uma profunda razão
de ser. Segundo o que foi dito neste trabalho, a doutrina da Revolução esteve
contida nas negações de Lutero e dos primeiros revolucionários, mas apenas
muito lentamente se foi explicitando no decorrer dos séculos. De maneira que os
autores contra-revolucionários sentiram, desde o início, e legitimamente,
dentro de todas as formulações revolucionárias, algo que excedia à própria
formulação. Há muito mais a mentalidade da Revolução a considerar em cada etapa
do processo revolucionário, do que simplesmente a ideologia enunciada nessa
etapa. Para fazer trabalho profundo, eficiente, e inteiramente objetivo, é,
pois, necessário acompanhar passo a passo o desenrolar da marcha da Revolução,
num penoso esforço de explicitação das coisas implícitas no processo
revolucionário. Só assim é possível atacar a Revolução como de fato deve ela
ser atacada. Tudo isto tem obrigado os contra-revolucionários a ter
constantemente os olhos postos na Revolução, pensando, e afirmando as suas
teses, em função dos erros dela. Neste duro trabalho intelectual, as doutrinas
de verdade e de ordem existentes no depósito sagrado do Magistério da Igreja
são, para o contra-revolucionário, o tesouro do qual ele vai tirando coisas
novas e velhas <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a> para
refutar a Revolução, à medida que vai vendo mais fundo nos tenebrosos abismos
desta.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, pois, em vários de seus mais importantes aspectos é
sadiamente negativista e polêmico o trabalho contra-revolucionário. É, aliás,
por razões não muito diversas que o Magistério Eclesiástico vai definindo as
verdades, o mais das vezes, em função das diversas heresias que vão surgindo ao
longo da História. E formulando-as como condenação do erro que lhes é oposto.
Assim agindo, a Igreja nunca receou fazer mal às almas.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060349"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085366"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872306">3. ATITUDES ERRADAS EM FACE DOS “SLOGANS” DA
REVOLUÇÃO</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060350"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085367"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872307">A. Abstrair dos “slogans” revolucionários</a></h4>
<div class="MsoNormal">
O esforço contra-revolucionário não deve ser livresco, isto
é, não pode contentar-se com uma dialética com a Revolução no plano puramente
cientifico e universitário. Reconhecendo a esse plano toda a sua grande e até
muito grande importância, o ponto de mira habitual da Contra-Revolução deve ser
a Revolução tal qual ela é pensada, sentida e vivida pela opinião pública em
seu conjunto. E neste sentido os contra-revolucionários devem atribuir uma
importância muito particular à refutação dos “slogans” revolucionários.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060351"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085368"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872308">B. Eliminar os aspectos polêmicos da ação
contra-revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A idéia de apresentar a Contra-Revolução sob uma luz mais
“simpática” e “positiva” fazendo com que ela não ataque a Revolução, é o que
pode haver de mais tristemente eficiente para empobrecê-la de conteúdo e de
dinamismo<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Quem agisse segundo essa lamentável tática mostraria a mesma
falta de senso de um chefe de Estado que, em face de tropas inimigas que
transpõem a fronteira, fizesse cessar toda resistência armada, com o intuito de
cativar a simpatia do invasor e, assim, paralisá-lo. Na realidade, ele anularia
o ímpeto da reação, sem deter o inimigo. Isto é, entregaria a pátria...</div>
<div class="MsoNormal">
Não quer isto dizer que a linguagem do contra-revolucionário
não seja matizada segundo as circunstâncias.</div>
<div class="MsoNormal">
O Divino Mestre, pregando na Judéia, que estava sob a ação
próxima dos pérfidos fariseus, usou de uma linguagem candente. Na Galiléia,
pelo contrário, onde predominava o povo simples e era menor a influência dos
fariseus, sua linguagem tinha um tom mais docente e menos polêmico.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060352"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085369"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872309">Capítulo VIII - O caráter processivo da
Contra-Revolução e o “choque” contra-revolucionário</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060353"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085370"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872310">1. HÁ UM PROCESSO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
É evidente que, tal como a Revolução, a Contra-Revolução é
um processo, e que portanto se pode estudar a sua marcha progressiva e metódica
para a ordem.</div>
<div class="MsoNormal">
Todavia, há algumas características que fazem essa marcha
diferir profundamente do caminhar da Revolução para a desordem integral. Isto
provém do fato de que o dinamismo do bem e o do mal são radicalmente diversos.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060354"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085371"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872311">2. ASPECTOS TÍPICOS DO PROCESSO
REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060355"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085372"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872312">A. Na marcha rápida</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Quando tratamos das duas velocidades da Revolução <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
vimos que algumas almas se empolgam pelas suas máximas num só lance e tiram de
uma vez todas as conseqüências do erro.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060356"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085373"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872313">B. Na marcha morosa</a></h4>
<div class="MsoNormal">
E que há outras que vão aceitando lentamente e passo a passo
as doutrinas revolucionárias. Muitas vezes, até, esse processo se desenvolve
com continuidade através das gerações. Um “semicontra-revolucionário” muito
infenso aos paroxismos da Revolução tem um filho menos contrário a estes, um
neto indiferente, e um bisneto plenamente integrado no fluxo revolucionário. A
razão deste fato, como dissemos, está em que certas famílias têm em sua
mentalidade, em seu subconsciente, em seus modos de sentir, um resíduo de
hábitos e fermentos contra-revolucionários que as mantém ligadas, em parte, à
Ordem. A corrupção revolucionária nelas não é tão dinâmica e, por isto mesmo, o
erro só pode progredir em seu espírito passo a passo e como que se disfarçando.</div>
<div class="MsoNormal">
A mesma lentidão de ritmo explica como muitas pessoas mudam
enormemente de opinião no decurso da vida. Quando são adolescentes têm, por
exemplo, a respeito de modas indecentes uma opinião severa, consoante o
ambiente em que vivem. Mais tarde, com o “evoluir” dos costumes num sentido
cada vez mais relaxado, essas pessoas se vão adaptando às sucessivas modas. E
no fim da vida aplaudem trajes que em sua juventude teriam reprovado
fortemente. Chegaram a essa posição porque foram caminhando lenta e
imperceptivelmente através das etapas matizadas da Revolução. Não tiveram a
perspicácia e a energia necessárias para perceberem para onde estava sendo
conduzida a Revolução que se fazia nelas e em torno delas. E, gradualmente,
acabaram chegando talvez tão longe quanto um revolucionário da idade delas que
na adolescência tivesse adotado a primeira velocidade. A verdade e o bem
existem nessas almas num estado de derrota, mas não tão derrotados que, diante
de um grave erro e um grave mal, não possam ter um sobressalto às vezes
vitorioso e salvador que as faça perceber o fundo perverso da Revolução e as
leve a uma atitude categórica e sistemática contra todas as manifestações
desta. É para evitar esses sadios sobressaltos de alma e essas cristalizações
contra-revolucionárias, que a Revolução anda passo a passo.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060357"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085374"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872314">3. COMO DESTROÇAR O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se é assim que a Revolução conduz a imensa maioria de suas
vítimas, pergunta-se de que modo pode uma delas desvencilhar-se desse processo;
e se tal modo é diverso do que têm, para se converter à Contra-Revolução, as
pessoas arrastadas pela marcha revolucionária de grande velocidade.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060358"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085375"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872315">A. A variedade das vias do Espírito Santo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Ninguém pode fixar limites à inexaurível variedade das vias
de Deus nas almas. Seria absurdo reduzir a esquemas assunto tão complexo. Não
se pode pois, nesta matéria, ir além da indicação de alguns erros a evitar e de
algumas atitudes prudentes a propor.</div>
<div class="MsoNormal">
Toda conversão é fruto da ação do Espírito Santo, que,
falando a cada qual segundo suas necessidades, ora com majestosa severidade,
ora com suavidade materna, entretanto nunca mente.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060359"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085376"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872316">B. Nada esconder</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Assim, no itinerário do erro para a verdade, não há para a
alma os silêncios velhacos da Revolução, nem suas metamorfoses fraudulentas.
Nada se lhe oculta do que ela deve saber. A verdade e o bem lhe são ensinados
integralmente pela Igreja. Não é escondendo, sistematicamente, o termo último
de sua formação, mas mostrando-o e fazendo-o desejado sempre mais, que se obtém
dos homens o progresso no bem.</div>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução não deve, pois, dissimular seu vulto
total. Ela deve fazer suas as sapientíssimas normas estabelecidas por São Pio X
para o proceder habitual do verdadeiro apóstolo: “<i>Não é leal nem digno ocultar, cobrindo-a com uma bandeira equívoca, a
qualidade de católico, como se esta fosse mercadoria avariada e de contrabando</i>”
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Os católicos não devem “<i>ocultar como que
sob um véu os preceitos mais importantes do Evangelho, temerosos de serem
talvez menos ouvidos, ou até completamente abandonados</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Ao que judiciosamente acrescentava o santo Pontífice: “<i>Sem dúvida, não será alheio à prudência, também ao propor a verdade,
usar de certa contemporização, quando se tratar de esclarecer homens hostis às
nossas instituições e inteiramente afastados de Deus</i>. “<i>As feridas que é preciso cortar - diz São Gregório - devem antes ser
apalpadas com mão delicada”. Mas essa mesma habilidade assumiria o aspecto de
prudência carnal se erigida em norma de conduta constante e comum; e tanto mais
que desse modo pareceria ter-se em pouca conta a graça divina, que não é
concedida somente ao Sacerdócio e aos seus ministros, mas a todos os fiéis de
Cristo, a fim de que nossas palavras e atos comovam as almas desses homens</i>”
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060360"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085377"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872317">C. O “choque” das grandes conversões</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Censurando, como o fizemos, o esquematismo nesta matéria,
parece-nos entretanto que a adesão plena e consciente à Revolução, como esta <i>in concreto</i> se apresenta, constitui um
imenso pecado, uma apostasia radical, da qual só por meio de uma conversão igualmente
radical se pode voltar.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, segundo a História, afigura-se que as grandes
conversões se dão o mais das vezes por um lance de alma fulminante, provocado
pela graça ao ensejo de qualquer fato interno ou externo. Esse lance difere em
cada caso, mas apresenta com freqüência certos traços comuns. Concretamente, na
conversão do revolucionário para a Contra-Revolução, ele, não raras vezes e em
linhas gerais, se opera assim:</div>
<div class="MsoNormal">
a. <i>Na alma empedernida
do pecador que, por um processo de grande velocidade, foi logo ao extremo da
Revolução</i>, restam sempre recursos de inteligência e bom senso, tendências
mais ou menos definidas para o bem. Deus, embora não as prive jamais da graça
suficiente, espera, não raramente, que essas almas cheguem ao mais fundo da
miséria, para lhes fazer ver de uma só vez, como num fulgurante “flash”, a
enormidade de seus erros e de seus pecados. Foi quando desceu a ponto de querer
se alimentar das bolotas dos porcos que o filho pródigo caiu em si e voltou à
casa paterna <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
b. <i>Na alma tíbia e
míope que vai resvalando lentamente na rampa da Revolução</i>, atuam ainda, não
inteiramente recusados, certos fermentos sobrenaturais; há valores de tradição,
de ordem, de Religião, que ainda crepitam como brasas sob a cinza. Também essas
almas podem, por um sadio sobressalto, num momento de desgraça extrema, abrir
os olhos e reavivar em um instante tudo quanto nelas definhava e ameaçava
morrer: é o reacender-se da mecha que ainda fumega<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn53" name="_ftnref53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060361"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085378"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872318">D. A plausibilidade desse “choque” em nossos
dias</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Ora, toda a humanidade se encontra na iminência de uma
catástrofe, e nisto parece estar precisamente a grande ocasião preparada pela
misericórdia de Deus. Uns e outros - os da velocidade rápida ou lenta - neste
terrível crepúsculo em que vivemos, podem abrir os olhos e converte-se a Deus.</div>
<div class="MsoNormal">
O contra-revolucionário deve, pois, aproveitar zelosamente o
tremendo espetáculo de nossas trevas para - sem demagogia, sem exagero, mas
também sem fraqueza - fazer compreender aos filhos da Revolução a linguagem dos
fatos, e assim produzir neles o “flash” salvador. Apontar varonilmente os
perigos de nossa situação é traço essencial de uma ação autenticamente
contra-revolucionária.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060362"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085379"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872319">E. Mostrar a face total da Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Não se trata apenas de apontar o risco de total
desaparecimento da civilização, em que nos encontramos. É preciso saber
mostrar, no caos que nos envolve, a face total da Revolução, em sua imensa
hediondez. Sempre que esta face se revela, aparecem surtos de vigorosa reação.
É por este motivo que, por ocasião da Revolução Francesa, e no decurso do
século XIX, houve na França um movimento contra-revolucionário melhor do que
jamais houvera anteriormente naquele país. Nunca se vira tão bem a face da
Revolução. A imensidade da voragem em que naufragara a antiga ordem de coisas
tinha aberto muitos olhos, subitamente, para toda uma gama de verdades
silenciadas ou negadas, ao longo de séculos, pela Revolução. Sobretudo, o
espírito desta se lhes patenteara em toda a sua malícia, e em todas as suas
conexões profundas com idéias e hábitos durante muito tempo reputados inocentes
pela maioria das pessoas. Assim, o contra-revolucionário deve, com freqüência,
desmascarar o vulto geral da Revolução, a fim de exorcizar o quebranto que esta
exerce sobre suas vítimas.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060363"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085380"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872320">F. Apontar os aspectos metafísicos da
Contra-Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
A quinta-essência do espírito revolucionário consiste, como
vimos, em odiar por princípio, e no plano metafísico, toda desigualdade e toda
lei, especialmente a Lei Moral.</div>
<div class="MsoNormal">
Um dos pontos muito importantes do trabalho
contra-revolucionário é, pois, ensinar o amor à desigualdade vista no plano
metafísico, ao princípio de autoridade, e também à Lei Moral e à pureza; porque
exatamente o orgulho, a revolta e a impureza são os fatores que mais
impulsionam os homens na senda da Revolução <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn54" name="_ftnref54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060364"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085381"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872321">G. As duas etapas da Contra-Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
a. Obtida a radical modificação do revolucionário em
contra-revolucionário, é a primeira etapa da Contra-Revolução que nele finda.</div>
<div class="MsoNormal">
b. Vem depois uma segunda etapa, que pode ser bastante
lenta, ao longo da qual a alma vai ajustando todas as suas idéias e todos os
seus modos de sentir à posição tomada no ato de sua conversão.</div>
<div class="MsoNormal">
c. E é assim que se pode delinear em muitas almas, em duas
grandes etapas bem diversas, o processo da Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Descrevemos as etapas deste processo enquanto realizadas em
uma alma, individualmente considerada. <i>Mutatis
mutandis</i>, elas podem ocorrer também com grandes grupos humanos, e até com
povos inteiros.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060365"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085382"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872322">Capítulo IX - Força propulsora da
Contra-Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Existe uma força propulsora da Contra-Revolução, assim como
existe outra para a Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060366"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085383"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872323">1. VIRTUDE E CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Apontamos como a mais potente força propulsora da Revolução,
o dinamismo das paixões humanas desencadeadas num ódio metafísico contra Deus,
contra a virtude, contra o bem e, especialmente, contra a hierarquia e contra a
pureza. Simetricamente, existe também uma dinâmica contra-revolucionária, mas
de natureza inteiramente diversa. As paixões, enquanto tais - tomada aqui a
palavra em seu sentido técnico - são moralmente indiferentes; é o seu
desregramento que as torna más. Porém, enquanto reguladas, elas são boas e
obedecem fielmente à vontade e à razão. E é no vigor de alma que vem ao homem
pelo fato de Deus governar nele a razão, a razão dominar a vontade, e esta
dominar a sensibilidade, que é preciso procurar a serena, nobre e
eficientíssima força propulsora da Contra-Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060367"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085384"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872324">2. VIDA SOBRENATURAL E CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Tal vigor de alma não pode ser concebido sem se tomar em
consideração a vida sobrenatural. O papel da graça consiste exatamente em
iluminar a inteligência, em robustecer a vontade e em temperar a sensibilidade
de maneira que se voltem para o bem. De sorte que a alma lucra
incomensuravelmente com a vida sobrenatural, que a eleva acima das misérias da
natureza decaída, e do próprio nível da natureza humana. É nessa força de alma
cristã que está o dinamismo da Contra-Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060368"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085385"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872325">3. INVENCIBILIDADE DA CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Pode-se perguntar de que valor é esse dinamismo. Respondemos
que, em tese, é incalculável, e certamente superior ao da Revolução: “<i>Omnia possum in eo qui me confortat</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn55" name="_ftnref55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando os homens resolvem cooperar com a graça de Deus, são
as maravilhas da História que assim se operam: é a conversão do Império Romano,
é a formação da Idade Média, é a reconquista da Espanha a partir de Covadonga,
são todos esses acontecimentos que se dão como fruto das grandes ressurreições
de alma de que os povos são também suscetíveis. Ressurreições invencíveis,
porque não há o que derrote um povo virtuoso e que verdadeiramente ame a Deus.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060369"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085386"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872326">Capítulo X - A Contra-Revolução, o pecado e
a Redenção</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060370"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085387"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872327">1. A CONTRA-REVOLUÇÃO DEVE REAVIVAR A NOÇÃO
DO BEM E DO MAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução tem, como uma de suas missões mais
salientes, a de restabelecer ou reavivar a distinção entre o bem e o mal, a
noção do pecado em tese, do pecado original, e do pecado atual. Essa tarefa,
quando executada com uma profunda compenetração do espírito da Igreja, não traz
consigo o risco de desespero da misericórdia Divina, hipocondrismo,
misantropia, etc., de que tanto falam certos autores mais ou menos infiltrados
pelas máximas da Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060371"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085388"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872328">2. COMO REAVIVAR A NOÇÃO DO BEM E DO MAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Pode-se reavivar a noção do bem e do mal por vários modos,
entre os quais:</div>
<div class="MsoNormal">
* Evitar todas as formulações que tenham o sabor de moral
leiga ou interconfessional, pois o laicismo e o interconfessionalismo conduzem,
logicamente ao amoralismo.</div>
<div class="MsoNormal">
* Salientar, nas ocasiões oportunas, que Deus tem direito de
ser obedecido, e que, pois, seus Mandamentos são verdadeiras leis, a que nos
conformamos em espírito de obediência, e não apenas porque elas nos agradam.</div>
<div class="MsoNormal">
* Acentuar que a Lei de Deus é intrinsecamente boa e
conforme à ordem do universo, na qual se espelha a perfeição do Criador. Pelo
que ela deve ser não só obedecida, mas amada, e o mal deve não só ser evitado,
mas odiado.</div>
<div class="MsoNormal">
* Divulgar a noção de um prêmio e de um castigo <i>post-mortem</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
* Favorecer os costumes sociais e leis em que o bem seja
honrado e o mal sofra sanções públicas.</div>
<div class="MsoNormal">
* Favorecer os costumes e as leis que tendam a evitar as
ocasiões próximas de pecado e até mesmo aquilo que, tendo mera aparência de
mal, possa ser nocivo à moralidade pública.</div>
<div class="MsoNormal">
* Insistir sobre os efeitos do pecado original no homem e a
fragilidade deste, sobre a fecundidade da Redenção de Nosso Senhor Jesus
Cristo, bem como sobre a necessidade da graça, da oração e da vigilância para
que o homem persevere.</div>
<div class="MsoNormal">
* Aproveitar todas as ocasiões para apontar a missão da
Igreja como mestra da virtude, fonte da graça, e inimiga irreconciliável do
erro e do pecado.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060372"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085389"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872329">Capítulo XI - A Contra-Revolução e a
sociedade temporal</a></h2>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução e a sociedade temporal é tema já tratado
a fundo, de ângulos diversos, em muitas obras de valor. Não podendo abarcá-lo
todo, o presente trabalho se cinge a dar os princípios mais gerais de uma ordem
temporal contra-revolucionária <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn56" name="_ftnref56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a>
e a estudar as relações entre a Contra-Revolução e algumas das organizações
mais importantes que lutam por uma boa ordem temporal.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060373"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085390"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872330">1. A CONTRA-REVOLUÇÃO E AS ENTIDADES DE
CARÁTER SOCIAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Na sociedade temporal, agem numerosos organismos destinados
a resolver a questão social tendo em vista, direta ou indiretamente o mesmo fim
supremo da Contra-Revolução, a instauração do Reinado de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Dada esta comunidade de fins <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn57" name="_ftnref57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
importa estudar as relações entre a Contra-Revolução e aqueles organismos.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060374"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085391"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872331">A. Obras de caridade, serviço social,
assistência social, associações de patrões, de operários, etc.</a></h4>
<div class="MsoNormal">
a. Na medida em que as obras em epígrafe normalizam a vida
econômica e social, prejudicam o desenvolvimento do processo revolucionário. E,
neste sentido, são <i>ipso facto</i>, e
ainda que de modo apenas implícito e indireto, auxiliares preciosos da
Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
b. Contudo, convém, para tal, lembrar algumas verdades que,
infelizmente, não é tão raro encontrar obnubiladas entre os que abnegadamente
se dedicam a essas obras:</div>
<div class="MsoNormal">
* É certo que tais obras podem aliviar, e em certos casos
suprimir as necessidades materiais geradoras de tanta revolta nas massas. Mas o
espírito de Revolução não nasce sobretudo da miséria. Sua raiz é moral, e portanto
religiosa <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn58" name="_ftnref58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[58]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Assim, é preciso que nas obras de que tratamos se fomente, em toda a medida em
que a natureza especial de cada uma o comporte, a formação religiosa e moral,
com especial cuidado no que diz respeito à premunição das almas contra o vírus
revolucionário, tão forte em nossos dias.</div>
<div class="MsoNormal">
* A Igreja, Mãe compassiva, estimula tudo quanto possa
trazer alívio às misérias humanas. Ela não nutre a ilusão de que as eliminará
todas. E prega uma santa conformidade com a doença, a pobreza e outras
privações.</div>
<div class="MsoNormal">
* É certo que nessas obras se apresentam ocasiões preciosas
para criar um clima de compreensão e caridade entre patrões e operários, e
consequentemente se pode operar uma desmobilização dos espíritos prontos já
para a luta de classes. Mas seria errado supor que a bondade desarma sempre a
maldade humana. Nem sequer os benefícios incontáveis de Nosso Senhor em sua
vida terrena conseguiram evitar o ódio que Lhe tiveram os maus. Assim, embora
na luta contra a Revolução se deva de preferência guiar e esclarecer amistosamente
os espíritos, é patente que um combate direto e expresso contra as várias
formas desta - o comunismo, por exemplo - por todos os meios justos e legais, é
licito e, geralmente, até indispensável.</div>
<div class="MsoNormal">
* É particularmente de se observar que essas obras devem
incutir em seus beneficiários ou associados uma verdadeira gratidão pelos
favores recebidos, ou, quando não se trate de favores mas de atos de justiça,
um real apreço pela retidão moral inspiradora de tais atos.</div>
<div class="MsoNormal">
* Nos parágrafos anteriores, tivemos em mente principalmente
o trabalhador. Cumpre salientar que o contra-revolucionário não é
sistematicamente favorável a uma ou a outra classe social. Altamente cioso do
direito de propriedade, ele deve, entretanto, lembrar às classes elevadas que
não lhes basta combater a Revolução nos campos em que esta lhes ataca as
vantagens, e paradoxalmente favorecê-la - como tantas vezes se vê - pelas
palavras ou pelo exemplo, em todos os outros terrenos, como a vida de família,
as praias, piscinas, e outras diversões, as atividades intelectuais,
artísticas, etc. Um operariado que lhes siga o exemplo e lhes aceite as idéias
revolucionárias será forçosamente utilizado pela Revolução contra as elites
“semicontra-revolucionárias”.</div>
<div class="MsoNormal">
* Será igualmente nocivo à aristocracia e à burguesia
vulgarizar-se nas maneiras e nos trajes, para desarmar a Revolução. Uma
autoridade social que se degrada é, também ela, comparável ao sal que não
salga. Só serve para ser atirada à rua e sobre ela pisarem os transeuntes <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn59" name="_ftnref59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[59]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Fá-lo-ão, na maioria dos casos, as multidões cheias de desprezo.</div>
<div class="MsoNormal">
* Conservando-se com dignidade e energia em sua situação,
devem as classes altas ter um trato direto e benévolo com as demais. A caridade
e a justiça praticadas à distancia não bastam para estabelecer entre as classes
relações de amor verdadeiramente cristão.</div>
<div class="MsoNormal">
* Sobretudo lembrem-se os proprietários de que, se há muitas
pessoas dispostas a defender contra o comunismo a propriedade privada
(concebida, é claro, como um direito individual com função também social), é
pelo princípio de que ela é desejada por Deus e intrinsecamente conforme à Lei
natural. Ora, tal princípio tanto se refere à propriedade do patrão quanto à do
operário. Em conseqüência, o mesmo princípio da luta contra o comunismo deve
levar o patrão a respeitar o direito do trabalhador a um salário justo,
condizente com suas necessidades e as de sua família. Convém recordá-lo para
acentuar que a Contra-Revolução não é a defensora apenas da propriedade
patronal, mas da de ambas as classes. Ela não luta por interesses de grupos ou
categoria sociais, mas por princípios.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060375"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085392"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872332">B. Luta contra o comunismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Referimo-nos com este subtítulo às organizações que não se
dedicam principalmente à construção de uma ordem social boa, mas ao combate
contra o comunismo. Pelos motivos já expostos neste trabalho, reputamos legítimo
e muitas vezes até indispensável tal tipo de organização. É claro que desta
forma não identificamos a Contra-Revolução com abusos que organismos deste tipo
possam ter praticado num ou noutro país.</div>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, consideramos que a eficácia
contra-revolucionária de tais organismos pode ser acrescida de muito se,
conservando-se embora em seu terreno especializado, os seus membros tiverem
sempre em vista algumas verdades essenciais:</div>
<div class="MsoNormal">
* Só uma refutação inteligente do comunismo é eficaz. A mera
repetição de “slogans”, mesmo quando inteligentes e hábeis, não basta.</div>
<div class="MsoNormal">
* Essa refutação, nos meios cultos, deve visar os últimos
fundamentos doutrinários do comunismo. É importante apontar o seu caráter
essencial de seita filosófica que deduz de seus princípios uma peculiar
concepção do homem, da sociedade, do Estado, da História, da cultura, etc.
Exatamente como a Igreja deduz da Revelação e da Lei Moral todos os princípios
da civilização e da cultura católica. Entre o comunismo, seita que contém em si
a plenitude da Revolução, e a Igreja, não há, pois, conciliação possível.</div>
<div class="MsoNormal">
* As multidões ignoram o chamado comunismo científico, e não
é a doutrina de Marx que atrai as massas. Uma ação ideológica anticomunista
deve visar, junto ao grande público, um estado de espírito muito difundido, que
dá amiúde aos próprios adversários do comunismo certa vergonha de se voltarem
contra este. Procede tal estado de espírito da idéia, mais ou menos consciente,
de que toda desigualdade é uma injustiça, e de que se deve acabar, não só com
as fortunas grandes, como com as médias, pois se não houvesse ricos também não
haveria pobres. É, como se vê, um resíduo de certas escolas socialistas do
século XIX, perfumado por um sentimentalismo romântico. Daí nasce uma
mentalidade que, professando-se anticomunista, entretanto a si mesma se
intitula, freqüentemente, socialista. Esta mentalidade, cada vez mais poderosa
no Ocidente, constitui um perigo muito maior do que a doutrinação propriamente
marxista. Ela nos conduz lentamente por um declive de concessões que poderão
chegar até o ponto extremo de transformar em repúblicas comunistas as nações de
aquém cortina de ferro. Tais concessões, que deixam ver uma tendência ao
igualitarismo econômico e ao dirigismo, se vão notando em todos os campos. A
iniciativa privada vai sendo sempre mais cerceada. Os impostos de transmissão <i>causa mortis</i> são tão onerosos que em
certos casos o Fisco é o maior herdeiro. As interferências oficiais em matéria
de câmbio, exportação e importação colocam na dependência do Estado todos os
interesses industriais, comerciais e bancários. Nos salários, nos aluguéis, nos
preços, em tudo o Estado intervém. Ele tem industrias, bancos, universidades,
jornais, rádio-emissoras, canais de televisão, etc. E ao mesmo passo que o
dirigismo igualitário vai assim transformando a economia, a imoralidade e o
liberalismo vão dissolvendo a família e preparando o chamado amor livre.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem um combate específico a esta mentalidade, ainda que um
cataclismo tragasse a Rússia e a China, o Ocidente dentro de cinqüenta ou cem
anos seria comunista.</div>
<div class="MsoNormal">
* O direito de propriedade é tão sagrado que, mesmo se um
regime desse à Igreja toda a liberdade, e até todo o apoio, Ela não poderia
aceitar como lícita uma organização social em que todos os bens fossem
coletivos.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060376"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085393"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872333">2. CRISTANDADE E REPÚBLICA UNIVERSAL</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução, inimiga da República Universal, também
não é favorável à situação instável e anorgânica criada pela cisão da
Cristandade e pela secularização da vida internacional nos Tempos Modernos.</div>
<div class="MsoNormal">
A plena soberania de cada nação não se opõe a que os povos
que vivem na Igreja, formando uma vasta família espiritual, constituam, para
resolver suas questões no plano internacional, órgãos profundamente impregnados
de espírito cristão e possivelmente presididos por representantes da Santa Sé.
Tais órgãos poderiam também favorecer a cooperação dos povos católicos para o
bem comum em todos os seus aspectos, especialmente no que diz respeito à defesa
da Igreja contra os infiéis, e à proteção da liberdade dos missionários em
terras gentílicas ou dominadas pelo comunismo. Poderiam tais órgãos, por fim,
entrar em contacto com povos não católicos para a manutenção da boa ordem nas
relações internacionais.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem negar os importantes serviços que em várias ocasiões
possam ter prestado neste sentido organismos leigos, a Contra-Revolução deve
fazer ver sempre a terrível lacuna que é a laicidade destes, bem como alertar
os espíritos contra o risco de que esses organismos se transformem num germe de
Republica Universal <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn60" name="_ftnref60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[60]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060377"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085394"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872334">3. CONTRA-REVOLUÇÃO E NACIONALISMO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Nesta ordem de idéias, a Contra-Revolução deverá favorecer a
manutenção de todas as sadias características locais, em qualquer terreno, na
cultura, nos costumes, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas seu nacionalismo não tem o caráter de depreciação
sistemática do que é de outros, nem de adoração dos valores pátrios como se
fossem desligados do grande acervo da civilização cristã.</div>
<div class="MsoNormal">
A grandeza que a Contra-Revolução deseja para todos os
países só é e só pode ser uma: a grandeza cristã, que implica na preservação
dos valores peculiares a cada um, e no convívio fraterno entre todos.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060378"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085395"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872335">4. A CONTRA-REVOLUÇÃO E O MILITARISMO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
O contra-revolucionário deve lamentar a paz armada, odiar a
guerra injusta e deplorar a corrida armamentista de nossos dias.</div>
<div class="MsoNormal">
Não tendo, porém, a ilusão de que a paz reinará sempre,
considera uma necessidade deste mundo de exílio a existência da classe militar,
para a qual pede toda a simpatia, todo o reconhecimento, toda a admiração a que
fazem jus aqueles cuja missão é lutar e morrer para o bem de todos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn61" name="_ftnref61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[61]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060379"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085396"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872336">Capítulo XII - A Igreja e a Contra-Revolução</a></h2>
<div class="MsoNormal">
A Revolução nasceu, como vimos, de uma explosão de paixões
desregradas, que vai conduzindo à destruição de toda a sociedade temporal, à
completa subversão da ordem moral, à negação de Deus. O grande alvo da
Revolução é, pois, a Igreja, Corpo Místico de Cristo, Mestra infalível da
verdade, tutora da Lei natural e, assim, fundamento último da própria ordem
temporal.</div>
<div class="MsoNormal">
Isto posto, cumpre estudar a relação entre a Instituição
divina que a Revolução quer destruir, e a Contra-Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060380"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085397"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872337">1. A IGREJA É ALGO DE MUITO MAIS ALTO E MAIS
AMPLO DO QUE A REVOLUÇÃO E A CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Revolução e a Contra-Revolução são episódios
importantíssimos da História da Igreja, pois constituem o próprio drama da
apostasia e da conversão do Ocidente cristão. Mas, enfim, são meros episódios.</div>
<div class="MsoNormal">
A missão da Igreja não se estende só ao Ocidente, nem se
circunscreve cronologicamente na duração do processo revolucionário. “<i>Alios ego vidi ventos; alias prospexi animo
procellas</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn62" name="_ftnref62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[62]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
poderia ela dizer ufana e tranqüila em meio às tormentas por que passa hoje. A
Igreja já lutou em outras terras, com adversários oriundos de outras gentes, e
por certo enfrentará ainda, até o fim dos tempos, problemas e inimigos bem
diversos dos de hoje.</div>
<div class="MsoNormal">
Seu objetivo consiste em exercer seu poder espiritual direto
e seu poder temporal indireto, para a salvação das almas. A Revolução foi um
obstáculo que se levantou contra o exercício dessa missão. A luta contra tal
obstáculo concreto, entre tantos outros, não é para a Igreja senão um meio
circunscrito às dimensões do obstáculo - meio importantíssimo, é claro, mas
simples meio.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, ainda que a Revolução não existisse, a Igreja faria
tudo quanto faz para a salvação das almas.</div>
<div class="MsoNormal">
Poderemos elucidar o assunto se compararmos a posição da
Igreja, em face à Revolução e à Contra-Revolução, com a de uma nação em guerra.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando Aníbal estava às portas de Roma, foi necessário
levantar e dirigir contra ele todas as forças da República. Era uma reação
vital contra o potentíssimo e quase vitorioso adversário. Roma era apenas a
reação a Aníbal? Como pretendê-lo?</div>
<div class="MsoNormal">
Igualmente absurdo seria imaginar que a Igreja é só a
Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Aliás, cumpre esclarecer que a Contra-Revolução não é
destinada a salvar a Esposa de Cristo. Apoiada na promessa de seu Fundador, não
precisa Esta dos homens para sobreviver.</div>
<div class="MsoNormal">
Pelo contrário, a Igreja é que dá vida à Contra-Revolução,
que, sem Ela, nem seria exeqüível, nem sequer concebível.</div>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução quer concorrer para que se salvem tantas
almas ameaçadas pela Revolução, e para que se afastem os cataclismos que
ameaçam a sociedade temporal. E para isto deve apoiar-se na Igreja, e
humildemente servi-la, em lugar de imaginar orgulhosamente que A salva.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060381"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085398"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872338">2. A IGREJA TEM O MAIOR INTERESSE NO
ESMAGAMENTO DA REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se a Revolução existe, se ela é o que é, está na missão da
Igreja, é do interesse da salvação das almas, é capital para maior glória de
Deus que a Revolução seja esmagada.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060382"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085399"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872339">3. A IGREJA É, POIS, UMA FORÇA FUNDAMENTALMENTE
CONTRA-REVOLUCIONÁRIA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Tomado o vocábulo Revolução no sentido que lhe damos, a
epígrafe é conclusão óbvia do que dissemos acima. Afirmar o contrário seria
dizer que a Igreja não cumpre sua missão.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060383"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085400"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872340">4. A IGREJA É A MAIOR DAS FORÇAS
CONTRA-REVOLUCIONÁRIAS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A primazia da Igreja entre as forças contra-revolucionárias
é óbvia, se considerarmos o número dos católicos, sua unidade, sua influência
no mundo. Mas esta legítima consideração de recursos naturais tem uma
importância muito secundária. A verdadeira força da Igreja está em ser o Corpo
Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060384"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085401"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872341">5. A IGREJA É A ALMA DA CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se a Contra-Revolução é a luta para extinguir a Revolução e
construir a cristandade nova, toda resplendente de fé, de humilde espírito hierárquico
e de ilibada pureza, é claro que isto se fará sobretudo por uma ação profunda
nos corações. Ora, esta ação é obra própria da Igreja, que ensina a doutrina
católica e a faz amar e praticar. A Igreja é, pois, a própria alma da
Contra-Revolução.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060385"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085402"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872342">6. A EXALTAÇÃO DA IGREJA É O IDEAL DA
CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Proposição evidente. Se a Revolução é o contrário da Igreja,
é impossível odiar a Revolução (considerada globalmente, e não em algum aspecto
isolado) e combatê-la, sem <i>ipso facto</i>
ter por ideal a exaltação da Igreja.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060386"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085403"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872343">7. O ÂMBITO DA CONTRA-REVOLUÇÃO ULTRAPASSA,
DE ALGUM MODO, O DA IGREJA</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Pelo que ficou dito, a ação contra-revolucionária envolve
uma reorganização de toda a sociedade temporal: “<i>Há todo um mundo a ser reconstruído até em seus fundamentos</i>”, disse
Pio XII <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn63" name="_ftnref63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[63]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
diante dos escombros de que a Revolução cobriu a terra inteira.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, esta tarefa de uma fundamental reorganização
contra-revolucionária da sociedade temporal, se de um lado deve ser toda
inspirada pela doutrina da Igreja, envolve de outro um sem número de aspectos
concretos e práticos que estão propriamente na ordem civil. E a este título a
Contra-Revolução transborda do âmbito eclesiástico, continuando sempre
profundamente ligada à Igreja no que diz respeito ao Magistério e ao poder
indireto desta.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060387"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085404"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872344">8. SE TODO CATÓLICO DEVE SER
CONTRA-REVOLUCIONÁRIO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Na medida em que é apóstolo, o católico é
contra-revolucionário. Mas ele o pode ser de modos diversos.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060388"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085405"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872345">A. O contra-revolucionário implícito</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Pode sê-lo implícita e como que inconscientemente. É o caso
de uma Irmã de Caridade num hospital. Sua ação direta visa a cura dos corpos, e
sobretudo o bem das almas. Ela pode exercer esta ação sem falar de Revolução e
Contra-Revolução. Pode até viver em condições tão especiais que ignore o
fenômeno Revolução e Contra-Revolução. Porém, na medida em que realmente fizer
bem às almas, estará obrigando a retroceder nelas a influência da Revolução, o
que é implicitamente fazer Contra-Revolução.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060389"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085406"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872346">B. Modernidade de uma explicitação
contra-revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Numa época como a nossa, toda imersa no fenômeno Revolução e
Contra-Revolução, parece-nos condição de sadia modernidade conhecê-lo a fundo e
tomar diante dele a atitude perspicaz e enérgica que as circunstâncias pedem.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, cremos sumamente desejável que todo apostolado atual,
sempre que for o caso, tenha uma intenção e um <i>tônus</i> explicitamente contra-revolucionário.</div>
<div class="MsoNormal">
Em outros termos, julgamos que o apóstolo realmente moderno,
qualquer que seja o campo a que se dedique, acrescerá muito a eficácia de seu
trabalho se souber discernir a Revolução nesse campo, e marcar
correspondentemente de um cunho contra-revolucionário tudo quanto fizer.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060390"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085407"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872347">C. O contra-revolucionário explícito</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, ninguém negará que seja lícito que certas
pessoas tomem como tarefa própria desenvolver nos meios católicos e não
católicos um apostolado especificamente contra-revolucionário. Isto, elas o
farão proclamando a existência da Revolução, descrevendo-lhe o espírito, o
método, as doutrinas, e incitando todos à ação contra-revolucionária.</div>
<div class="MsoNormal">
Fazendo-o, estarão pondo suas atividades a serviço de um
apostolado especializado tão natural e meritório (e por certo mais profundo)
quanto o dos que se especializam na luta contra outros adversários da Igreja,
como o espiritismo ou o protestantismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Exercer influência nos mais variados meios católicos ou não
católicos, a fim de alertar os espíritos contra os males do protestantismo, por
exemplo, é certamente legítimo, e necessário a uma ação antiprotestante
inteligente e eficaz. Análogo procedimento terão os católicos que se entreguem
ao apostolado da Contra-Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Os possíveis excessos desse apostolado - que os pode ter
como outro qualquer - não invalidam o princípio que estabelecemos. Pois “<i>abusus non tollit usum”</i>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060391"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085408"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872348">D. Ação contra-revolucionária que não
constitui apostolado</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Contra-revolucionários há, enfim, que não fazem apostolado
em senso estrito, pois se dedicam à luta em certos campos como o da ação
especificamente cívico-partidária, ou do combate à Revolução por meio de
empreendimentos econômicos. Trata-se, aliás, de atividades muito relevantes,
que só podem ser vistas com simpatias.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060392"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085409"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872349">9. AÇÃO CATÓLICA E CONTRA-REVOLUÇÃO</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Se empregarmos a palavra Ação Católica no sentido legítimo
que lhe deu Pio XII, isto é, conjunto de associações que, sob a direção da
Hierarquia, colaboram com o apostolado desta, a Contra-Revolução em seus
aspectos religiosos e morais é, a nosso ver, parte importantíssima do programa
de uma Ação Católica sadiamente moderna.</div>
<div class="MsoNormal">
A ação contra-revolucionária pode ser feita, naturalmente,
por uma só pessoa, ou pela conjugação, a título privado, de várias. E, com a
devida aprovação eclesiástica, pode até culminar na formação de uma associação
religiosa especialmente destinada à luta contra a Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
É óbvio que a ação contra-revolucionária no terreno
estritamente partidário ou econômico não faz parte dos fins da Ação católica.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060393"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085410"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872350">10. A CONTRA-REVOLUÇÃO E OS NÃO CATÓLICOS</a></h3>
<div class="MsoNormal">
A Contra-Revolução pode aceitar a cooperação de não
católicos? Podemos falar de contra-revolucionários protestantes, muçulmanos,
etc.? A resposta precisa ser muito matizada. Fora da Igreja não existe
autêntica Contra-Revolução<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn64" name="_ftnref64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[64]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Mas podemos admitir que determinados protestantes ou muçulmanos, por exemplo,
se achem no estado de alma de quem começa a perceber toda a malícia da
Revolução e a tomar posição contra ela. De pessoas assim é de esperar-se que
venham a opor à Revolução barreiras por vezes muito importantes: se
corresponderem à graça, poderão tornar-se católicos excelentes e, portanto,
contra-revolucionários eficientes. Enquanto não o forem, em todo caso obstam em
alguma medida à Revolução e podem até fazê-la recuar. No sentido pleno e
verdadeiro da palavra, eles não são contra-revolucionários. Mas pode-se e até
se deve aproveitar a sua cooperação, com o cuidado que, segundo as diretrizes
da Igreja, tal cooperação exige. Particularmente devem ser tomados em linha de
conta pelos católicos os perigos inerentes às associações interconfessionais,
segundo sabiamente advertiu São Pio X: “<i>Com
efeito, sem falar de outros pontos, são incontestavelmente graves os perigos a
que, por causa de associações desta espécie, os nossos expõem ou com certeza
podem expor, quer a integridade de sua fé, quer a justa obediência às leis e
preceitos da Igreja Católica</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn65" name="_ftnref65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[65]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
O melhor apostolado dito “de conquista” deve ter por objeto
esses não católicos de tendências contra-revolucionárias.</div>
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT; mso-font-kerning: 14.0pt;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span></b>
<br />
<h1>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060394"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085411"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872351">Parte III - Revolução e Contra-Revolução -
vinte anos depois </a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn66" name="_ftnref66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT; mso-font-kerning: 14.0pt;">[66]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a></h1>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060395"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085412"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872352">Capítulo I - A Revolução, um processo em
transformação contínua</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Aqui terminava, em suas anteriores edições, o ensaio <i>Revolução e Contra-Revolução</i>; seguiam-se
apenas as rápidas palavras de piedade e entusiasmo que constituíam a
“Conclusão”.</div>
<div class="MsoNormal">
Transcorrido tão largo tempo de 1959 para cá - repleto de
acontecimentos -, caberia perguntar se, sobre as matérias de que o ensaio
trata, haveria algo mais a dizer hoje. A resposta não poderia deixar de ser
afirmativa. É o que se apresenta em seguida ao leitor.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060396"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085413"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872353">1. “Revolução e Contra-Revolução” e TFPs:
vinte anos de ação e de luta</a></h3>
<div class="MsoNormal">
...“<i>Vinte anos depois</i>”:
o título do romance de Alexandre Dumas - tão apreciado pelos adolescentes do
Brasil até o momento, já distante, em que profundas transformações psicológicas
destruíram o gosto por esse gênero literário - uma associação de imagens o traz
a nosso espírito quando começamos a escrever estas notas.</div>
<div class="MsoNormal">
Voltamo-nos, há pouco, ao ano de 1959. Estamos terminando o
ano de 1976. Já não está longe, pois, o fim da segunda década em que este livro
circula. - Vinte anos...</div>
<div class="MsoNormal">
Neste período, as edições deste ensaio se têm multiplicado <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn67" name="_ftnref67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[67]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Revolução e Contra-Revolução</i>:
não tivemos o intuito de fazer dele um mero estudo. Escrevemo-lo também com a
intenção de que fosse um livro de cabeceira para cerca de uma centena de jovens
brasileiros que nos pediram que lhes orientássemos e coordenássemos os esforços
com vistas aos problemas e aos deveres com que então se defrontavam. Esse
pugilo inicial - semente da futura TFP - se estendeu em seguida pelo território
brasileiro, de dimensões continentais. Circunstâncias propícias favoreceram, <i>pari passu</i>, a formação e o desenvolvimento
de entidades co-irmãs e autônomas por toda a América do Sul. O mesmo foi
acontecendo, depois, nos Estados Unidos, Canadá, Espanha e França. Afinidades
de pensamento e relações cordiais promissoras vêm começando a ligar, mais
recentemente, essa extensa família de entidades, a personalidades e associações
de outros países da Europa. O <i>Bureau
Tradition, Famille, Propriété</i>, fundado em Paris no ano de 1973, se vem
dedicando a fomentar quanto possível os contatos e aproximações daí
decorrentes.</div>
<div class="MsoNormal">
Estes vinte anos foram, pois, de expansão. De expansão, sim,
mas também de intensa luta contra-revolucionária.</div>
<div class="MsoNormal">
Os resultados por essa forma alcançados vêm sendo
consideráveis. Não é este o momento de os enumerar todos <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn68" name="_ftnref68" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[68]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Cingimo-nos a dizer que, em cada um dos países onde existe uma TFP ou
organização afim, vem esta combatendo sem tréguas a Revolução, ou seja, mais
especialmente no campo religioso, o chamado esquerdismo católico; e no
temporal, o comunismo. Incluímos como genuíno combate ao comunismo a luta contra
todas as modalidades de socialismo, pois estas são apenas etapas preparatórias
ou formas larvadas daquele. Tal combate tem-se desenvolvido sempre segundo os
princípios, as metas e as normas da Parte II deste estudo <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn69" name="_ftnref69" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[69]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Os frutos assim obtidos bem demonstram o acerto do que,
sobre os temas indissociáveis da Revolução e da Contra-Revolução, está dito na
presente obra.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060397"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085414"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872354">2. Em um mundo que se vem transformando
contínua e aceleradamente, permanece atual, nos presentes dias, “Revolução e
Contra-Revolução”? - A resposta é afirmativa</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Ao mesmo tempo que se multiplicavam nos cinco continentes as
edições e os frutos de <i>Revolução e
Contra-Revolução</i> <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn70" name="_ftnref70" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[70]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
o mundo - impelido pelo processo revolucionário que há quatro séculos o vem
sujeitando - passou por tão rápidas e profundas transformações que, ao lançar
esta nova edição, cabe perguntar, conforme já consignamos, se em função delas
deveria ser retificado ou acrescentado algo em relação ao que foi por nós
escrito em 1959.</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Revolução e
Contra-Revolução</i> se situa ora no campo teórico, ora em um campo
teórico-prático muito próximo da pura teoria. Assim, não é de surpreender se, a
nosso juízo, nenhum fato sobreveio de molde a alterar o que no estudo se
contém.</div>
<div class="MsoNormal">
Por certo, muitos métodos e estilos de ação usados pela TFP
brasileira, entidade em vias de se constituir em 1959 - como por suas co-irmãs
- foram substituídos, ou adaptados a circunstâncias novas. E outros foram
inovados. Mas eles se situam, todos, num campo inferior, executivo e prático.
Deles não trata, portanto, <i>Revolução e
Contra-Revolução</i>. De onde não haver modificações a introduzir na obra.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem embargo de tudo isto, muito haveria a acrescentar se
quiséssemos relacionar <i>Revolução e
Contra-Revolução</i> com os novos horizontes que a História vem abrindo. Tal
não caberia neste simples aditamento. Pensamos, contudo, que uma resenha do que
fez a Revolução nestes vinte anos, uma <i>mise
au point</i> do panorama mundial transformado por ela pode ser útil para que o
leitor relacione fácil e comodamente o conteúdo do livro com a realidade presente.
É o que passaremos a fazer.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060398"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085415"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872355">Capítulo II - Apogeu e crise da Terceira
Revolução</a></h2>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060399"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085416"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872356">1. Apogeu da III Revolução</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Como vimos<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn71" name="_ftnref71" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[71]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
três grandes revoluções constituíram as etapas capitais do processo de
demolição gradual da Igreja e da civilização cristã: no século XVI, o
Humanismo, a Renascença e o protestantismo (<i>I
Revolução</i>); no século XVIII, a Revolução Francesa (<i>II Revolução</i>); e na segunda década deste século, o Comunismo (<i>III Revolução</i>).</div>
<div class="MsoNormal">
Essas três revoluções só são compreensíveis como partes de
um imenso todo, isto é, a Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
Sendo a Revolução um processo, obviamente, de 1917 para cá,
a <i>III Revolução</i> continuou sua
caminhada. Encontra-se ela, no momento, em um verdadeiro apogeu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Comentário
acrescentado pelo Autor em 1992, à margem do texto</b> <b>de 1976</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Crise</i> <i>na III Revolução, fruto inevitável das
utopias marxistas</i></div>
<div class="MsoNormal">
Na mais ampla das escalas, isto é, na escala internacional,
esse apogeu era notório. Di-lo o texto um pouco mais adiante. Com o recuo do
tempo, o quadro geral desse apogeu pode ser pintado com traços ainda mais
vastos, quer pela extensão e pela população das nações efetiva e plenamente
sujeitas a regimes comunistas, quer pelas impressionantes dimensões da máquina
vermelha de propaganda internacional e pela importância dos partidos comunistas
dos países ocidentais, quer, por fim, pela penetração das tendências comunistas
nos diversos domínios da cultura desses países. Tudo isso, acrescido pelo
pânico mundial gerado pela ameaça atômica que a agressividade soviética,
servida por um poder nuclear incontestável, fazia pairar sobre todos os
continentes.</div>
<div class="MsoNormal">
Tão múltiplos fatores davam origem a uma política de moleza
e de capitulação quase universais em relação a Moscou. As <i>Ostpolitiks</i> alemã e vaticana, o vento mundial de um pacifismo
incondicionalmente desarmamentista, o pulular de <i>slogans</i> e de fórmulas políticas que preparavam tantas burguesias
ainda não comunistas a aceitar o comunismo como fato a ser consumado em um
futuro não distante: todos nós vivemos sob a compressão psicológica desse
otimismo de esquerda, que era enigmático como uma esfinge para os centristas
indolentes, e ameaçador como um Leviatã para quem, como as TFPs e os seguidores
de <i>Revolução e Contra-Revolução</i> em
tantos países, discernia bem o “apocalipse” a que tudo isso ia conduzindo.</div>
<div class="MsoNormal">
Quão poucos eram, então, os que percebiam estar esse Leviatã
carregando em si uma crise <i>in crescendo</i>
que ele não conseguia resolver, porque era o fruto inevitável das utopias
marxistas! A crise veio crescendo e parece ter desintegrado o Leviatã. Mas,
como adiante se verá, essa desintegração difundiu por sua vez, por todo o
universo, uma clima de crise ainda mais letal.</div>
<div class="MsoNormal">
<b>Continuação</b> <b>do texto de 1976:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Considerados os territórios e as populações sujeitos a
regimes comunistas, dispõe a <i>III
Revolução</i> de um império mundial sem precedentes na História. Este império é
fator contínuo de insegurança e de desunião entre as maiores nações
não-comunistas.</div>
<div class="MsoNormal">
De outro lado, estão nas mãos dos líderes da <i>III Revolução</i> os cordéis que movimentam,
em todo o mundo não-comunista, os partidos declaradamente comunistas e a imensa
rede de criptocomunistas, para-comunistas, inocentes-úteis, infiltrados não só
nos partidos não declaradamente comunistas - socialistas e outros - como ainda
nas igrejas<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn72" name="_ftnref72" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[72]</span></span><!--[endif]--></span></a>, nas
organizações profissionais e culturais, nos bancos, na imprensa, na televisão,
no rádio, no cinema, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
E, como se tudo isto não bastasse, a <i>III Revolução</i> maneja com terrível eficácia as táticas de conquista
psicológica de que adiante falaremos. Por meio destas, o comunismo vem
conseguindo reduzir a um torpor displicente e abobado imensas parcelas
não-comunistas da opinião pública ocidental. Tais táticas permitem à <i>III Revolução</i> esperar, neste terreno,
sucessos ainda mais marcantes, e desconcertantes para os observadores que
analisam os fatos de fora dela.</div>
<div class="MsoNormal">
A inércia, quando não a ostensiva e substanciosa colaboração
de tantos governos “democráticos” e sorrateiras forças econômicas particulares
do Ocidente, com o comunismo assim poderoso, compõe um terrível quadro de
conjunto diante do qual vive o mundo de hoje.</div>
<div class="MsoNormal">
Nestas condições, <b>se
o curso do processo revolucionário continuar como até aqui, é humanamente
inevitável que o triunfo geral da <i>III
Revolução</i> acabe se impondo ao mundo inteiro</b>. - Dentro de quanto tempo?
Muitos se assustarão caso, a título de mera hipótese, sugiramos mais vinte
anos. Parecer-lhes-á surpreendentemente exíguo o prazo. Na realidade, quem
poderá garantir que esse desenlace não sobrevenha dentro de dez ou cinco anos,
ou antes ainda?</div>
<div class="MsoNormal">
A proximidade, a eventual iminência desta grande hecatombe é
sem dúvida uma das notas que, comparados os horizontes de 1959 com os de 1976,
indicam maior transformação na conjuntura mundial.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060400"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085417"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872357">A. Na rota do apogeu, a III Revolução evitou
com cuidado as aventuras totais e inúteis</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Se bem que esteja nas mãos dos mentores da <i>III Revolução</i> lançar-se, de um momento
para outro, numa aventura para a conquista completa do mundo por uma série de
guerras, de cartadas políticas, de crises econômicas e de revoluções
sangrentas, é bem de ver que tal aventura apresenta consideráveis riscos. Os
mentores da <i>III Revolução</i> só
aceitarão de os correr caso isto lhes pareça indispensável.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, se o emprego contínuo dos métodos clássicos
levou o comunismo ao atual fastígio de poder sem expor o processo
revolucionário senão a riscos cuidadosamente circunscritos e calculados, é
explicável que os guias da Revolução mundial esperem alcançar a cabal dominação
do mundo sem sujeitar sua obra ao risco de catástrofes irremediáveis, inerente
a toda grande aventura.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060401"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085418"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872358">B. Aventura, nas próximas etapas da III
Revolução?</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Ora, o sucesso dos costumeiros métodos da <i>III Revolução</i> está comprometido pelo
surgimento de circunstâncias psicológicas desfavoráveis, as quais se acentuaram
fortemente ao longo dos últimos vinte anos. - Tais circunstâncias forçarão o
comunismo a optar, daqui por diante, pela aventura?</div>
<div class="MsoNormal">
<b>Comentário</b>
acrescentado <b>em 1992</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>“Perestroika”</i> e <i>“glasnost”: desmantelamento da III
Revolução, ou metamorfose do comunismo</i>?</div>
<div class="MsoNormal">
No ocaso do ano de 1989, aos supremos dirigentes do
comunismo internacional, pareceu afinal chegado o momento de lançar uma imensa
cartada política, a maior da história do comunismo. Esta consistiria em
derrubar a cortina de ferro e o Muro de Berlim, o que, produzindo seus efeitos
de forma simultânea à execução dos programas “liberalizantes” da <i>glasnost</i> (1985) e da <i>perestroika</i> (1986), precipitaria o
aparente desmantelamento da <i>III Revolução</i>
no mundo soviético.</div>
<div class="MsoNormal">
Por sua vez, tal desmantelamento atrairia para seu supremo
promotor e executor, Mikhail Gorbachev, a simpatia enfática e a confiança sem
reservas das potências econômicas estatais e de muitos dos poderes econômicos
privados do Primeiro Mundo.</div>
<div class="MsoNormal">
A partir disto, o Kremlin poderia esperar um fluxo
assombroso de recursos financeiros a favor de suas vazias arcas. Essas esperanças
foram muito amplamente confirmadas pelos fatos, proporcionando a Gorbachev e à
sua equipe a possibilidade de continuar flutuando, com o timão na mão, sobre o
mar de miséria, de indolência e de inação, em face do qual a infeliz população
russa, sujeita até há pouco ao capitalismo de Estado integral, vai se havendo,
até o momento, com uma passividade desconcertante. Passividade esta propícia à
generalização do marasmo, do caos, e quiçá à formação de uma crise conflitual
interna suscetível, por sua vez, de degenerar em uma guerra civil... ou mundial
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn73" name="_ftnref73" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[73]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi neste quadro que irromperam os sensacionais e brumosos
acontecimentos de agosto de 1991, protagonizados por Gorbachev, Yeltsin e
outros co-autores dessa jogada, que abriram caminho à transformação da URSS
numa frouxa confederação de Estados e depois ao seu desmantelamento.</div>
<div class="MsoNormal">
Fala-se da eventual queda do regime de Fidel Castro em Cuba
e da possível invasão da Europa Ocidental por hordas de famintos vindos do
Leste e do Magreb. As diversas tentativas de incursão de desvalidos albaneses
na Itália teriam sido como que um primeiro ensaio desta nova “invasão de
bárbaros” na Europa.</div>
<div class="MsoNormal">
Não falta quem, na Península Ibérica como em outros países
da Europa, veja estas hipóteses em um comum panorama com a ação de presença de
multidões de maometanos, despreocupadamente admitidos em anos anteriores em
vários pontos desse continente, e com os projetos de construção de uma ponte
sobre o Estreito de Gibraltar, ligando o Norte da África ao território
espanhol, o que favoreceria por sua vez mais outras invasões muçulmanas na Europa.</div>
<div class="MsoNormal">
Curiosa semelhança de efeitos da derrubada da cortina de
ferro e da construção dessa tal ponte: ambas abririam o continente europeu para
invasões análogas às que Carlos Magno repeliu vitoriosamente, isto é, as de
hordas bárbaras ou semibárbaras vindas do leste e hordas maometanas
provenientes de regiões ao Sul do continente europeu.</div>
<div class="MsoNormal">
Dir-se-ia quase que o quadro pré-medieval se recompõe. Mas
algo falta: é o ardor de fé primaveril nas populações católicas chamadas a
fazer frente simultaneamente a estes dois impactos. Mas, sobretudo, falta
alguém: onde encontrar hoje em dia um homem com o estofo de Carlos Magno?</div>
<div class="MsoNormal">
Se imaginarmos o desenvolvimento das hipóteses acima
enunciadas, cujo principal cenário seria o Ocidente, sem dúvida nos assombrarão
a magnitude e a dramaticidade das conseqüências que as mesmas trariam consigo.</div>
<div class="MsoNormal">
Entretanto, esta visão de conjunto nem de longe abarca a
totalidade dos efeitos que vozes autorizadas, procedentes de círculos intelectuais
sensivelmente opostos entre si e de imparciais órgãos de comunicação, nos
anunciam nestes dias.</div>
<div class="MsoNormal">
Por exemplo, a crescente oposição entre países consumidores
e países pobres. Ou, em outros termos, entre nações ricas industrializadas e
outras que são meras produtoras de matérias-primas.</div>
<div class="MsoNormal">
Nasceria daí um entrechoque de proporções mundiais entre
ideologias diversas, agrupadas, de um lado em torno do enriquecimento
indefinido, e de outro do subconsumo miserabilista. À vista desse eventual
entrechoque, é impossível não recordar a luta de classes preconizada por Marx.
E daí surge naturalmente uma pergunta: será essa luta uma projeção, em termos
mundiais, de um embate análogo ao que Marx concebeu sobretudo como um fenômeno
sócio-econômico dentro das nações, conflito este no qual participaria cada uma
destas com características próprias?</div>
<div class="MsoNormal">
Nessa hipótese, a luta entre o Primeiro Mundo e o Terceiro
passará a servir de camuflagem mediante a qual o marxismo, envergonhado de seu
catastrófico fracasso sócio-econômico e metamorfoseado, trataria de obter, com
renovadas possibilidades de êxito, a vitória final? Vitória essa que, até o
momento, escapou das mãos de Gorbachev, o qual, embora certamente não seja o
doutor, é pelo menos uma mescla de bardo e de prestidigitador da <i>perestroika</i>...</div>
<div class="MsoNormal">
Da <i>perestroika</i>,
sim, da qual não é possível duvidar que seja um requinte do comunismo, pois o
confessa seu próprio autor no ensaio propagandístico “<i>Perestroika – Novas idéias para o meu país e o mundo</i>” (Ed. Best
Seller, São Paulo, 1987, p. 35): “<i>A
finalidade desta reforma é garantir .... a transição de um sistema de direção
excessivamente centralizado e dependente de ordens superiores para um sistema
democrático baseado na combinação de centralismo democrático e autogestão</i>”.
Autogestão esta que, de mais a mais, era “<i>o</i>
<i>objetivo supremo do Estado soviético</i>”,
segundo estabelecia a própria Constituição da ex-URSS em seu Preâmbulo. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Continuação</b> <b>do texto de 1976</b>: </div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060402"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085419"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872359">2. Obstáculos inesperados para a aplicação
dos métodos clássicos da III Revolução</a></h3>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060403"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085420"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872360">A. Declínio do poder persuasivo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Examinemos antes de tudo essas circunstâncias.</div>
<div class="MsoNormal">
A primeira delas é o “declínio do poder persuasório do
proselitismo comunista”.</div>
<div class="MsoNormal">
Tempo houve em que a doutrinação explícita e categórica foi,
para o comunismo internacional, o principal meio de recrutamento de adeptos.</div>
<div class="MsoNormal">
Em largos setores da opinião pública e em quase todo o
Ocidente, por motivos que seria longo enumerar, as condições se tornaram hoje,
em muito ponderável medida, infensas a tal doutrinação. Decresceu visivelmente
o poder persuasivo da dialética e da propaganda comunista doutrinária integral
e ostensiva.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim se explica que, em nossos dias, a propaganda comunista
procure cada vez mais fazer-se de modo camuflado, suave e lento. Tal camuflagem
se faz ora difundindo os princípios marxistas, esparsos e velados, na
literatura socialista, ora insinuando na própria cultura que chamaríamos
“centrista” princípios que, à maneira de germens, se multiplicam levando os
centristas à inadvertida e gradual aceitação de toda a doutrina comunista.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060404"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085421"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872361">B. Declínio do poder de liderança
revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
À diminuição do poder persuasivo direto do credo vermelho
sobre as multidões, que o recurso a esses meios oblíquos, lentos e trabalhosos
denota, junta-se um correlato declínio no poder de liderança revolucionária do
comunismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Examinemos como se manifestam esses fenômenos correlatos e
quais os frutos deles.</div>
<h5>
a. Ódio, luta de classes, Revolução</h5>
<div class="MsoNormal">
Essencialmente, o movimento comunista é e se considera uma
revolução nascida do ódio de classes. A violência é o método mais coerente com
ela. É o método direto e fulminante, do qual os mentores do comunismo
esperavam, com o mínimo de riscos de fracasso, o máximo de resultados, no
mínimo de tempo.</div>
<div class="MsoNormal">
O pressuposto deste método é a capacidade de liderança dos
vários PCs, pela qual lhes era dado criar descontentamentos, transformar estes
descontentamentos em ódios, articular estes ódios numa imensa conjuração, e
levar assim a cabo, com a força “atômica” do ímpeto desses ódios, a demolição
da ordem atual e a implantação do comunismo.</div>
<h5>
b. Declínio da liderança do ódio, e do uso da violência</h5>
<div class="MsoNormal">
Ora, também esta liderança do ódio vai escapando das mãos
dos comunistas.</div>
<div class="MsoNormal">
Não nos alongamos aqui na explicação das complexas causas do
fato. Limitamo-nos a notar que, no transcurso destes vinte anos, a violência
foi dando aos comunistas vantagens cada vez menores. Para prová-lo, basta
lembrar o malogro invariável das guerrilhas e do terrorismo disseminados por
Cuba em toda a América Latina.</div>
<div class="MsoNormal">
É bem verdade que, na África, a violência vem arrastando
quase todo o continente em direção ao comunismo. Mas esse fato muito pouco diz
a respeito das tendências da opinião pública no resto do mundo. Pois o
primitivismo da maior parte das populações aborígines daquele continente as
coloca em condições peculiares e inconfundíveis. E a violência ali não tem
obtido adeptos por motivações principalmente ideológicas, mas também por
ressentimentos anticolonialistas, dos quais a propaganda comunista soube
valer-se com sua costumeira astúcia.</div>
<h5>
c. Fruto e prova desse declínio: a
III Revolução se metamorfoseia em revolução risonha</h5>
<div class="MsoNormal">
A prova mais clara de que a <i>III Revolução</i> vem perdendo nos últimos vinte ou trinta anos sua
capacidade de criar e liderar o ódio revolucionário é a metamorfose que ela se
impôs.</div>
<div class="MsoNormal">
Quando do degelo pós-stalianiano com o Ocidente, a <i>III Revolução</i> afivelou uma sorridente
máscara, de polêmica se tornou dialogante, simulou estar mudando de mentalidade
e de atitude, e se abriu para toda espécie de colaborações com os adversários
que antes tentava esmagar pela violência.</div>
<div class="MsoNormal">
Na esfera internacional, a Revolução passou assim,
sucessivamente, da guerra fria para a coexistência pacífica, depois para a
“queda das barreiras ideológicas”, e por fim para a franca colaboração com as
potências capitalistas, rotulada, no linguajar publicitário, de <i>Ostpolitik</i> ou de <i>détente</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
Na esfera interna dos vários países do Ocidente, a “<i>politique de la main tendue</i>”, que fora,
na era de Stalin, um mero artifício para embair pequenas minorias católicas
esquerdistas, transformou-se numa verdadeira <i>détente</i> entre comunistas e pró-capitalistas, meio ideal usado pelos
vermelhos para entabular relações cordiais e aproximações dolosas com todos os
seus adversários, quer pertençam estes à esfera espiritual, quer à temporal.
Veio daí uma série de táticas “amistosas”, como a dos companheiros de viagem, a
do eurocomunismo legalista, afável e prevenido em relação a Moscou, a do
compromisso histórico, etc.</div>
<div class="MsoNormal">
Como já dissemos, todos estes estratagemas apresentam, hoje
em dia, vantagens para a <i>III Revolução</i>.
Mas estas são lentas, graduais, e subordinadas, em sua frutificação, a mil
fatores variáveis.</div>
<div class="MsoNormal">
No auge de seu poder, a <i>III
Revolução</i> deixou de ameaçar e agredir, e passou a sorrir e pedir. Ela
deixou de avançar em cadência militar e usando botas de cossaco, para progredir
lentamente, com passo discreto. Ela abandonou o caminho reto - sempre o mais
curto - e escolheu um ziguezague no decurso do qual não faltam incertezas.</div>
<div class="MsoNormal">
- Que imensa transformação em vinte anos!</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060405"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085422"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872362">C. Objeçã</a><a href="https://www.blogger.com/null" name="aqui"></a>o: os sucessos comunistas na Itália e na
França</h4>
<div class="MsoNormal">
Mas - dirá alguém - os sucessos alcançados pelo comunismo
por meio da aludida tática, quer na Itália, quer na França, não permitem
afirmar que o mesmo esteja em retrocesso no mundo livre. Ou que, pelo menos,
seu progresso seja mais lento do que o do carrancudo comunismo das eras de
Lenine e de Stalin.</div>
<div class="MsoNormal">
Antes de tudo, a tal objeção deve-se responder que as
eleições gerais na Suécia, Alemanha Ocidental e Finlândia, bem como as eleições
regionais e a atual instabilidade do gabinete trabalhista na Inglaterra, falam
bem da inapetência das grandes massas em relação aos “paraísos” socialistas, à
violência comunista, etc.<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn74" name="_ftnref74" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[74]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
Há expressivos sintomas de que o exemplo desses países já
começou a repercutir naquelas duas grandes nações católicas e latinas da Europa
Ocidental, prejudicando assim os progressos comunistas.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas, a nosso ver, é preciso sobretudo pôr em dúvida a
autenticidade comunista das crescentes votações obtidas pelo PC italiano ou
pelo PS francês (e falamos do PS, já que o PC francês se acha estagnado).</div>
<div class="MsoNormal">
Quer um quer outro partido (PSF e PCI) está longe de se ter
beneficiado apenas do voto de seu próprio eleitorado. Apoios católicos
certamente consideráveis - e cuja amplitude real só a História revelará um dia
em toda a extensão - têm criado, em torno do PC italiano, ilusões, fraquezas,
atonias e cumplicidades inteiramente excepcionais. A projeção eleitoral dessas
circunstâncias espantosas e artificiais explica, em larga medida, o crescimento
do número de votantes pró-PC, muitos dos quais não são de nenhum modo eleitores
comunistas. E cumpre não esquecer, na mesma ordem de fatos, a influência na
votação, direta ou indireta, de certos Cresos, cuja atitude francamente
colaboracionista em relação ao comunismo dá ocasião a manobras eleitorais das
quais a <i>III Revolução</i> tira óbvio
proveito. Análogas observações podem ser feitas em relação ao PS francês.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060406"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085423"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872363">3. O ódio e a violência, metamorfoseados,
geram a guerra psicológica revolucionária total</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Para melhor apreendermos o alcance dessas imensas transformações
ocorridas no quadro da <i>III Revolução</i>
nos últimos vinte anos, será necessário analisarmos em seu conjunto a grande
esperança atual do comunismo, que é a guerra revolucionária psicológica.</div>
<div class="MsoNormal">
Embora nascido necessariamente do ódio, e voltado por sua própria
lógica interna para o uso da violência exercida por meio de guerras, revoluções
e atentados, o comunismo internacional se viu compelido por grandes
modificações em profundidade da opinião pública, a dissimular seu rancor, bem
como a fingir ter desistido das guerras e das revoluções. Já o dissemos.</div>
<div class="MsoNormal">
Ora, se tais desistências fossem sinceras, de tal maneira
ele se desmentiria a si próprio, que se autodemoliria.</div>
<div class="MsoNormal">
Longe disto, usa ele o sorriso tão-somente como arma de
agressão e de guerra, e não extingue a violência, mas a transfere do campo de
operação do físico e palpável, para o das atuações psicológicas impalpáveis.
Seu objetivo: alcançar, no interior das almas, por etapas e invisivelmente, a
vitória que certas circunstâncias lhe estavam impedindo de conquistar de modo
drástico e visível, segundo os métodos clássicos.</div>
<div class="MsoNormal">
Bem entendido, não se trata aqui de efetuar, no campo do
espírito, algumas operações esparsas e esporádicas. Trata-se, pelo contrário,
de uma verdadeira guerra de conquista - psicológica, sim, mas total - visando o
homem todo, e todos os homens em todos os países.</div>
<div class="MsoNormal">
Comentário <b>acrescentado
em 1992</b>: </div>
<div class="MsoNormal">
<i>Guerra</i> <i>psicológica revolucionária: “revolução
cultural” e Revolução nas tendências</i></div>
<div class="MsoNormal">
Como uma modalidade de guerra psicológica revolucionária, a
partir da rebelião estudantil da Sorbonne, em maio de 1968, numerosos autores
socialistas e marxistas em geral passaram a reconhecer a necessidade de uma
forma de revolução prévia às transformações políticas e sócio-econômicas, que
operasse na vida cotidiana, nos costumes, nas mentalidades, nos modos de ser,
de sentir e de viver. É a chamada “revolução cultural”.</div>
<div class="MsoNormal">
Consideram eles que esta revolução, preponderantemente
psicológica e tendencial, é uma etapa indispensável para se chegar à mudança de
mentalidade que tornaria possível a implantação da utopia igualitária, pois,
sem tal preparação, a transformação revolucionária e as conseqüentes “mudanças
de estrutura” tornar-se-iam efêmeras.</div>
<div class="MsoNormal">
O referido conceito de “revolução cultural” abarca, com
impressionante analogia, o mesmo campo já designado por <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, em 1959, como próprio da Revolução
nas tendências (Cfr. parte I, cap. 5.).</div>
<div class="MsoNormal">
Continuação <b>do texto
de 1976:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Insistimos neste conceito de guerra revolucionária
psicológica total.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, a guerra psicológica visa a psique toda do
homem, isto é, “trabalha-o” nas várias potências de sua alma, e em todas as
fibras de sua mentalidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Ela visa todos os homens, isto é, tanto partidários ou
simpatizantes da <i>III Revolução</i>,
quanto neutros ou até adversários.</div>
<div class="MsoNormal">
Ela lança mão de todos os meios, a cada passo é-lhe
necessário dispor de um fator específico para levar insensivelmente cada grupo
social e até cada homem a se aproximar do comunismo, por pouco que seja. E isto
em qualquer terreno: nas convicções religiosas, políticas, sociais e
econômicas, nas impostações culturais, nas preferências artísticas, nos modos
de ser e de agir em família, na profissão, na sociedade.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060407"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085424"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872364">A. As duas grandes metas da guerra
psicológica revolucionária</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Dadas as atuais dificuldades do recrutamento ideológico da <i>III Revolução</i>, o mais útil de suas
atividades se exerce, não sobre os amigos e simpatizantes, mas sobre os neutros
e os adversários:</div>
<div class="MsoNormal">
a) iludir e adormecer paulatinamente os neutros ;</div>
<div class="MsoNormal">
b) dividir a cada passo, desarticular, isolar, aterrorizar,
difamar, perseguir e bloquear os adversários;</div>
<div class="MsoNormal">
- essas são, a nosso ver, as duas grandes metas da guerra
psicológica revolucionária.</div>
<div class="MsoNormal">
Desta maneira, a <i>III
Revolução</i> torna-se capaz de vencer, porém mais pelo aniquilamento do
adversário do que pela multiplicação dos amigos.</div>
<div class="MsoNormal">
Obviamente, para conduzir esta guerra, mobiliza o comunismo
todos os meios de ação com que conta, nos países ocidentais, graças ao apogeu
em que nestes se acha a ofensiva da <i>III
Revolução</i>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060408"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085425"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872365">B. A guerra psicológica revolucionária
total, uma resultante do apogeu da </a>III Revolução e dos
embaraços por que esta passa</h4>
<div class="MsoNormal">
A guerra psicológica revolucionária total é, portanto, uma
resultante da composição dos dois fatores contraditórios que já mencionamos: o
auge de influência do comunismo sobre quase todos os pontos-chaves da grande
máquina que é a sociedade ocidental, e de outro lado o declínio da capacidade
de persuasão e de liderança dele sobre as camadas profundas da opinião pública
do Ocidente.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060409"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085426"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872366">4. A ofensiva psicológica da III Revolução,
na Igreja</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Não seria possível descrever esta guerra psicológica sem
tratar acuradamente do seu desenrolar naquilo que é a própria alma do Ocidente,
ou seja, o cristianismo, e mais precisamente a Religião Católica, que é o
cristianismo em sua plenitude absoluta e em sua autenticidade única.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060410"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085427"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872367">A. O Concílio Vaticano II</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Dentro da perspectiva de <i>Revolução
e Contra-Revolução</i>, o êxito dos êxitos alcançado pelo comunismo
pós-staliniano sorridente foi o silêncio enigmático, desconcertante, espantoso
e apocalipticamente trágico do Concílio Vaticano II a respeito do comunismo.</div>
<div class="MsoNormal">
Este Concílio se quis pastoral e não dogmático. Alcance
dogmático ele realmente não o teve. Além disto, sua omissão sobre o comunismo
pode fazê-lo passar para a História como o Concílio a-pastoral.</div>
<div class="MsoNormal">
Explicamos o sentido especial em que tomamos esta afirmação.</div>
<div class="MsoNormal">
Figure-se o leitor um imenso rebanho enlanguescendo em
campos pobres e áridos, atacado de todas as partes por enxames de abelhas,
vespas, aves de rapina.</div>
<div class="MsoNormal">
Os pastores se põem a regar a pradaria e a afastar os
enxames. - Esta atividade pode ser qualificada de pastoral? - Em tese, por
certo. Porém, na hipótese de que, ao mesmo tempo, o rebanho estivesse sendo
atacado por matilhas de lobos vorazes, muitos deles com peles de ovelha, e os pastores
se omitissem completamente de desmascarar ou de afugentar os lobos, enquanto
lutavam contra insetos e aves, sua obra poderia ser considerada pastoral, ou
seja, própria de bons e fiéis pastores?</div>
<div class="MsoNormal">
Em outros termos, atuaram como verdadeiros Pastores aqueles
que, no Concílio Vaticano II, quiseram espantar os adversários <i>minores</i>, e impuseram livre curso - pelo
silêncio - a favor do adversário <i>maior</i>?</div>
<div class="MsoNormal">
Com táticas <i>aggiornate</i>
- das quais, aliás, o mínimo que se pode dizer é que são contestáveis no plano
teórico e se vêm mostrando ruinosas na prática - o Concílio Vaticano II tentou
afugentar, digamos, abelhas, vespas e aves de rapina. Seu silêncio sobre o
comunismo deixou aos lobos toda a liberdade. A obra desse Concílio não pode
estar inscrita, enquanto efetivamente pastoral, nem na História, nem no Livro
da Vida.</div>
<div class="MsoNormal">
É penoso dizê-lo. Mas a evidência dos fatos aponta, neste
sentido, o <i>Concílio Vaticano II</i> como
uma das maiores calamidades, se não a maior, da História da Igreja <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn75" name="_ftnref75" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[75]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
A partir dele penetrou na Igreja, em proporções impensáveis, a “<i>fumaça de Satanás</i>”, que se vai dilatando
dia a dia mais, com a terrível força de expansão dos gases. Para escândalo de
incontáveis almas, o Corpo Místico de Cristo entrou no sinistro processo da
como que autodemolição.</div>
<div class="MsoNormal">
Comentário <b>acrescentado
em 1992</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Surpreendentes</i> <i>calamidades na fase pós-conciliar da Igreja</i></div>
<div class="MsoNormal">
Sobre as calamidades na fase pós-conciliar da Igreja, é de
fundamental importância o depoimento histórico de Paulo VI na Alocução “<i>Resistite fortes in fide</i>”, de 29 de
junho de 1972, que citamos aqui na versão da Poliglotta Vaticana: <i>“Referindo-se à situação da Igreja de hoje,
o Santo Padre afirma ter a sensação de que ‘por alguma fissura tenha entrado a
fumaça de Satanás no templo de Deus’. Há – </i>transcreve a Poliglotta<i> – a dúvida, a incerteza, o complexo dos
problemas, a inquietação, a insatisfação, o confronto. Não se confia mais na
Igreja; confia-se no primeiro profeta profano [estranho à Igreja] que nos venha
falar, por meio de algum jornal ou movimento social, a fim de correr atrás dele
e perguntar-lhe se tem a fórmula da verdadeira vida. E não nos damos conta de
já a possuirmos e sermos mestres dela. Entrou a dúvida em nossas consciências,
e entrou por janelas que deviam estar abertas à luz. ....<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>“Também na Igreja
reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um
dia ensolarado para a História da Igreja. Veio, pelo contrário, um dia cheio de
nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação, de incerteza. Pregamos o
ecumenismo, e nos afastamos sempre mais uns dos outros. Procuramos cavar
abismos em vez de soterrá-los.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>“Como aconteceu isto?
O Papa confia aos presentes um pensamento seu: o de que tenha havido a
intervenção de um poder adverso. Seu nome é diabo, este misterioso ser a que
também alude São Pedro em sua Epístola”</i> (cfr. <i>Insegnamenti di Paolo VI</i>, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol. X,
pp. 707-709).</div>
<div class="MsoNormal">
Alguns anos antes, o mesmo Pontífice, na Alocução aos alunos
do Seminário Lombardo, no dia 7 de dezembro de 1968, havia afirmado que <i>“a Igreja atravessa hoje um momento de
inquietação. Alguns praticam a autocrítica, dir-se-ia até a autodemolição. É
como uma perturbação interior, aguda e complexa, que ninguém teria esperado
depois do Concílio. Pensava-se num florescimento, numa expansão serena dos
conceitos amadurecidos na grande assembléia conciliar. Há ainda este aspecto na
Igreja, o do florescimento. Mas, posto que ‘bonum ex integra causa, malum ex
quocumque defectu’, fixa-se a atenção mais especialmente sobre o aspecto
doloroso. A Igreja é golpeada também pelos que dEla fazem parte” </i>(cfr. <i>Insegnamenti di Paolo VI</i>, Tipografia
Poliglotta Vaticana, vol. VI, p. 1188).</div>
<div class="MsoNormal">
Sua Santidade João Paulo II traçou também um panorama
sombrio da situação da Igreja: <i>“É
necessário admitir realisticamente e com profunda e sentida sensibilidade que
os cristãos hoje, em grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e
até desiludidos: foram divulgadas prodigamente idéias contrastantes com a
Verdade revelada e desde sempre ensinada; foram difundidas verdadeiras e
próprias heresias, no campo dogmático e moral, criando dúvidas, confusões e
rebeliões; alterou-se até a Liturgia; imersos no ‘relativismo’ intelectual e
moral e por conseguinte no permissivismo, os cristãos são tentados pelo
ateísmo, pelo agnosticismo, pelo iluminismo vagamente moralista, por um
cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e sem moral objetiva”</i>
(Alocução de 6-2-81 aos Religiosos e Sacerdotes participantes do I Congresso
Nacional Italiano sobre o tema “<i>Missões
ao Povo para os</i> <i>Anos 80</i>”, in “<i>L’Osservatore Romano</i>”, 7-2-81).</div>
<div class="MsoNormal">
Em sentido semelhante pronunciou-se posteriormente o Emmo.
Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da
Fé: <i>“Os resultados que se seguiram ao
Concílio parecem cruelmente opostos às expectativas de todos, a começar do papa
João XXIII e depois de Paulo VI. .... Os Papas e os Padres conciliares
esperavam uma nova unidade católica e, pelo contrário, se caminhou para uma
dissensão que – para usar as palavras de Paulo VI – pareceu passar da autocrítica
à autodemolição. Esperava-se um novo entusiasmo e, em lugar dele, acabou-se com
demasiada freqüência no tédio e no desânimo. Esperava-se um salto para a frente
e, em vez disso, encontramo-nos ante um processo de decadência progressiva
....”</i>. E conclui: <i>“Afirma-se com
letras claras que uma real reforma da Igreja pressupõe um inequívoco abandono
das vias erradas que levaram a conseqüências indiscutivelmente negativas”</i>
(cfr. Vittorio Messori, <i>A coloquio con il
cardinale Ratzinger, Rapporto sulla fede</i>, Edizioni Paoline, Milano, 1985,
pp. 27-28).</div>
<div class="MsoNormal">
Continuação do <b>texto
de 1976:</b></div>
<div class="MsoNormal">
A História narra os inúmeros dramas que a Igreja vem
sofrendo nos vinte séculos de sua existência. Oposições que germinaram fora
dela, e de fora mesmo tentaram destruí-la. Tumores formados dentro dela, por
ela cortados, e que já então de fora para dentro tentaram destruí-la com
ferocidade.</div>
<div class="MsoNormal">
- Quando, porém, viu a História, antes de nossos dias, uma
tentativa de demolição da Igreja, já não mais feita por um adversário, mas
qualificada de “<i>autodemolição</i>” em
altíssimo pronunciamento de repercussão mundial? <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn76" name="_ftnref76" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[76]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
Daí resultou para a Igreja e para o que ainda resta de
civilização cristã, uma imensa derrocada. A <i>Ostpolitik</i>
vaticana, por exemplo, e a infiltração gigantesca do comunismo nos meios católicos,
são efeitos de todas estas calamidades. E constituem outros tantos êxitos da
ofensiva psicológica da <i>III Revolução</i>
contra a Igreja.</div>
<div class="MsoNormal">
Comentário <b>acrescentado
em 1992</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>A</i> <b>Ostpolitik</b> <i>vaticana: efeitos também surpreendentes</i></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje em dia, lendo estas linhas sobre a <i>Ostpolitik</i>, alguém poderia perguntar, ante a enorme transformação
que houve na Rússia, se esta não resulta de uma jogada “genial” da Hierarquia
eclesiástica. O Vaticano, baseado em informações do melhor quilate, teria
previsto que o comunismo, corroído por crises internas, começaria por sua vez a
autodemolir-se. E, para estimular o quartel-general mundial do ateísmo
materialista a praticar essa autodemolição, a Igreja Católica, situada no outro
extremo do panorama ideológico, teria simulado sua própria autodemolição. Com
isto teria atenuado muito sensivelmente a perseguição que então sofria da parte
do comunismo: entre moribundos certas conivências seriam concebíveis. A
flexibilização da Igreja teria, pois, criado condições para a flexibilização do
mundo comunista.</div>
<div class="MsoNormal">
Caberia responder que, se a Sagrada Hierarquia tinha noção
de que o comunismo estava em condições tais de indigência e de ruína que seria
obrigado a se autodemolir, ela deveria denunciar essa situação e convocar todos
os povos do Ocidente a preparar as vias do que seria o saneamento da Rússia e
do mundo, quando o comunismo caísse efetivamente, e não deveria calar sobre o
fato deixando que o fenômeno se produzisse à margem da influência católica e da
cooperação generosa e solícita dos governos ocidentais. Pois só fazendo tal
denúncia seria possível evitar que o desmoronamento soviético chegasse à
situação na qual se encontra hoje, isto é, um beco sem saída, onde tudo é
miséria e <i>imbloglio</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
De qualquer forma, é falso que a autodemolição da Igreja
tenha apressado a autodemolição do comunismo, a menos que se suponha a
existência de um tratado oculto entre ambos nesse sentido – uma espécie de
pacto suicida -, tratado esse, para dizer pouco, carente de legitimidade e
utilidade para o mundo católico. Isto para não mencionar tudo quanto essa mera
hipótese contém de ofensivo aos Papas em cujos pontificados esta dupla
eutanásia se teria verificado.</div>
<div class="MsoNormal">
Continuação do <b>texto
de 1976:</b></div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060411"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085428"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872368">B. A Igreja, moderno centro de embate entre
a Revolução e a Contra-Revolução</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Em 1959, quando escrevemos <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, a Igreja era tida como a grande força
espiritual contra a expansão mundial da seita comunista. Em 1976, incontáveis
eclesiásticos, inclusive Bispos, figuram como cúmplices por omissão,
colaboradores e até propulsores da <i>III
Revolução</i>. O progressismo, instalado por quase toda parte, vai convertendo
em lenha facilmente incendiável pelo comunismo a floresta outrora verdejante da
Igreja Católica.</div>
<div class="MsoNormal">
Em uma palavra, o alcance desta transformação é tal, que não
hesitamos em afirmar que o centro, o ponto mais sensível e mais verdadeiramente
decisivo da luta entre a Revolução e a Contra-Revolução se deslocou da
sociedade temporal para a espiritual, e passou a ser a Santa Igreja, na qual,
de um lado, progressistas, criptocomunistas e pró-comunistas, e de outro lado,
antiprogressistas e anticomunistas se confrontam <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn77" name="_ftnref77" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[77]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060412"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085429"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872369">C. Reações baseadas em “Revolução e
Contra-Revolução</a>”</h4>
<div class="MsoNormal">
À vista de tantas transformações, a eficácia de <i>Revolução e Contra-Revolução</i> ficou
anulada? - Pelo contrário.</div>
<div class="MsoNormal">
Em 1968, as TFPs até então existentes na América do Sul,
inspiradas na Parte II deste ensaio - “<i>A
Contra-Revolução</i>” - organizaram um conjunto de abaixo-assinados a Paulo VI,
pedindo providências contra a infiltração esquerdista no Clero e no laicato
católico da América do Sul.</div>
<div class="MsoNormal">
No seu total, esses abaixo-assinados alcançaram durante o
período de 58 dias, no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, 2.060.368
assinaturas. Foi, até aqui, ao que nos conste, o único abaixo-assinado de massa
que - sobre qualquer tema - tenha englobado filhos de quatro nações da América
do Sul. E em cada um dos países nos quais ele se realizou, foi - também ao que
nos conste - o maior abaixo-assinado da respectiva história <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn78" name="_ftnref78" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[78]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
A resposta de Paulo VI não foi apenas o silêncio e a inação. Foi também -
quanto nos dói dizê-lo - um conjunto de atos cujo efeito perdura até hoje, os
quais dotam de prestígio e de facilidade de ação a muitos propulsores do
esquerdismo católico.</div>
<div class="MsoNormal">
Diante desta maré montante da infiltração comunista na Santa
Igreja, as TFPs e entidades afins não desanimaram. E, em 1974, cada uma delas
publicou uma declaração <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn79" name="_ftnref79" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[79]</span></span><!--[endif]--></span></a>
na qual exprimiam a sua inconformidade com a <i>Ostpolitik</i> vaticana e seu propósito de “<i>resistir-lhe em face</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn80" name="_ftnref80" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[80]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Uma frase da declaração, relativa a Paulo VI, exprime o espírito do documento:
“<i>E de joelhos, fitando com veneração a
figura de S.S. o Papa Paulo VI, nós lhe manifestamos toda a nossa fidelidade.
Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa
vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não mandeis que cruzemos os braços
diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe</i>.”</div>
<div class="MsoNormal">
Não satisfeitas com esses lances, as TFPs e entidades afins
promoveram nos respectivos países, no decurso deste ano, nove edições do <i>best-seller</i> da TFP andina, <i>A Igreja do Silêncio no Chile - A TFP
proclama a verdade inteira </i><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn81" name="_ftnref81" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[81]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Em quase todos esses países, a respectiva edição foi
precedida de um prólogo descrevendo múltiplos e impressionantes fatos locais
consoantes com o que ocorrera no Chile.</div>
<div class="MsoNormal">
A acolhida desse grande esforço publicitário pode-se dizer
vitoriosa: ao todo foram impressos 56 mil exemplares, só na América do Sul,
onde, nos países mais populosos, a edição de um livro dessa natureza, quando
boa, costuma consistir em cinco mil exemplares.</div>
<div class="MsoNormal">
Na Espanha, foi efetuado um impressionante abaixo-assinado
de mais de mil sacerdotes seculares e regulares de todas as regiões do país
manifestando à Sociedade Cultural Covadonga seu decidido apoio ao corajoso
prólogo da edição espanhola.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060413"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085430"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872370">D. Utilidade da atuação das TFPs e entidades
afins, inspirada em “Revolução e Contra-Revolução”</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Que utilidade prática tem tido, neste campo específico da
batalha, a atividade contra-revolucionária das TFPs, inspirada em <i>Revolução e Contra-Revolução</i>?</div>
<div class="MsoNormal">
Denunciando à opinião católica o perigo da infiltração
comunista, elas lhe têm aberto os olhos para as urdiduras dos Pastores infiéis.
O resultado é que estes vão levando cada vez menos ovelhas nos caminhos da
perdição em que se embrenharam. É o que uma observação dos fatos, ainda que
sumária, permite constatar.</div>
<div class="MsoNormal">
Não é isto, só por si, uma vitória. Mas é uma preciosa e
indispensável condição para ela. As TFPs dão graças a Nossa Senhora por estarem
prestando, desta maneira, dentro do espírito e dos métodos da segunda parte de <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, o seu
contributo para a grande luta em que também outras forças sadias - uma ou outra
de grande envergadura e capacidade de ação - se encontram empenhadas.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060414"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085431"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872371">5. Balanço de vinte anos de III Revolução,
segundo os critérios de “Revolução e Contra-Revolução</a>”</h3>
<div class="MsoNormal">
Fica assim delineada a situação da <i>III Revolução</i> e da Contra-Revolução, como elas se apresentam pouco
antes do vigésimo aniversário da publicação do livro.</div>
<div class="MsoNormal">
De um lado, o apogeu da <i>III
Revolução</i> torna mais difícil do que nunca um êxito da Contra-Revolução a
breve prazo.</div>
<div class="MsoNormal">
De outro lado, a mesma alergia anti-socialista, que
constitui presentemente grave óbice para a vitória do comunismo, cria a médio
prazo, para a Contra-Revolução, condições acentuadamente propícias. Cabe aos
vários grupos contra-revolucionários esparsos pelo mundo a nobre
responsabilidade histórica de as aproveitar.</div>
<div class="MsoNormal">
As TFPs têm procurado realizar sua parte do esforço comum,
difundindo-se ao longo destes quase vinte anos pela América, com uma novel TFP
na França, suscitando uma dinâmica organização afim na Península Ibérica e
projetando seu nome e seus contatos em outros países do Velho Mundo, com vivos
anseios de colaboração voltados para todos os grupos contra-revolucionários que
nele pelejam.</div>
<div class="MsoNormal">
Vinte anos depois do lançamento de <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, as TFPs e entidades afins se acham
ombro a ombro com as organizações de primeira fila, na luta
contra-revolucionária.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060415"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085432"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872372">Capítulo III - A Quarta Revolução que nasce</a></h2>
<div class="MsoNormal">
O panorama que assim se apresenta não seria completo se
negligenciássemos uma transformação interna na <i>III Revolução</i>. É a <i>IV
Revolução</i> que dela vai nascendo.</div>
<div class="MsoNormal">
Nascendo, sim, à maneira de requinte matricida. Quando a <i>II Revolução</i> nasceu, requintou <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn82" name="_ftnref82" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[82]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
venceu e golpeou de morte a primeira. O mesmo ocorreu quando, por processo
análogo, a <i>III Revolução</i> brotou da
segunda. Tudo indica ter chegado agora para a <i>III Revolução</i> o momento, ao mesmo tempo pinacular e fatal, em que
ela gera a <i>IV Revolução</i>, e por esta
se expõe a ser morta.</div>
<div class="MsoNormal">
- No entrechoque entre a <i>III
Revolução</i> e a Contra-Revolução, haverá tempo para que o processo gerador da
<i>IV Revolução</i> se desenvolva por
inteiro? Esta última abrirá efetivamente uma etapa nova na história da
Revolução? Ou será simplesmente um fenômeno abortivo, que vai surgindo e
desaparecerá sem influência capital, no entrechoque entre a <i>III Revolução</i> e a Contra-Revolução? O
maior ou menor espaço a ser reservado para a <i>IV Revolução</i> nascente, nestas notas tão apressadas e sumárias,
estaria na dependência da resposta a essa pergunta. Resposta essa, aliás, que,
de modo cabal, só o futuro poderá dar.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao que é incerto, não convém tratar como se tivesse uma
importância certa. Consagremos aqui, pois, um espaço muito limitado ao que
parece ser a <i>IV Revolução</i>.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060416"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085433"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872373">1. A IV Revolução prevista pelos autores da
III Revolução</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Como é bem sabido, nem Marx, nem a generalidade de seus mais
notórios sequazes, tanto “ortodoxos”, como “heterodoxos”, viram na ditadura do
proletariado a etapa terminal do processo revolucionário. Esta não é, segundo
eles, senão o aspecto mais quintessenciado e dinâmico da Revolução universal.
E, na mitologia evolucionista inerente ao pensamento de Marx e de seus
seguidores, assim como a evolução se desenvolverá ao infinito no suceder dos
séculos, assim também a Revolução não terá termo. Da <i>I Revolução</i> já nasceram duas outras. A terceira, por sua vez,
gerará mais uma. E daí por diante...</div>
<div class="MsoNormal">
É impossível prever, dentro da perspectiva marxista, como
seria uma Revolução n.º XX ou n.º L. Não é impossível, entretanto, prever como será
a <i>IV Revolução</i>. Essa previsão, os
próprios marxistas já a fizeram.</div>
<div class="MsoNormal">
Ela deverá ser a derrocada da ditadura do proletariado em
conseqüência de uma nova crise, por força da qual o Estado hipertrofiado será
vítima de sua própria hipertrofia. E desaparecerá, dando origem a um estado de
coisas cientificista e cooperativista, no qual - dizem os comunistas - o homem
terá alcançado um grau de liberdade, de igualdade e de fraternidade até aqui
insuspeitável.</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060417"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085434"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872374">2. IV Revolução e tribalismo: uma
eventualidade</a></h3>
<div class="MsoNormal">
- Como? - É impossível não perguntar se a sociedade tribal
sonhada pelas atuais correntes estruturalistas dá uma resposta a esta
indagação. O estruturalismo vê na vida tribal uma síntese ilusória entre o auge
da liberdade individual e do coletivismo consentido, na qual este último acaba
por devorar a liberdade. Segundo tal coletivismo, os vários “eus” ou as pessoas
individuais, com sua inteligência, sua vontade e sua sensibilidade, e
conseqüentemente seus modos de ser, característicos e conflitantes, se fundem e
se dissolvem na personalidade coletiva da tribo geradora de um pensar, de um
querer, de um estilo de ser densamente comuns.</div>
<div class="MsoNormal">
Bem entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal
tem de passar pela extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade
individuais, gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberação e
sensibilidade cada vez mais coletivos. É, portanto, neste campo que
principalmente a transformação se deve dar.</div>
<div class="MsoNormal">
- De que forma? - Nas tribos, a coesão entre os membros é
assegurada sobretudo por um comum pensar e sentir, do qual decorrem hábitos
comuns e um comum querer. Nelas, a razão individual fica circunscrita a quase
nada, isto é, aos primeiros e mais elementares movimentos que seu estado
atrofiado lhe consente. “<i>Pensamento</i> <i>selvagem</i>” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn83" name="_ftnref83" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[83]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
pensamento que não pensa e se volta apenas para o concreto. Tal é o preço da
fusão coletivista tribal. Ao pajé incumbe manter, num plano místico, esta vida
psíquica coletiva, por meio de cultos totêmicos carregados de “mensagens” confusas,
mas “ricas” dos fogos fátuos ou até mesmo das fulgurações provenientes dos
misteriosos mundos da transpsicologia ou da parapsicologia. É pela aquisição
dessas “riquezas” que o homem compensaria a atrofia da razão.</div>
<div class="MsoNormal">
Da razão, sim, outrora hipertrofiada pelo livre exame, pelo
cartesianismo, etc., divinizada pela Revolução Francesa, utilizada até o mais
exacerbado abuso em toda escola de pensamento comunista, e agora, por fim,
atrofiada e feita escrava a serviço do totemismo transpsicológico e parapsicológico...</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060418"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085435"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872375">A. IV Revolução e o preternatural</a></h4>
<div class="MsoNormal">
“<i>Omnes dii gentium
dæmonia</i>”, diz a Escritura <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn84" name="_ftnref84" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[84]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Nesta perspectiva estruturalista, em que a magia é apresentada como forma de
conhecimento, até que ponto é dado ao católico divisar as fulgurações
enganosas, o cântico a um tempo sinistro e atraente, emoliente e delirante,
ateu e fetichisticamente crédulo com que, do fundo dos abismos em que
eternamente jaz, o príncipe das trevas atrai os homens que negaram Jesus Cristo
e sua Igreja?</div>
<div class="MsoNormal">
É uma pergunta sobre a qual podem e devem discutir os
teólogos. Digo os teólogos verdadeiros, ou seja, os poucos que ainda crêem na
existência do demônio e do inferno. Especialmente os poucos, dentre esses
poucos, que têm a coragem de enfrentar os escárnios e as perseguições
publicitárias, e de falar.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060419"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085436"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872376">B. Estruturalismo - Tendências pré-tribais</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Seja como for, na medida em que se veja no movimento
estruturalista uma figura - mais exata ou menos, mas em todo caso precursora -
da <i>IV Revolução</i>, determinados
fenômenos afins com ele, que se generalizaram nos últimos dez ou vinte anos
devem ser vistos, por sua vez, como preparatórios e propulsores do próprio
ímpeto estruturalista.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, a derrocada das tradições indumentárias do Ocidente,
corroídas cada vez mais pelo nudismo, tende obviamente para o aparecimento ou
consolidação de hábitos nos quais se tolerará, quando muito, a cintura de penas
de ave de certas tribos, alternada, onde o frio o exija, com coberturas mais ou
menos à maneira das usadas pelos lapões.</div>
<div class="MsoNormal">
O desaparecimento rápido das fórmulas de cortesia só pode
ter como ponto final a simplicidade absoluta (para empregar só esse
qualificativo) do trato tribal.</div>
<div class="MsoNormal">
A crescente ojeriza a tudo quanto é raciocinado, estruturado
e metodizado só pode conduzir, em seus últimos paroxismos, à perpétua e fantasiosa
vagabundagem da vida das selvas, alternada, também ela, com o desempenho
instintivo e quase mecânico de algumas atividades absolutamente indispensáveis
à vida.</div>
<div class="MsoNormal">
A aversão ao esforço intelectual, notadamente à abstração, à
teorização, ao pensamento doutrinário, só pode induzir, em última análise, a
uma hipertrofia dos sentidos e da imaginação, a essa “<i>civilização da imagem</i>” para a qual Paulo VI julgou dever advertir a
humanidade <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn85" name="_ftnref85" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[85]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
São sintomáticos também os idílicos elogios, sempre mais
freqüentes, a um tipo de “revolução cultural” geradora de uma futura sociedade
pós-industrial, ainda incompletamente esboçada, e da qual o comunismo chinês
seria - conforme por vezes é apresentado - um primeiro espécimen.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060420"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085437"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872377">C. Despretensioso contributo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Bem sabemos quanto são passíveis de objeções, em muitos de
seus aspectos, os quadros panorâmicos, por sua natureza vastos e sumários como
este.</div>
<div class="MsoNormal">
Necessariamente abreviado pelas delimitações de espaço do
presente capítulo, este quadro oferece seu despretensioso contributo para as
elucubrações dos espíritos dotados daquela ousada e peculiar finura de
observação e de análise que, em todas as épocas, proporciona a alguns homens
prever o dia de amanhã.</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060421"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085438"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872378">D. A oposição dos banais</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Os outros farão, a esse propósito, o que em todas as épocas
fizeram os espíritos banais e sem ousadia. Sorrirão e tacharão de impossíveis
tais transformações, porque são de molde a alterar seus hábitos mentais. Porque
elas aberram do bom senso, e aos homens banais o bom senso parece a única via
normal do acontecer histórico. Sorrirão incrédulos e otimistas ante essas
perspectivas, como Leão X sorriu a propósito da trivial “querela de frades”,
que foi só o que conseguiu discernir na <i>I</i>
<i>Revolução</i> nascente. Ou como o
feneloniano Luís XVI sorriu ante as primeiras efervescências da <i>II Revolução</i>, as quais se lhe
apresentavam em esplêndidos salões palacianos, embaladas por vezes ao som
argênteo do cravo. Ou então luzindo discretamente nos ambientes e nas cenas
bucólicas à maneira do “<i>Hameau</i>” de
sua esposa. Como sorriem, ainda hoje, otimistas, céticos, ante os manejos do
risonho comunismo pós-staliniano, ou as convulsões que prenunciam a <i>IV Revolução</i>, muitos representantes
altos, e até dos mais altos, da Igreja e da sociedade temporal no Ocidente.</div>
<div class="MsoNormal">
Se algum dia a <i>III</i>
ou a <i>IV Revolução</i> tomar conta da vida
temporal da humanidade, acolitada na esfera espiritual pelo progressismo
ecumênico, devê-lo-ão mais à incúria e colaboração destes risonhos e otimistas
profetas do “bom senso”, do que a toda a sanha das hostes e dos serviços de
propaganda revolucionários.</div>
<div class="MsoNormal">
Comentário <b>acrescentado
em 1992</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>A</i> <i>oposição dos “profetas do bom senso”<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872379">Profetas estes de um estranho gênero,
pois suas profecias consistem em afirmar invariavelmente que “nada acontecerá”.</a></div>
<div class="MsoNormal">
Essas várias formas
de otimismo acabarão por contrastar de tal maneira com os fatos que se seguiram
às anteriores edições de <i>Revolução e
Contra-Revolução</i> que, para sobreviver, os espíritos adeptos delas
refugiar-se-ão na esperança falaz e meramente hipotética de que os últimos
acontecimentos no Leste europeu determinarão o desaparecimento definitivo do
comunismo, e portanto do processo revolucionário do qual este era, até há
pouco, a ponta de lança. Sobre tais esperanças, ver os incisos acrescentados
nesta edição ao capítulo II desta III Parte.</div>
<div class="MsoNormal">
Continuação do <b>texto de 1976</b>:</div>
<h4>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060422"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085439">E. Tribalismo
eclesiástico - Pentecostalismo</a></h4>
<div class="MsoNormal">
Falemos da esfera espiritual. Bem entendido, também a ela a <i>IV</i> <i>Revolução</i>
quer reduzir ao tribalismo. E o modo de o fazer já se pode bem notar nas
correntes de teólogos e canonistas que visam transformar a nobre e óssea
rigidez da estrutura eclesiástica, como Nosso Senhor Jesus Cristo a instituiu e
vinte séculos de vida religiosa a modelaram magnificamente, num tecido
cartilaginoso, mole e amorfo, de dioceses e paróquias sem circunscrições
territoriais definidas, de grupos religiosos em que a firme autoridade canônica
vai sendo substituída gradualmente pelo ascendente dos “profetas” mais ou menos
pentecostalistas, congêneres, eles mesmos, dos pajés do estruturalo-tribalismo,
com cujas figuras acabarão por se confundir. Como também com a tribo-célula
estruturalista se confundirá, necessariamente, a paróquia ou a diocese
progressista-pentecostalista.</div>
<div class="MsoNormal">
Comentário <b>acrescentado
em 1992</b>:</div>
<div class="MsoNormal">
“<i>Desmonarquização</i>”
<i>das autoridades eclesiásticas</i></div>
<div class="MsoNormal">
Nesta perspectiva, que tem algo de histórico e de
conjectural, certas modificações de si alheias a esse processo poderiam ser
vistas como passos de transição entre o <i>status
quo</i> pré-conciliar e o extremo oposto aqui indicado. Por exemplo, a
tendência ao colegiado como modo de ser obrigatório de todo poder dentro da
Igreja e como expressão de certa “desmonarquização” da autoridade eclesiástica,
a qual <i>ipso facto</i> ficaria, em cada
grau, muito mais condicionada do que antes ao escalão imediatamente inferior.</div>
<div class="MsoNormal">
Tudo isto, levado às suas extremas conseqüências, poderia
tender à instauração estável e universal, dentro da Igreja, do sufrágio
popular, que em outros tempos foi por Ela adotado às vezes para preencher
certos cargos hierárquicos; e, num último lance, poderia chegar, no quadro
sonhado pelos tribalistas, a uma indefensável dependência de toda a Hierarquia
em relação ao laicato, suposto porta-voz necessário da vontade de Deus. “Da
vontade de Deus”, sim, que esse mesmo laicato tribalista conheceria através das
revelações “místicas” de algum bruxo, guru pentecostalista ou feiticeiro; de
modo que, obedecendo ao laicato, a Hierarquia supostamente cumpriria sua missão
de obedecer à vontade do próprio Deus.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Continuação do <b>texto
de 1976</b>:</div>
<h3>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060423"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085440"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872380">3. Dever dos contra-revolucionários ante a
IV Revolução nascente</a></h3>
<div class="MsoNormal">
Quando incontáveis fatos se apresentam suscetíveis de serem
alinhados de maneira a sugerir hipóteses como a do nascimento da <i>IV Revolução</i>, o que resta ao
contra-revolucionário fazer?</div>
<div class="MsoNormal">
Na perspectiva de <i>Revolução
e Contra-Revolução</i>, toca-lhe, antes de tudo, acentuar a preponderante
importância que no processo gerador desta <i>IV
Revolução</i>, e no mundo dela nascido, cabe à Revolução nas tendências <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn86" name="_ftnref86" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[86]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
E preparar-se para lutar, não só no intuito de alertar os homens contra esta
preponderância das tendências - fundamentalmente subversiva da boa ordem humana
- que assim se vai incrementando, como a usar, no plano tendencial, de todos os
recursos legítimos e cabíveis para combater essa mesma Revolução nas
tendências. Cabe-lhe também observar, analisar e prever os novos passos do
processo, para ir opondo, tão cedo quanto possível, todos os obstáculos contra
a suprema forma de Revolução tendencial, como de guerra psicológica
revolucionária, que é a <i>IV Revolução</i>
nascente.</div>
<div class="MsoNormal">
Se a <i>IV Revolução</i>
tiver tempo para se desenvolver antes que a <i>III
Revolução</i> tente sua grande aventura, talvez a luta contra ela exija a
elaboração de um novo capítulo de <i>Revolução
e Contra-Revolução</i>. E talvez esse capítulo ocupe por si só um volume igual
ao aqui consagrado às três revoluções anteriores.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, é próprio aos processos de decadência complicar
tudo, quase ao infinito. E por isso cada etapa da Revolução é mais complicada
que a anterior, obrigando a Contra-Revolução a esforços paralelamente mais
pormenorizados e complexos.</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Nessas perspectivas sobre a Revolução e a Contra-Revolução,
e sobre o futuro do trabalho que cumpre levar a cabo em função de uma e de
outra, encerramos as presentes considerações.</div>
<div class="MsoNormal">
Incertos, como todo o mundo, sobre o dia de amanhã, erguemos
em atitude de prece os nossos olhos até o trono excelso de Maria, Rainha do
Universo. E ao mesmo tempo nos sobem aos lábios, adaptadas a Ela, as palavras
do Salmista dirigidas ao Senhor:</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES-CL">“<i>Ad te levavi oculos meos, qui habitas in
Caelis. </i></span><i><span lang="IT">Ecce sicut oculi servorum in manibus dominorum
suorum. Sicut oculi ancillae in manibus dominae suae; ita oculi nostri ad
Dominam Matrem nostram donec misereatur nostri</span></i><span lang="IT">” </span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn87" name="_ftnref87" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[87]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Sim, voltamos nossos olhos para a Senhora de Fátima,
pedindo-Lhe quanto antes a contrição que nos obtenha os grandes perdões, a
força para travarmos os grandes combates, e a abnegação para sermos
desprendidos nas grandes vitórias que trarão consigo a implantação do Reino
d'Ela. Vitórias estas que desejamos de todo coração, ainda que, para chegar até
elas, a Igreja e o gênero humano tenham de passar pelos castigos apocalípticos
- mas quão justiceiros, regeneradores e misericordiosos - por Ela previstos em
1917 na Cova da Iria.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060424"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085441"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872381">Conclusão </a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn88" name="_ftnref88" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[88]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></h2>
<div class="MsoNormal">
Interrompemos a parte final de <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, edição brasileira de 1959, para
atualizar, nas páginas que precedem, o texto original</div>
<div class="MsoNormal">
Isto feito, perguntamo-nos se a pequena Conclusão do texto
original de 1959 e das edições posteriores ainda merece ser mantida, ou se
comporta, pelo menos, alguma modificação. Relemo-la com cuidado. E chegamos à
persuasão de que não há motivo para não mantê-la, bem como não há razão para
alterá-la no que quer que seja.</div>
<div class="MsoNormal">
Dizemos, hoje, como dissemos então:</div>
<div class="MsoNormal">
Na realidade, por tudo quanto aqui se disse, para uma
mentalidade posta na lógica dos princípios contra-revolucionários, o quadro de
nossos dias é muito claro. Estamos nos lances supremos de uma luta, que
chamaríamos de morte se um dos contendores não fosse imortal, entre a Igreja e
a Revolução. Filhos da Igreja, lutadores nas lides da Contra-Revolução, natural
é que, ao cabo deste trabalho, o consagremos filialmente a Nossa Senhora.</div>
<div class="MsoNormal">
A primeira, a grande, a eterna revolucionária, inspiradora e
fautora suprema desta Revolução, como das que a precederam e lhe sucederem, é a
Serpente, cuja cabeça foi esmagada pela Virgem Imaculada. Maria é, pois, a
Padroeira de quantos lutam contra a Revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
A mediação universal e onipotente da Mãe de Deus é a maior
razão de esperança dos contra-revolucionários. E em Fátima Ela já lhes deu a
certeza da vitória, quando anunciou que, ainda mesmo depois de um eventual
surto do comunismo no mundo inteiro, “por fim seu Imaculado Coração triunfará”.</div>
<div class="MsoNormal">
Aceite a Virgem, pois, esta homenagem filial, tributo de
amor e expressão de confiança absoluta em seu triunfo.</div>
<div class="MsoNormal">
Não quereríamos dar por encerrado o presente artigo, sem um
preito de filial devotamento e obediência irrestrita ao “doce Cristo na terra”,
coluna e fundamento infalível da Verdade, Sua Santidade o Papa João XXIII.</div>
<div class="MsoNormal">
“<i>Ubi Ecclesia ibi
Christus, ubi Petrus ibi Ecclesia</i>”.</div>
<div class="MsoNormal">
É pois para o Santo Padre que se volta todo o nosso amor,
todo o nosso entusiasmo, toda a nossa dedicação. É com estes sentimentos, que
animam todas as páginas de “Catolicismo” desde sua fundação, que nos
abalançamos também a publicar este trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre cada uma das teses que o constituem, não temos em
nosso coração a menor dúvida. Sujeitamo-las todas, porém, irrestritamente ao
juízo do Vigário de Jesus Cristo, dispostos a renunciar de pronto a qualquer
delas, desde que se distancie, ainda que de leve, do ensinamento da Santa
Igreja, nossa Mãe, Arca da Salvação e Porta do Céu.</div>
<h2>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc143060425"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc134085442"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Toc43872382">Posfácio de 1992</a></h2>
<div class="MsoNormal">
Com as palavras anteriores concluí as várias edições de <i>Revolução e Contra-Revolução</i> publicadas
desde 1976. Ao ler essas palavras, quem tem em mãos a presente edição,
aparecida em 1992, se perguntará necessariamente em que pé se encontra hoje o
processo revolucionário. Vive ainda a <i>III
Revolução</i>? Ou a queda do império soviético permite afirmar que a <i>IV Revolução</i> já está em vias de irromper
no mais profundo da realidade política do Leste europeu, ou mesmo que já
venceu?</div>
<div class="MsoNormal">
É necessário distinguir. Nos presentes dias, as correntes
que propugnam a implantação da <i>IV
Revolução</i> se estenderam – em formas embora diversas – ao mundo inteiro, e
manifestam, mais ou menos por todas as partes, uma sensível tendência a
avolumar-se.</div>
<div class="MsoNormal">
Nesse sentido, a <i>IV
Revolução</i> vai num <i>crescendo</i>
promissor para os que a desejam, e ameaçador para os que se batem contra ela.
Mas haveria evidente exagero em dizer que a ordem de coisas atualmente
existente na ex-URSS já é totalmente modelada segundo a <i>IV Revolução</i> e que ali nada mais resta da <i>III Revolução</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
A <i>IV Revolução</i>, se
bem que inclua também o aspecto político, é uma Revolução que a si mesma se
qualifica de “cultural”, ou seja, que abarca <i>grosso modo</i> todos os aspectos do existir humano. Assim, os
entrechoques políticos que venham a surgir entre as nações que compunham a URSS
poderão condicionar fortemente a <i>IV
Revolução</i>, mas é difícil que os mesmos se imponham de modo dominante aos
acontecimentos, isto é, a todo o conjunto de atos humanos que a “revolução
cultural” comporta.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas, e a opinião pública dos países que até ontem eram
soviéticos (e que em bom número ainda são governados por antigos comunistas)?
Não tem ela algo a dizer sobre isto, já que representou, segundo <i>Revolução e Contra-Revolução</i>, um papel
tão grande nas Revoluções anteriores?</div>
<div class="MsoNormal">
A resposta a essa pergunta se dá por meio de outras: Há
verdadeiramente opinião pública naqueles países? Pode ela ser engajada num processo
revolucionário sistemático? Em caso negativo, qual é o plano dos mais altos
dirigentes nacionais e internacionais do comunismo acerca do rumo que se deve
dar a essa opinião?</div>
<div class="MsoNormal">
É difícil responder a todas essas perguntas, dado que neste
momento a opinião pública daquilo que foi o mundo soviético se apresenta
evidentemente átona, amorfa, imobilizada sob o peso de 70 anos de ditadura
total, na qual cada indivíduo temia, em muitos ambientes, enunciar sua opinião
religiosa ou política a seu parente mais próximo ou a seu mais íntimo amigo,
porque uma provável delação – velada ou ostensiva, verídica ou caluniosa –
poderia lançá-lo em trabalhos forçados sem fim, nas geladas estepes da Sibéria.
Entretanto, em qualquer caso, é necessário responder a essas perguntas antes de
elaborar prognósticos sobre o curso dos acontecimentos no que foi o mundo
soviético.</div>
<div class="MsoNormal">
Soma-se a isso que os meios internacionais de comunicação
continuam a referir-se, como já disse, à eventual migração de hordas famintas,
semicivilizadas (o que eqüivale a dizer semibárbaras) aos bem abastecidos
países europeus, que vivem no regime consumista ocidental.</div>
<div class="MsoNormal">
Pobre gente, cheia de fome e vazia de idéias, que então
entraria em choque com o mundo livre, sem compreendê-lo – mundo este que, em
certos aspectos, poderia ser qualificado de super-civilizado e, em outros, de
gangrenado!</div>
<div class="MsoNormal">
O que resultaria desse entrechoque, quer na Europa invadida,
quer, por reflexo, no antigo mundo soviético? Uma Revolução autogestionária,
cooperativista, estruturalo-tribalista<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn89" name="_ftnref89" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[89]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
ou, diretamente, um mundo de anarquia total, de caos e de horror, que não
vacilaríamos em qualificar de <i>V Revolução</i>?</div>
<div class="MsoNormal">
No momento em que esta edição vem a lume é manifestamente
prematuro responder a tais perguntas. Mas o futuro se nos depara tão carregado
de imprevistos que amanhã talvez já seja demasiadamente tarde para fazê-lo.
Pois, qual seria a utilidade dos livros, dos pensadores, do que, enfim, reste
de civilização, em um mundo tribal no qual estivessem desatados todos os
furacões das paixões humanas desordenadas e todos os delírios dos “misticismos”
estruturalo-tribalistas? Trágica situação essa, na qual ninguém seria alguma
coisa, sob o império do Nada...</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Gorbachev continua em Moscou. E lá permanecerá, pelo menos
enquanto não se decida a aceitar os convites altamente promocionais que se
açodaram a lhe fazer, pouco depois de sua queda, os reitores das prestigiosas
Universidades de Harvard, Stanford e Boston <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn90" name="_ftnref90" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[90]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Isto, se ele não preferir aceitar a hospedagem régia que lhe ofereceu Juan
Carlos I, Rei da Espanha, no célebre palácio de Lanzarote, nas Ilhas Canárias<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn91" name="_ftnref91" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[91]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
ou a cátedra a que fora convidado pelo famoso Collège de France <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn92" name="_ftnref92" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[92]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Ante tais alternativas, o ex-líder comunista, derrotado no
Oriente, parece só ter o embaraço de escolha entre os convites mais lisonjeiros
no Ocidente. Até o momento, ele apenas se decidiu por escrever uma série de
artigos para uma cadeia de vários jornais do mundo capitalista, mundo este em
cujas altas esferas continua a encontrar um apoio tão fervoroso quanto
inexplicável. E a fazer uma viagem aos Estados Unidos, cercado de grande
aparato publicitário, a fim de conseguir fundos para a chamada Fundação
Gorbachev.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim, enquanto Gorbachev está na penumbra em sua própria
pátria – e, mesmo no Ocidente, vem tendo seu papel seriamente questionado -,
magnatas do ocidente se empenham de diversos modos em manter as luzes de uma
lisonjeira publicidade assestadas sobre o homem da <i>perestroika</i>, o qual, entretanto, durante toda a sua carreira
política insistiu em dizer que essa reforma por ele proposta não é o oposto do
comunismo, mas um requinte deste <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn93" name="_ftnref93" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[93]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal">
Quanto à frouxa federação soviética que agonizava quando
Gorbachev foi precipitado do Poder, acabou por se transformar em uma quase
imaginária “Comunidade de Estados Independentes”, entre cujos componentes se
vêm acendendo sérias fricções, as quais causam preocupação a homens públicos e
a analistas políticos. Tanto mais quanto várias dessas repúblicas ou
republiquetas possuem armamentos atômicos que podem disparar, umas contra as
outras (ou contra os adversários do Islã, cuja influência no mundo ex-soviético
cresce dia a dia), com vivas apreensões para os que se preocupam com o
equilíbrio planetário.</div>
<div class="MsoNormal">
Os efeitos dessas eventuais agressões atômicas podem ser
múltiplos. Entre eles, principalmente, o êxodo de populações contidas outrora
pelo que foi a cortina de ferro, e que, premidas pelos rigores de um inverno
habitualmente inclemente e pelos riscos de catástrofes imensas, podem sentir
redobrados impulsos para “pedir” a hospitalidade da Europa Ocidental. E não só
dela, mas também de nações do continente americano...</div>
<div class="MsoNormal">
Em abono dessas perspectivas, no Brasil, o sr. Leonel
Brizola, governador do Estado do Rio de Janeiro, com aplauso do ministro da
Agricultura do Brasil, propôs atrair lavradores do Leste europeu, dentro dos
programas oficiais de Reforma Agrária <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn94" name="_ftnref94" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[94]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Em seguida, o presidente da Argentina, Carlos Menem, em contatos com a
Comunidade Econômica Européia, manifestou-se disposto a que seu país acolha
muitos milhares desses imigrantes <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn95" name="_ftnref95" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[95]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
E, pouco depois, a titular da Chancelaria colombiana, sra. Nohemí Sanín, disse
que o governo de seu país estuda a admissão de técnicos provenientes do Leste <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftn96" name="_ftnref96" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[96]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Até estes extremos podem chegar os vagalhões das invasões.</div>
<div class="MsoNormal">
E o comunismo? O que é feito dele? A forte impressão de que
ele morrera apoderou-se da maior parte da opinião pública do Ocidente,
deslumbrada ante a perspectiva de uma paz universal de duração indeterminada.
Ou quiçá de uma duração perene, com o conseqüente desaparecimento do terrível
fantasma da hecatombe nuclear mundial.</div>
<div class="MsoNormal">
Esta “lua de mel” do Ocidente com seu suposto paraíso de
desanuviamento e de paz, vem refulgindo gradualmente menos.</div>
<div class="MsoNormal">
Com efeito, referimo-nos pouco atrás às agressões de toda
ordem que relampagueiam nos territórios da finada URSS. Cabe-nos, pois,
perguntar se o comunismo morreu. De início, as vozes que punham em dúvida a
autenticidade da morte do comunismo foram raras, isoladas e escassas em
fundamentação.</div>
<div class="MsoNormal">
Aos poucos, de cá e de lá, sombras foram aparecendo no
horizonte. Em nações da Europa Central e dos Bálcãs, como do próprio território
da ex-URSS, foi-se notando que os novos detentores do Poder eram figuras de
destaque do próprio Partido Comunista local. Exceto na Alemanha Oriental, a
caminhada para a privatização na maioria das vezes se vem fazendo muito mais na
aparência do que na realidade, isto é, a passos de cágado, lentos e sem rumo
inteiramente definido.</div>
<div class="MsoNormal">
Ou seja, pode-se dizer que nesses países o comunismo morreu?
Ou que ele entrou simplesmente num complicado processo de metamorfose? Dúvidas
a este respeito se vêm avolumando, enquanto os últimos ecos da alegria
universal pela suposta queda do comunismo se vêm apagando discretamente.</div>
<div class="MsoNormal">
Quanto aos partidos comunistas das nações do Ocidente,
murcharam de modo óbvio, ao estampido das primeiras derrocadas na URSS. Mas já
hoje vários deles começam a se reorganizar com rótulos novos. Esta mudança de
rótulo é uma ressurreição? Uma metamorfose? Inclino-me de preferência por esta
última hipótese. Certezas, só o futuro as poderá dar.</div>
<div class="MsoNormal">
Esta atualização do quadro geral em função do qual o mundo
vai tomando posição, pareceu-me indispensável como tentativa de pôr um pouco de
clareza e de ordem num horizonte em cujos quadrantes o que cresce
principalmente é o caos. Qual é o rumo espontâneo do caos senão uma
indecifrável acentuação de si próprio?</div>
<div class="asterisco">
* * *</div>
<div class="MsoNormal">
Em meio a esse caos, só algo não variará. É, em meu coração
e em meus lábios, como no de todos os que vêem e pensam comigo, a oração
transcrita ao final da Parte III: “<i>Ad te
levavi oculos meos, qui habitas in coelis. Ecce sicut oculi servorum in manibus
dominorum suorum, sicut oculi ancilae in manibus dominae suae; ita oculi nostri
ad Dominam Matrem nostram donec misereatur nostri</i>”. É a afirmação da
invariável confiança da alma católica, genuflexa, mas firme, em meio à
convulsão geral.</div>
<div class="MsoNormal">
Firme com toda a firmeza dos que, em meio da borrasca, e com
uma força de alma maior do que esta, continuarem a afirmar do mais fundo do
coração: “<i>Credo in Unam, Sanctam,
Catholicam et Apostolicam Ecclesiam</i>”, ou seja, Creio na Igreja Católica,
Apostólica, Romana, contra a qual, segundo a promessa feita a Pedro, as portas
do inferno não prevalecerão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cópia da edição abaixo:</div>
<div class="MsoNormal">
Revolução e Contra-Revolução</div>
<div class="MsoNormal">
4ª edição em português</div>
<div class="MsoNormal">
Artpress – São Paulo – 1998</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Esta Introdução foi publicada no n<sup>o</sup> 100 de
“Catolicismo”, abril de 1959.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[2]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> cfr. Leão XIII, Encíclica “</span><span lang="FR">Parvenus à la
Vingt-Cinquième Année</span><span lang="FR">”, de
19-III-1902 – “Bonne Presse”, Paris, vol. </span>VI, p. 279).</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[3]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Carta Pastoral sobre os Problemas do Apostolado
Moderno - Boa Imprensa Ltda., Campos, 1953, 2ª. edição.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[4]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Alocução à União dos Homens da A. C. Italiana,
de 12-X-1952 – “Discorsi e Radiomessaggi”,
vol. <span lang="FR">XIV, p. 359.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[5]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Cfr. Sainte-Beuve, “</span><span lang="FR">Études des lundis - XVIIème
siècle - Saint François de Sales</span><span lang="FR">”, Librairie Garnier, Paris, 1928, p. 364.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[6]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Encíclica “</span><span lang="FR">Au Milieu des Solicitudes</span><span lang="FR">”, de 16-II-1892, Bonne Presse, Paris,
vol. III, p. 116.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[7]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> A.A.S., vol. II, p. 618.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[8]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Alocução ao Consistório, de 17-VI-1793, “</span><span lang="FR">Les Enseignements
Pontificaux - La paix intérieure des Nations - par les moines de Solesmes</span><span lang="FR">”, Desclée & Cie., p. 8.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[9]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Alocução ao Patriciado e à Nobreza Romana,
de 16-I-1946, Discorsi e Radiomessaggi,
vol. <span lang="FR">VII, p. 340.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[10]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Cfr. Parte I - Cap. III, 3.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[11]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Op. cit., Librairie Plon, Paris, 1914,
vol. II, p. 375.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[12]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Cfr. Leão XIII, Encíclica “</span><span lang="FR">Quod Apostolici Muneris</span><span lang="FR">”, de 28-XII-1878, Bonne Presse, Paris,
vol. I, p. 28.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[13]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Cfr. Parte I, cap. </span>IV. </div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[14]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. nº 1, C, supra.</div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[15]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte II, Cap. VIII, 2.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[16]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I, cap. </span>IX.</div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[17]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Carta ao Presidente e membros do Círculo Santo Ambrósio, de Milão, de
6-III-1873, apud I Papi e la Gioventù,
Editrice A.V.E., Roma, 1944, p. 36.</div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[18]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Bonne Presse, Paris, vol. I, pp. 242 a 276.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[19]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Encíclica “Immortale Dei”, de
1º-XI-1885, Bonne Presse, Paris, vol. II, p. 39.</div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[20]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Radiomensagem de 28-XII-1958, à População de Messina, no 50º aniversário
do terremoto que destruiu essa cidade - in “L'Osservatore
Romano”, edição hebdomadária em língua francesa, de 23-I-1959.</div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[21]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Bonne Presse, Paris, vol. III, pp. 112 a
122.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[22]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Santo Tomás, De Regimine Principum,
I, 14 e 15.</div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[23]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. </span><span lang="IT">Concílio Vaticano I</span><span lang="IT">, sess. </span>III, cap. 2 - D. 1786.</div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[24]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Concílio de Trento, sess. <span lang="IT">VI, cap. 2 - D. 812.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref25" name="_ftn25" title=""></a> <span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[25]</span></b></span><!--[endif]--></span><span lang="IT"> Encíclica </span><span lang="IT">Il Fermo Proposito</span><span lang="IT">, de 11-VI-1905 – Bonne Presse, Paris,
vol. </span>II, p. 92.</div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[26]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. 1 Jo. 2, 16.</div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[27]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Item “m” infra.</div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[28]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. São Pio X, Carta Apostólica Notre Charge
Apostolique, de 25-VIII-1910 - A. A. S., vol. II, pp. 615 a 619.</div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[29]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Pio XII, Radiomensagem de Natal de 1944
– Discorsi e Radiomessaggi, vol. VI, p.
239.</div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[30]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Parte I - Cap. XI, 3.</div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[31]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Contra os Gentios, II, 45; Suma Teológica, I, q. 47, a. 2.</div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[32]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Suma Teológica, I, q. 50, a. 4.</div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[33]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. op. cit., I, q. 96, a. 3 e 4.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[34]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Pio XII, </span><span lang="IT">Radiomensagem de Natal de 1944</span><span lang="IT"> – </span><span lang="IT">Discorsi e Radiomessaggi</span><span lang="IT">, vol. VI, p. 239.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[35]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Rom. 7,23.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[36]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Rom. 7,25.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[37]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. item “A”, supra.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[38]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. VII, 2, D.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[39]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Donoso Cortés, in Ensayo sobre el Catolicismo,
el Liberalismo y el Socialismo – Obras
completas, B. A. C., Madrid, 1946, tomo II, p. 377 - dá um importante
desenvolvimento dessa verdade, o qual muito se relaciona com o presente
trabalho.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[40]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. VI, 5, A.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[41]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Mt. 12,20.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[42]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. </span><span lang="IT">Radiomensagem de Natal </span><span lang="IT">de 1957 – </span><span lang="IT">Discorsi e Radiomessaggi</span><span lang="IT">, vol. XIX, p. 670.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[43]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Parte I - Cap. IX.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[44]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Ecle. 4,10.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[45]</span></b></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="IT">Oeuvres Complètes</span><span lang="IT">, P. Lethielleux Librairie-Editeur, Paris, vol. XXXIII, p. 349.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[46]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Mt. 13,52. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[47]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte II - Cap. VIII, 3, B.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[48]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. </span>VI, 4.</div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[49]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Carta ao Conde Medolago Albani, Presidente
da União Econômico-Social, da Itália, datada de 22-XI-1909, Bonne Presse,
Paris, vol. V, p. 76.</div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[50]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Encíclica Jucunda Sane, de 12-III-1904,
Bonne Presse, Paris, vol. I, p. 158.</div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[51]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Doc. cit., ibid.</div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[52]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Lc. 15, 16 a 19.</div>
</div>
<div id="ftn53">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref53" name="_ftn53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[53]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Mt. 12, 20.</div>
</div>
<div id="ftn54">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref54" name="_ftn54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[54]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. VII, 3.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn55">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref55" name="_ftn55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[55]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Filip. 4, 13.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn56">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref56" name="_ftn56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[56]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. especialmente Parte I - Cap. VII, 2.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn57">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref57" name="_ftn57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[57]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte II - Cap. XII, 7.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn58">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref58" name="_ftn58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[58]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Leão XIII, Encíclica </span><span lang="IT">Graves de Communi</span><span lang="IT">, de 18-I-1901, Bonne Presse, Paris, vol.
VI, p. 212.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn59">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref59" name="_ftn59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[59]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Mt. 5, 13.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn60">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref60" name="_ftn60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[60]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. VII, 3, A, k.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn61">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref61" name="_ftn61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[61]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. parte I - Cap. XII.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn62">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref62" name="_ftn62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[62]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cícero, Familiares, 12, 25, 5.</div>
</div>
<div id="ftn63">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref63" name="_ftn63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[63]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Exortação aos fiéis de Roma, de
10-II-1952 – Discorsi e Radio-messaggi,
vol. XIII, p. 471.</div>
</div>
<div id="ftn64">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref64" name="_ftn64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[64]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
cfr. n<sup>o</sup> 5, supra.</div>
</div>
<div id="ftn65">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref65" name="_ftn65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[65]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Encíclica Singulari Quadam, de
24-IX-1912, Bonne Presse, Paris, vol. VII, p. 275.</div>
</div>
<div id="ftn66">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref66" name="_ftn66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[66]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span class="MsoFootnoteReference"> NOTA DA EDITOR</span>A<span class="MsoFootnoteReference"> - Em 1976, foi solicitado ao Autor que redigi</span>sse
um prólogo para a 3<sup>ª<span class="MsoFootnoteReference"> edição italiana desta
obra. </span></sup>Ele, p<span class="MsoFootnoteReference">orém, julgou mais
oportuno apresentar ao público uma análise da evolução do processo
revolucionário naqueles quase vinte anos decorridos desde a primeira edição. E
acrescentou então uma terceira parte ao seu livro, a qual veio a lume, em primeira
mão, no Brasil, no mens</span>ário<span class="MsoFootnoteReference">
"Catolicismo", em janeiro de 1977. </span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="MsoFootnoteReference">Em 1992, após a queda
da cortina de ferro,</span> o Autor<span class="MsoFootnoteReference"> atualizou
es</span>t<span class="MsoFootnoteReference">a </span>parte 3<sup>ª</sup> <span class="MsoFootnoteReference">com alguns comentários</span> à margem, os quais
publicamos com a apresentação gráfica diferente<span class="MsoFootnoteReference">.</span></div>
</div>
<div id="ftn67">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref67" name="_ftn67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[67]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Revolução e Contra-Revolução foi
editado em sete línguas e em treze países, com tiragem total de mais de 125.000
exemplares.</div>
</div>
<div id="ftn68">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref68" name="_ftn68" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[68]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Ver o livro Um homem, uma
obra, uma gesta - Homenagem das TFPs a Plinio Corrêa de Oliveira,
Edições Brasil de Amanhã, São Paulo, 1989, que inclui amplos dados históricos a
cerca da TFP brasileira e das TFPs ou Bureaux-TFP existentes em 22 países, nos
cinco continentes.</div>
</div>
<div id="ftn69">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref69" name="_ftn69" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[69]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: A respeito do combate às formas de socialismo mais
recentemente difundidas, merece especial destaque a Mensagem do Prof. Plinio
Corrêa de Oliveira, <b><a href="http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1981%20-%20O%20socialismo%20autogestionario%20frances.doc">O
socialismo autogestionário - em vista do comunismo: barreira ou cabeça-de-ponte<i>?</i></a></b>, amplissimamente
divulgada em 1982 (publicada em 50 grandes jornais e revistas do Ocidente, com
um total de mais de 33 milhões de exemplares).</div>
</div>
<div id="ftn70">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref70" name="_ftn70" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[70]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Revolução e Contra-Revolução teve também expressiva difusão na
Austrália, na África do Sul, nas Filipinas e na Nova Zelândia.</div>
</div>
<div id="ftn71">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref71" name="_ftn71" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[71]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Introdução e Parte I - Cap. III, 5, A-D.</div>
</div>
<div id="ftn72">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref72" name="_ftn72" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[72]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Falamos na infiltração do comunismo nas várias igrejas. É indispensável
registrar que tal infiltração constitui um perigo supremo para o mundo,
especificamente enquanto levada a cabo na Santa Igreja Católica, Apostólica,
Romana. Pois esta não é apenas uma espécie no gênero "igrejas". É a
única Igreja viva e verdadeira do Deus vivo e verdadeiro, a única Esposa
mística de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual não está para as outras igrejas
como um brilhante maior e mais rútilo em relação a brilhantes menores e menos
rútilos. Mas como o único brilhante verdadeiro em relação a “congêneres” feitos
de vidro...</div>
</div>
<div id="ftn73">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref73" name="_ftn73" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[73]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Sob o título <b><a href="http://www.pliniocorreadeoliveira.info/1990-02-14%20-%20Comunismo%20e%20anticomunismo%20na%20orla.asp">Comunismo
e anticomunismo na orla da última<i> </i>década
deste milênio</a></b>, foi lançada, a partir de fevereiro de 1990, firme
interpelação do Autor aos líderes comunistas russos e ocidentais, a propósito
da perestroika. Publicada em 21 jornais
de oitos países, alcançou grande repercussão, especialmente na Itália (Cfr.
“Catolicismo” de março/90).</div>
</div>
<div id="ftn74">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref74" name="_ftn74" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[74]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Essa tão vasta saturação anti-socialista na Europa Ocidental, se bem que seja
fundamentalmente um revigoramento do centro e não da direita, tem um alcance
indiscutível na luta entre a Revolução e a Contra-Revolução. Pois na medida em
que o socialismo europeu sinta que vai perdendo as suas bases, seus chefes
terão de ostentar distanciamento e até desconfiança em relação ao comunismo.
Por sua vez, as correntes centristas, para não se confundirem, perante os seus
próprios eleitorados, com os socialistas, terão que manifestar uma posição
anticomunista ainda mais acentuada que a destes últimos. E as alas direitas dos
partidos centristas terão de se declarar até militantemente anti-socialistas.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
Em outros
termos, passar-se-á com as correntes esquerdistas e centristas favoráveis à
colaboração com o comunismo o mesmo que ocorre com um trem quando a locomotiva
é freada de modo brusco. O vagão imediatamente seguinte a esta recebe o choque
e é projetado em direção oposta ao rumo que vinha seguindo. E, por sua vez,
esse primeiro vagão comunica o choque, com análogo efeito, ao segundo vagão. E
assim por diante até o fim do comboio.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
- A presente
acentuação da alergia anti-socialista será apenas a primeira manifestação de um
fenômeno profundo, chamado a depauperar duravelmente o processo revolucionário?
Ou será um simples espasmo ambíguo e passageiro do bom senso, dentro do caos
contemporâneo? - É o que os fatos até aqui ocorridos não nos permitem ainda
dizer.</div>
</div>
<div id="ftn75">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref75" name="_ftn75" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[75]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Sermão de Paulo VI, de 29/6/1972.</div>
</div>
<div id="ftn76">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref76" name="_ftn76" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[76]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Alocução de Paulo VI ao Seminário
Lombardo, em 7/12/1968.</div>
</div>
<div id="ftn77">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref77" name="_ftn77" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[77]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Desde os anos 30, com o grupo que mais tarde fundou a TFP brasileira,
empregamos o melhor de nosso tempo e de nossas possibilidades de ação e de
luta, nas batalhas precursoras do grande prélio interior da Igreja. O primeiro
lance de envergadura nessa luta foi a publicação do livro <b><a href="http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros.asp">Em Defesa da Ação
Católica</a></b> (Editora Ave Maria, São Paulo, 1943), que denunciava o
ressurgimento dos erros modernistas incubados na Ação Católica do Brasil. Cabe
mencionar também nosso posterior estudo <b><a href="http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros.asp">A Igreja ante a
escalada da ameaça comunista - Apelo aos Bispos silenciosos</a></b>
(Editora Vera Cruz, São Paulo, 1976).</div>
<div class="MsoFootnoteText">
Hoje,
decorridos mais de quarenta anos, a luta está no seu clímax, e deixa prever
desdobramentos de amplitude e intensidade difíceis de medir. Nesta luta
sentimos com alegria a presença, nos quadros da TFP e entidades afins, de
tantos novos irmãos de ideal, em mais de vinte países, nos cinco continentes.
Também no campo de batalha é legítimo que os soldados do bem se digam uns aos
outros: “Quam bonum et quam jucundum habitare
fratres in unum” - Quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união
(Sl. 132, 1).</div>
</div>
<div id="ftn78">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref78" name="_ftn78" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[78]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Posteriormente, em 1990, as TFPs então existentes, reunidas, levaram a cabo o maior
abaixo-assinado da História, pela libertação da Lituânia, então sob jugo
soviético, obtendo a impressionante cifra de 5.212.580 assinaturas.</div>
</div>
<div id="ftn79">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref79" name="_ftn79" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[79]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Sob o título <b><a href="http://www.pliniocorreadeoliveira.info/MAN%20-%201974-04-08_Resistencia.htm">“A política de distensão do Vaticano com os governos
comunistas - Para a TFP: omitir-se? ou resistir?</a></b>, essa
declaração - verdadeiro manifesto - foi publicada a partir de abril de 1974,
sucessivamente em 57 jornais de onze países.</div>
</div>
<div id="ftn80">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref80" name="_ftn80" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[80]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Gal. 2, 11.</div>
</div>
<div id="ftn81">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref81" name="_ftn81" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[81]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Esta obra, monumental por sua documentação, por sua argumentação e pelas teses
que defende, teve uma precursora, e verdadeiramente épica, antes ainda da
instalação do comunismo no Chile.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
Trata-se do
livro de Fábio Vidigal Xavier da Silveira, “Frei,
o Kerensky chileno”, que denunciou a colaboração decisiva do Partido
Democrata Cristão do país andino, e do falecido líder pedecista Eduardo Frei,
então Presidente da República, na preparação da vitória marxista.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
O livro teve
dezessete edições, transpondo a casa dos cem mil exemplares, nos seguintes
países: Brasil, Argentina, Equador, Colômbia, Venezuela e Itália.</div>
</div>
<div id="ftn82">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref82" name="_ftn82" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[82]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. VI, 3.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn83">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref83" name="_ftn83" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[83]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="FR"> Cfr. Claude Lévy-Strauss, </span><span lang="FR">La pensée sauvage</span><span lang="FR">, Plon, Paris, 1969.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn84">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref84" name="_ftn84" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[84]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
“Todos os deuses dos pagãos são demônios” - Sl. 95, 5.</div>
</div>
<div id="ftn85">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref85" name="_ftn85" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[85]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
“Nós sabemos bem que o homem moderno, saturado de discursos, se demonstra
muitas vezes cansado de ouvir e, pior ainda, como que imunizado contra a
palavra. Conhecemos também as opiniões de numerosos psicólogos e sociólogos,
que afirmam ter o homem moderno ultrapassado já a civilização da palavra, que
se tornou praticamente ineficaz e inútil; e estar a viver, hoje em dia, na
civilização da imagem” (cfr. Exortação apostólica “Evangelii Nuntiandi”, 8/12/1975, Documentos Pontifícios, nº 188,
Vozes, Petrópolis, 1984, 6ª ed., p. 30).</div>
</div>
<div id="ftn86">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref86" name="_ftn86" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[86]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span lang="IT"> Cfr. Parte I - Cap. V, 1 a 3.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn87">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref87" name="_ftn87" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[87]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
“Levanto meus olhos para ti, que habitas nos céus. Assim como os olhos dos
servos estão fixos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da escrava nas mãos
de sua senhora, assim nossos olhos estão fixos na Senhora, Mãe nossa, até que
Ela tenha misericórdia de nós” - Cfr. Ps. 122, 1-2.</div>
</div>
<div id="ftn88">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref88" name="_ftn88" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[88]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
NOTA DA EDITORA: Os três primeiros parágrafos desta Conclusão foram redigidas
em 1976. O restante é transcrição literal da Conclusão redigida em 1959.</div>
</div>
<div id="ftn89">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref89" name="_ftn89" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[89]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Comentário de 1992 à Parte III, Capítulo
II, sob o título: “Perestroika” e
“glasnost”: desmantelamento da III Revolução,
ou metamorfose do comunismo?<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn90">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref90" name="_ftn90" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[90]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “Folha de S. Paulo”, 21-12-91.</div>
</div>
<div id="ftn91">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref91" name="_ftn91" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[91]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “O Estado de S. Paulo”, 11-1-92.</div>
</div>
<div id="ftn92">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref92" name="_ftn92" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[92]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “Le Figaro”, Paris, 12-3-92.</div>
</div>
<div id="ftn93">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref93" name="_ftn93" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[93]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Comentário de 1992 à Parte III, Capítulo II, sob o título: “Perestroika” e
“glasnost”: desmantelamento da III Revolução, ou metamorfose do comunismo?</div>
</div>
<div id="ftn94">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref94" name="_ftn94" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[94]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr “Jornal da Tarde”, 27-12-91.</div>
</div>
<div id="ftn95">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref95" name="_ftn95" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[95]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “Ambito Financiero”, Buenos Aires, 19-2-92.</div>
</div>
<div id="ftn96">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/user/My%20Documents/RCR.doc#_ftnref96" name="_ftn96" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: IT;">[96]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “El Tiempo”, Bogotá, 22-2-92.</div>
</div>
</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-51673260210567648492015-12-05T15:25:00.000-08:002015-12-05T15:25:05.193-08:00Conversa<br />
Conversa de Botequim.<br />
<br />
O primeiro diz: Sabem me disseram que o senador Requião é tão inteligente quanto Einstein.<br />
O segundo comenta: Imagine...não tem termo de comparação.<br />
Então o primeiro reflete um pouco e diz: É verdade, Einstein nunca se elegeu e nem foi candidato.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">Peregrino em Jerusalém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">Visitei ao senhor Anselmo Bortolon, italiano, grandalhão, vida eclesial ativa. Informado, filha casada com um canadense e vivendo na Austrália. Quero dizer com isso que se trata de um individuo bem informado, atualizado nas coisas do mundo, esperto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">Notei na parede de sua sala um diploma curioso. Peregrino em Jerusalém. Perguntei ao Anselmo: Esteve lá? Ele respondeu, sim já faz uns 20 anos. O que achou? Ele entristeceu... Comercio nada mais que comercio. Tudo pertence a judeus e muçulmanos. Um teatro. Aos Cristãos somente pertence o teatro do Orto das Oliveiras. Eles dizem: visite Jerusalém, sua vida nunca mais será a mesma. De fato continuou; sua Fé será massacrada, você encherá os cofres de judeus e muçulmanos de preciosos e sofridos dólares, enquanto eles riem de sua cara e usarão esses dólares contra o cristianismo. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">No entanto, pensei eu, em cada site católico, em cada paróquia, em cada agencia de viagem você vê: Visite Jerusalém, sua vida já não será mais a mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">Então eu perguntei, porque as pessoas não denunciam? Respondeu: Ninguém quer passar por tolo, depois de gastar vinte mil Reais por pessoa, admitir que foi enganado precisa fibra, coragem e humildade. Todos se calam, e elogiam realidades que não encontraram. E lamentável. Mais uma vez podemos dizer: Os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz.<o:p></o:p></span></div>
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<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">Vinte anos, milhares de católicos levando suado dinheiro aos inimigos da fé cristâ, é muito dinheiro.</span><br />
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;"><br /></span><span style="font-size: 18pt; line-height: 27.60000228881836px;">O mundo é dos espertos. </span></div>
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Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-19552334693947839582014-02-08T13:25:00.001-08:002014-02-08T13:25:55.841-08:00My Beautiful Woman: ความลับของเจน 3/3<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/SZdeZNawppk" width="480"></iframe><br />
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Navegue pelas postagens mais antigaswww.maquinasqueeugosto.blogspot.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-14694067333816483952011-09-13T09:14:00.001-07:002011-09-13T09:14:32.050-07:00Carta de Despedida.<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Nós não somos Maçons.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Meu nome é Wallace, sou divorciado de uma senhora descendente de família judeu-francesa que responde pelo sobrenome Salomon. Eu sou católico, não um exemplo de católico, mas um homem que luta para ajustar-se à VERDADE. Sou o porta-voz do Grupo 23 de Outubro, como todos sabem. <o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Diz José Maria Escrivá que não devemos nos importar com o tamanho das sementes, pois das menores podem surgir grandes árvores. O semear é necessário e começar uma obrigação. Foi assim que surgiu o Grupo G 23.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Imediatamente algumas pessoas espalharam que éramos um grupo de estudos maçon., o que não é verdade.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Eu particularmente estudei um pouco a Maçonaria, pois meu bisavô foi orador da Grande Oriente em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, Brasil.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Demorei bastante para entender que a maçonaria e o protestantismo são instrumentos criados e fundamentados pelo judaísmo-sionista. Não percebia isso pelo motivo de como quase todos nós eu e o Grupo nos fixamos em falsos dados históricos como, por exemplo, que o sionismo é um movimento político iniciado por uns poucos pensadores judeus que culmina na obra “O Estado Judeu”. Tudo isso é falso.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A mesma coisa acontecia com relação à Maçonaria pela ilusão que ela iniciara entre associação de operários franceses e ingleses, o que nos desviava o estudo de suas origens. Se não conseguíamos ver as verdadeiras origens não conseguíamos ver também os seus propósitos, nem enxergar as conseqüências desses propósitos na sociedade mundial. Parece-nos que o texto, até aqui, esta bem digerível e pouco acusativo, o que é nossa intenção.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Eu lia o livro “As fontes secretas da revolução”, de Leon de Poncis (pseudônimo) quando percebi um fechamento perceptivo do que eu procurava. Todavia a busca da VERDADE é algo bem complexo sem a Fé. Quando pensamos estar diante de uma conclusão cabal, invariavelmente surge um novo dado que nos desinstala e no retira da segurança do centro de nosso pensamento e esforço.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Assim vou sempre procurar o reequilíbrio na Fé, posto que a mente humana seja muito pequena diante dos mistérios e do desconhecido, embora, pela fé revelada, podemos sempre nos posicionar firmemente diante daqueles que se presumem os “construtores ou reformadores” do mundo.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Durante todo o transcorrer do século XX uma onda orquestrada pelos “construtores” do mundo procurou abalar a segurança do Ocidente na Fé Revelada. A principal estratégia foi à divisão das instituições suporte dos valores. O Bem e o Mal foram aproximados e mesclados. A Igreja foi dividida em santa e pecadora. O espiritismo em de mesa e baixo espiritismo, a maçonaria em regular e irregular e assim por diante, de modo a dividir para dominar, e depois aproximar os extremos para confundir todos os valores. A mesma coisa foi feita com a moral e os relacionamentos humanos num fenômeno que poderemos entender como o mais promiscuo de toda a história da humanidade. Promiscuo ideologicamente. Misturar e misturar e misturar, para não se poder mais distinguir a verdade do falso, o certo do errado, o homem da mulher. Eu não vou exemplificar, pois, se o leitor não intui a verdade do que estou dizendo, não compreenderá a minha argumentação. Muito menos o profundo sentido teológico simbólico e concreto do Império do Anti Cristo. Ou seja, os construtores e reformadores são na verdade os DEMOLIDORES da VERDADE. Tema bem difícil.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Assim o Grupo de Estudos 23 de Outubro escolheu pequenos cavalos de Troia para penetrar ambientes que nos interessavam, por exemplo, pilotos, geneticistas, investidores, católicos, soldados e marinheiros, políticos, judeus e maçons. Assim 23 de Outubro comemoram-se o vôo de Santo Dumont e o fim do Concilio de Nicéia, o G23 faz a ponte maçônica, o Grupo G23, diz respeito aos investidores espanhóis, as pesquisas genéticas do Grupo G 23, é um navio da Marinha Brasileira, é uma pistola de 23 tiros e é uma armadilha para os sionistas nos chamados Blocos econômicos. Bem a nossa humilde semente foi lançada. Veremos no que dá, ou deu.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quero para terminar citar os seis pontos estratégicos das seitas sionistas (aos quais servem os Maçons e Evangélicos) para os últimos séculos passados.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No campo Religioso: destruir e desacreditar toda a fé cristã pela filosofia, pelo misticismo e pela ciência jurídica;<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No campo Moral: Corromper a moralidade das raças ocidentais, por infiltração da moralidade oriental, enfraquecer os laços do matrimônio, destruir a vida familiar, abolir as sucessões e ate o nome de família;<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No campo Estético: culto da fealdade e extravagância na arte, na literatura, na musica e no teatro, modernismo, orientalismo, degeneração dos valores estéticos;<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No campo Social: Tornar a riqueza o único valor de distinção social e ao mesmo tempo fomentar o ódio a ela, acabar com as aristocracias e qualquer distinção entre pessoas, salvo a distinção de fortuna. Criar a revolta nas massas pela vulgaridade, pelos escândalos, pela corrupção, pela inveja dando base para a luta de classes,<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No campo Industrial e financeiro: Destruir o ideal do artífice, vulgarização da produção e centralização do capital, cartel e truste, preparando a extinção da propriedade privada e a liberdade de seu uso pelo conceito de uso social dos bens coletivos, fomento do Socialismo de Estado,<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Político: Aniquilar o patriotismo e o nacionalismo, e qualquer orgulho histórico de povo ou raça, e em nome do progresso e evolução social estabelecer o internacionalismo como ideal de fraternidade humana.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Parece tolice, ou coisa escrita nesse ou no século passado, mas o texto é antigo e foi perseguido tenazmente resultando no que temos visto na sociedade contemporânea.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pode ser que você não entenda: Israel é o 4° produtor e exportador de armas do planeta. Os outros três grandes países fornecedores de armas do planeta são representados por comerciantes judeus. Por quê? E para quem são vendidas? Oito famílias de judeus controlam a economia do mundo, você sabia? A mídia e o petróleo obedecem à mesma regra. A pesquisa genética, a transgenia, a patente sobre as sementes, e o comércio de grãos estão assim dominados, e você acusa seu irmão, visinho, irmão de fé.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">wallacereq@gmail.com<o:p></o:p></span></span></div><div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-22150388898391657992011-09-06T20:31:00.000-07:002011-09-07T04:15:00.034-07:00Independência ou morte?Nesta data o G 23 encerra as suas atividades.<br />Este Blog terminou com 563 textos.<br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-81741727195412879772011-09-06T20:27:00.000-07:002011-09-06T20:29:55.836-07:00Independência ou morte?Na data que se comemora falsa independência do Brasil o G 23 encerra suas atividades.<br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-61378788424804389112011-03-02T11:39:00.001-08:002011-03-02T11:39:48.964-08:00Requião no Senado.Requião leva experiência paranaense para Comissão de Educação<br /><br />O senador Roberto Requião foi eleito, nesta quarta-feira, 23, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Em sua fala de posse, Requião disse que vai trazer para a CE a experiência vitoriosa do Paraná no setor educacional, que recebeu a avaliação máxima do Ministério da Educação, durante o seu governo. <br />Como primeira iniciativa, Requião propôs, e a Comissão aprovou, convite ao ministro ao ministro Paulo Haddad, do MEC, para que participe da próxima da CE, dia 15 de março, a fim de debater com os senadores o trabalho do Ministério. Em poucos minutos, Haddad respondeu positivamente ao convite. Requião disse que, como governador do Paraná (2003-2010) manteve um ótimo relacionamento com o MEC e afirmou que a Comissão deverá manter um contato permanente e ativo com o Ministério.<br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-60426948378749016072011-02-28T21:09:00.000-08:002011-02-28T21:11:27.444-08:0070 anos em cinco de MarçoO Senador Requião fara setenta anos nesse cinco de Março<br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-9375697892523640342011-02-26T22:14:00.000-08:002011-02-26T22:16:06.395-08:00Saúde<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhNFT-dkXKNQalIAIMgqDjVAzrk7CztAL_97w5jLta2DShBeJ69IjB-mPCT89z6CHsDYNyz9pM4OoEFXBOf9vEMlaD-y2W9RaS6VIQMZzkfscI5bEphRaRqXFtPD0yTBfLCb41V7_t05b8/s1600/escada.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 86px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhNFT-dkXKNQalIAIMgqDjVAzrk7CztAL_97w5jLta2DShBeJ69IjB-mPCT89z6CHsDYNyz9pM4OoEFXBOf9vEMlaD-y2W9RaS6VIQMZzkfscI5bEphRaRqXFtPD0yTBfLCb41V7_t05b8/s400/escada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578249148014851970" /></a><br /><br /><br /><br />Quem tem uma escada trepa todos os dias.<br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-24658795773727254882011-02-24T02:56:00.000-08:002011-02-24T02:58:13.703-08:00Reforma PoliticaReforma política precisa melhorar qualidade do Congresso, diz Requião<br /><br />Membro da Comissão que vai elaborar o Anteprojeto de Reforma Política, o senador Roberto Requião advertiu, na última sexta-feira, 18, que as mudanças a serem propostas devem favorecer a elevação da qualidade do Parlamento e não contribuir com a sua desideologização, como seria o caso se adotado o voto distrital.<br />Leia Mais<br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-18615808254602696422011-02-22T15:49:00.000-08:002011-02-22T15:51:01.480-08:00Requião toma posse na Comissão de Reforma PolíticaO senador Roberto Requião participou, nesta terça-feira, 22, da instalação da Comissão de Reforma Política do Senado Federal. Requião é um dos 15 parlamentares indicados pelo presidente do Senado José Sarney para fazer parte da comissão. A recomendação de Sarney é que o colegiado entregue a primeira proposta de reforma em 45 dias. A comissão vai ser presidida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ).<br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-85568195106252407352011-02-21T09:32:00.000-08:002011-02-21T11:23:51.280-08:00Só para você não esquecer.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrXJPiPAkIbvIwFqHX9kH4BxhrBSuDfovNjAHTK22KN4aWYCEWWcRxeDe66YV1BnJRtw4cTWvR5aayuElkMRRgxTynf9CcaP83QD1Cst3AFfPLe-D42jy2b9KohVW0lZ37z3C4gmSO8Snk/s1600/viaturas.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 380px; DISPLAY: block; HEIGHT: 283px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576209850674111202" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrXJPiPAkIbvIwFqHX9kH4BxhrBSuDfovNjAHTK22KN4aWYCEWWcRxeDe66YV1BnJRtw4cTWvR5aayuElkMRRgxTynf9CcaP83QD1Cst3AFfPLe-D42jy2b9KohVW0lZ37z3C4gmSO8Snk/s400/viaturas.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmib4bmzWdQo4TmQxO0xefMvNYhM4UUhia7fX-wOIyJKCQiG8uhdMLBgZ0OltRESxW3RNRyfeV_5nhMaoPDNIsjiVUXdJA2bY3Xi5i1l3Mzl4fxaDUEnr8FYo6Gc0t2-zr08o6gQiJ557a/s1600/normal_AMBULANCIAS3.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 399px; DISPLAY: block; HEIGHT: 265px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576209847583290194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmib4bmzWdQo4TmQxO0xefMvNYhM4UUhia7fX-wOIyJKCQiG8uhdMLBgZ0OltRESxW3RNRyfeV_5nhMaoPDNIsjiVUXdJA2bY3Xi5i1l3Mzl4fxaDUEnr8FYo6Gc0t2-zr08o6gQiJ557a/s400/normal_AMBULANCIAS3.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikbdv7-MY53tmRWYCaZWjuXODDHINg3-CQk42EopaBrCssxPTm9N-YeIRXgWVqJ4prvvox-9jxZm9roRmvF1ERW6ayqDONSzHh8hIyQLsoqpLaXQbnjYRP_mibbIPGl8pq8NIV-wrg02Il/s1600/Ambulancias.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 186px; DISPLAY: block; HEIGHT: 139px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576209844532098546" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikbdv7-MY53tmRWYCaZWjuXODDHINg3-CQk42EopaBrCssxPTm9N-YeIRXgWVqJ4prvvox-9jxZm9roRmvF1ERW6ayqDONSzHh8hIyQLsoqpLaXQbnjYRP_mibbIPGl8pq8NIV-wrg02Il/s400/Ambulancias.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXfPg7x50Zi1l4_wIQYRY-4l-L21cOcpYQDw12KVKASu5Nq9eakwKl8CSrsSKTadV62eErdZGrPaPYorbMdI61L3O0TJkyQaweosSzAJgQgUf1IMQPSv92QQua5gccXLpUylRuEwX1h5kJ/s1600/policia.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576206500605905362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXfPg7x50Zi1l4_wIQYRY-4l-L21cOcpYQDw12KVKASu5Nq9eakwKl8CSrsSKTadV62eErdZGrPaPYorbMdI61L3O0TJkyQaweosSzAJgQgUf1IMQPSv92QQua5gccXLpUylRuEwX1h5kJ/s400/policia.jpg" /></a><br />Policia Militar do Paraná, governo Requião.<br /><br /><br /><div>Foto de baixo tirada do "O Paraná" terça feira 7 de Dezembro de 2004</div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAq2qwFRmWQ8DoaJB93GfRRMcRALWooTJKDIOVVwQDq2HBsIMRcV5vNn4RDwEXI4cohdPt4y7oKfrKroTlis1P66PWs_1E_mkao0dZjD_cNeEkT5vutQ1lr6gMui1ymMCEnC5Ba1KpGZJy/s1600/DSC06862.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576200400395285986" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAq2qwFRmWQ8DoaJB93GfRRMcRALWooTJKDIOVVwQDq2HBsIMRcV5vNn4RDwEXI4cohdPt4y7oKfrKroTlis1P66PWs_1E_mkao0dZjD_cNeEkT5vutQ1lr6gMui1ymMCEnC5Ba1KpGZJy/s400/DSC06862.JPG" /></a> Só nos dois primeiros anos foram 1200 veículos para a segurança pública. Reparem no fundo o esqueleto abandonado do Forum ( 20 anos abandonado) que hoje é o Pálacio das Araucarias, outra obra do governo Requião.<br /><br /><div>Durante os quase oito anos de seus dois últimos mandatos, Requião comprou algo em torno de seis mil veiculos. Onibus escolares, rádio patrulhas para policia civil e militar, ambulâncias, onibus para os consórcios de saúde, caminhões de bombeiros, veículos especializados, etc. Tudo isso esta rodando. Em oito anos não houve atraso de salário, nem greves por salário. Isto sem arroxar impostos, ou colocar a fiscalização em cima dos que trabalham. Pelo contrario dando isenções e incentivo, trocando impostos por vagas de trabalho, pois afinal o Estado é regulador e subsidiário ao que é comum do povo. Vejam que não estão contados o financiamento de 4000 ( quatro mil tratores). Nem os barcos, ou aviões.</div><br /><br /><div>Hoje abro os jornais e vejo>( estamos em 21 de Fevereiro de 2011) o estado detecta sonegação, não há dinheiro, colocaremos a fiscalização na rua. Governo vai buscar financiamentos internacionais. Sabem brasileiros, estão construindo já o discurso para a privatização de serviços, e transferindo a ganância politica para o povo. O Povo paga. Eles não sabem trabalhar com o que têm em Caixa, nem encontraram dinheiro sobrando para pagar os tais aluguéis de automóveis que existiam antes, deixados por eles mesmos. É foda. Estamos falando do Governo do Paraná.</div><br /><br /><div><a href="mailto:Wallacereq@gmail.com">Wallacereq@gmail.com</a></div></div><br /><br /><br /></div></div></div><div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-48819840654868346862011-02-20T18:19:00.000-08:002011-02-20T18:47:50.127-08:00Para estramgeiro verAqui também faz frio!<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBehsO32NgX2z3nlu9T1RCU8u_ntWX_tw7wM7e9JUb3Isqz6NLOpQDjw4E5GGEU6WOkD0Y9FUq3OehD2g32OqvoujsQh0sAy3dGBPUBE2lO-P6PfZNEvxk-9i3sQvNxPSJmtvQNeuV-DfS/s1600/DSC06877.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575965612621732786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBehsO32NgX2z3nlu9T1RCU8u_ntWX_tw7wM7e9JUb3Isqz6NLOpQDjw4E5GGEU6WOkD0Y9FUq3OehD2g32OqvoujsQh0sAy3dGBPUBE2lO-P6PfZNEvxk-9i3sQvNxPSJmtvQNeuV-DfS/s400/DSC06877.JPG" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy4QRTHT9p0c79tXYaPuXTCZbnV1s__W4AiZNQBe92oJu4xZQJQVXuS79tZhRPIRzEOP6T6wwWquWfkkojx6YEWI3aOn8fLqGjtvtn7nss9fYf1MnR7BPQ_0HOTwHpC7Aac4umZ_jrYJwi/s1600/DSC06890.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575965612389916370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy4QRTHT9p0c79tXYaPuXTCZbnV1s__W4AiZNQBe92oJu4xZQJQVXuS79tZhRPIRzEOP6T6wwWquWfkkojx6YEWI3aOn8fLqGjtvtn7nss9fYf1MnR7BPQ_0HOTwHpC7Aac4umZ_jrYJwi/s400/DSC06890.JPG" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKoK38m06vbnYR3D-mPiQ8veg5yZWzXUo-jVH6PrZeJc-gg7Eh-nWVSlxbXSYPRgoG3j0BCfyW2hXAvVzxxRVgkdmWCyiCOtMXgOQ-6V_vEsiLqHO3pKJckYCxVLNR0KM0Wa8yGn5r83pY/s1600/DSC06887.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575965599364537202" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKoK38m06vbnYR3D-mPiQ8veg5yZWzXUo-jVH6PrZeJc-gg7Eh-nWVSlxbXSYPRgoG3j0BCfyW2hXAvVzxxRVgkdmWCyiCOtMXgOQ-6V_vEsiLqHO3pKJckYCxVLNR0KM0Wa8yGn5r83pY/s400/DSC06887.JPG" /></a><br /><br /><br /><div>Paraná Sul do Brasil. Aqui vivemos, aqui amamos.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlAEWCWZaJdu6PnJs16iki4uRuHLeLO4G30m35e-bweYWnGx-_sQSJV3mHqc06cHA1vYe9mb8CPc1yk87GlhOc_3buCF-yGcL-hf7UIl7bTRiK2bXzTnPAY6bWZTbLDd6wE3vGIs6ztwR/s1600/DSC06868.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575962910351861074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlAEWCWZaJdu6PnJs16iki4uRuHLeLO4G30m35e-bweYWnGx-_sQSJV3mHqc06cHA1vYe9mb8CPc1yk87GlhOc_3buCF-yGcL-hf7UIl7bTRiK2bXzTnPAY6bWZTbLDd6wE3vGIs6ztwR/s400/DSC06868.JPG" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2YxQH8rCVznIQhInKO_0Y5XI9g9SPCmkQ-oAAaPJgNFC56aQ2JXSfXShXjd52eb1NBrSEKokOmZ8C0r3zBvuPZ12TFP7Qg5BYwPReDQyt_J6N7mptudG2DFRFvivPy8svuQpQVtokTLMP/s1600/DSC06870.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575962910499721986" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2YxQH8rCVznIQhInKO_0Y5XI9g9SPCmkQ-oAAaPJgNFC56aQ2JXSfXShXjd52eb1NBrSEKokOmZ8C0r3zBvuPZ12TFP7Qg5BYwPReDQyt_J6N7mptudG2DFRFvivPy8svuQpQVtokTLMP/s400/DSC06870.JPG" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSR53aoFE7rieJVGfHtaPJWwh2AJXIUjatgrG2XxbiJX_JHQDp33N2_BdEVvhj2gIB0IVL1UUbfLwoEMKXBoqvqogZ3Jgj_QVdg4IcsSHcwVZrikLpFpI_DYS_8XsdfnTNUsms0LUKvRp1/s1600/DSC06866.JPG"></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2-bkX-LqHUy5i7FAyOdCd_FOlZebarOpDXIsx8c1yPrGQcE7pT3bcJV0JrbrWDXrsJsrXkLZy4U_tngga_yV-QXdYOS62RLUAOsu5ubhV6orckgKYpPRgPQe5xiGiTPPuJjYcqDygXfa/s1600/DSC06880.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575962899422620466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2-bkX-LqHUy5i7FAyOdCd_FOlZebarOpDXIsx8c1yPrGQcE7pT3bcJV0JrbrWDXrsJsrXkLZy4U_tngga_yV-QXdYOS62RLUAOsu5ubhV6orckgKYpPRgPQe5xiGiTPPuJjYcqDygXfa/s400/DSC06880.JPG" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_AxD4FAdpCs-dksVLMUpP2YiRrSyZrjCYr8FNpQjvr3zTYU63j9MYkC4G6GtYO2myWGh40_WSwRgRe1IlsvK7iyk-bKBUKwr5TaGglKrpYqGkO5Kj5ouAObe0-IuyHLwSOhmR20MWcH0/s1600/DSC06883.JPG"></a><br />Wallacereq@gmail.com</div></div></div><div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-45306790903846912352011-02-20T05:26:00.000-08:002011-02-20T05:29:04.571-08:00Meu pai dizia...Meu pai dizia: Toda mulher é um problema, e um problema a gente encara de frente.<br /><br />É ótimo! Meu pai era mesmo um barato.<br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-51550761135977499822011-02-15T00:32:00.000-08:002011-02-15T00:40:12.068-08:00Privatização da Celepar.Vocês devem lembrar que uma das lutas do Governo Requião foi acabar com contratos privados milionários na área de iformatica. Uma economia de milhões para os cofres públicos. Depois o uso do softer livre, com mais economia nesse setor estratégico para a economia e transparencia do poder publico. Mas o povo foi iludido e devolveu o poder ao grupo que reassumiu ( pois já esteve no governo) para privatizar o Paraná.<br /><br />Alguèm me pede para publicar esse abaixo assinado e eu o faço:<br /><br />A CELEPAR é hoje referência nacional quando se fala em tecnologia da informação, é responsável por cerca de 3,15 milhões de eventos diários e se ela parasse por um dia, o restante do estado também pararia. Podemos constatar isso com o DETRAN-PR, que utiliza sistemas desenvolvidos pela Celepar, e que chamaram a atenção de outros governos, como o do ES, por sua funcionalidade, além da emissão de documentos tanto do DETRAN como também da SESP. Com a troca de governo e da presidência da Entidade, o que se viu foi o interesse claro em terceirizar os serviços prestados pela empresa e, consequentemente, na sua privatização, e que caso venha a ocorrer será um golpe para os bons serviços prestados à população de nosso estado e aos cofres públicos, que serão onerados por serviços que atualmente são executados magistralmente, e de forma barata, pois não visam atender aos interesses de poucos. Se você também não concorda com isso, participe deixando sua assinatura! <br /><br />abaixoassinado.org.com<br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-84802414160445692262011-02-14T11:39:00.000-08:002011-02-14T11:41:35.215-08:00Combate público.O mosquitinho e o gigante.<br />Cidades medievais. Perto da pocilga um mosquito sujava as patinhas sobre um monte de imundícias humanas. Perto dali, na praça central o gigante contava as suas aventura. Com que bravura vencera os dragões. Com que esperteza enganara os druidas. Com que coragem combatera e vencera os mais valentes. Homens mulheres e crianças (também os cachorros) o escutavam com atenção. No entorno, nos demais quadrantes da cidade reinava o silêncio posto que ficasse deserta. Todos foram à praça.<br />Aproveitando o silencio o mosquitinho movia suas asas com a maior velocidade possível, fazendo o zoom mais alto que já fizera na vida. Ele como todo ser vivo procurava alguma notoriedade. Ninguém o percebia, no entanto, nem os porcos.<br />Parou e pensou. Que coisa, como aquele gigante, com suas armadoras, suas armas reluzentes pode prender assim e iludir de uma só vez todas as gentes? Vou atacá-lo.<br />Bzzzzzz, zzuuuuuu por entre o povo sem míngüem a percebê-lo.<br />Atacou certeiro, atingiu a testa do gigante. O home dos músculos de aço deu uma tapa em sua própria testa interrompendo suas vaidosas narrativas. Outro ataque, desta vez bem dentro da orelha, e o monstro humano jogou o elmo longe, abanando-se todo. Mais um ataque no ombro, por debaixo da chapa metálica do peitoral, e mais um e mais outro. O Guerreiro saiu em corrida em direção ao cocho dos cavalos em busca de água. Foi quando o garotinho gritou: É um mosquito. Um mosquito gritou outro. Mosquito sussurrou um terceiro, Mosquito disse a mulher, murmúrio total. Um pequeno e inofensivo mosquitinho que partira da imundícia humana havia desequilibrado o arrogante guerreiro do seu pedestal.<br />Não se sabe ao certo se o gigante conseguiu esmagar o mosquito, ou se os fãs do herói o perseguiram. Não se sabe se o gigante teve que despir-se em plena praça publica e mostrar a sua nudez e se isso lhe devolveu a humildade. Não se sabe o verdadeiro fim da história.<br />Só se sabe que o mosquitinho, saiu da imundice humana, para ser o protagonista da história. Do anonimato para a notoriedade.<br />Atacar os grandes é a única chance que têm os mosquitos.<br />Mas com toda essa vitória, o mosquitinho não passou de um inseto, e se sobreviveu, voltou à imundice humana. Por que a natureza de cada um o impele a ser o que a sua natureza determina.<br />BBBBBZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ<br />Quem tem bom entendimento, entenda.<br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-44948981245729800632011-02-10T22:06:00.000-08:002011-02-10T22:22:04.156-08:00O Exercito na Amazônia.A FORÇA DOS MILITARES NA AMAZÔNIA<br />Uma visão isenta da ação dos militares na Amazônia.<br />DRAUZIO VARELLA<br /><br />Perfilados, os soldados aguardaram em posição de sentido, sob o sol do meio-dia. Eram homens de estatura mediana, pele bronzeada, olhos amendoados, maçãs do rosto salientes e cabelo espetado.O observador desavisado que lhes analisasse os traços julgaria estar na Ásia.No microfone, a palavra de ordem do capitão: 'Soldado Souza, etnia pardl'.<br />Um rapaz da primeira fila deu um passo adiante, resoluto, com o fuzil no ombro, e iniciou a oração do guerreiro da selva, no idioma natal. No fim, o grito de guerra dos pelotões da fronteira: "SELVA !!!"<br /><br />O segundo a repetir o texto foi um soldado da etnia desana, seguido de um baniua, um curipaco, um cubeu, um ianomâmi, um tariano e um hupda.<br /><br />Todos repetiram o ritual do passo à frente e da oração nas línguas de seus povos; em comum, apenas o grito final: "SELVA !!!"<br /><br />Depois, o pelotão inteiro cantou o hino nacional em português, a plenos pulmões.<br /><br />Ouvir aquela diversidade de indígenas, característica das 22 etnias que habitam o extremo noroeste da Amazônia brasileira há 2.000 anos, cantando nosso hino no meio da floresta, trouxe à flor da pele sentimentos de brasilidade que eu julgava esquecidos.<br /><br />Para chegar à Cabeça do Cachorro é preciso ir a Manaus, viajar 1.146 quilômetros Rio Negro acima, até avistar São Gabriel da Cachoeira, a maior cidade indígena do país.<br /><br />De lá, até as fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, pelos rios Uaupés, Tiquié, Içana, Cauaburi e uma infinidade de rios menores, só Deus sabe. <br /><br />A duração da viagem depende das chuvas, das corredeiras e da época do ano, porque na bacia do Rio Negro o nível das águas pode subir mais de dez metros entre a vazante e o pico da cheia.<br /><br />É um Brasil perdido no meio das florestas mais preservadas da Amazônia. Não fosse a presença militar, seria uma região entregue à própria sorte. Ou, pior, à sorte alheia.<br /><br />O Comando dos Pelotões de Fronteira está sediado em São Gabriel. De lá partem as provisões e o apoio logístico para as unidades construídas à beira dos principais rios fronteiriços: Pari-Cachoeira, Iauaretê, Querari, Tunuí-Cachoeira, São Joaquim, Maturacá e Cucuí.<br /><br />Anteriormente formado por militares de outros estados, os pelotões hoje recrutam soldados nas comunidades das redondezas. Essa opção foi feita por razões profissionais: 'O soldado do sul pode ser mais preparado intelectualmente, mas na selva ninguém se iguala ao indígena'.<br /><br />Na entrada dos quartéis, uma placa dá idéia do esforço para construí-los naquele ermo: 'Da primeira tábua ao último prego, todo material empregado nessas instalações foi transportado nas asas da FAB'.<br /><br />Os pelotões atraíram as populações indígenas de cada rio à beira do qual foram instalados: por causa da escola para as crianças e porque em suas imediações circula o bem mais raro da região: salário.<br /><br />Para os militares e suas famílias, os indígenas conseguem vender algum artesanato, trocar farinha e frutas por gêneros de primeira necessidade, produtos de higiene e peças de vestuário. No quartel existe possibilidade de acesso à assistência médica, ao dentista, à internet e aos aviões da FAB, em caso de acidente ou doença grave.<br /><br />Cada pelotão é chefiado por um tenente com menos de 30 anos, obrigado a exercer o papel de comandante militar, prefeito, juiz de paz, delegado, gestor de assistência médico-odontológica,<br />administrador do programa de inclusão digital e o que mais for necessário assumir nas comunidades das imediações, esquecidas pelas autoridades federais, estaduais e municipais.<br /><br />Tais serviços, de responsabilidade de ministérios e secretarias locais, são prestados pelas Forças Armadas sem qualquer dotação orçamentária suplementar.<br /><br />Os quartéis são de um despojamento espartano. As dificuldades de abastecimento, os atrasos dos vôos causados por adversidades climáticas e avarias técnicas e o orçamento minguado das Forças Armadas tornam o dia-a-dia dos que vivem em pleno isolamento um ato de resistência permanente.<br /><br />Esses militares anônimos, mal pagos, são os únicos responsáveis pela defesa dos limites de uma região conturbada pela proximidade das Farc e pelas rotas do narcotráfico. Não estivessem lá, quem estaria?<br />"SELVA !!!"Lema do soldado da Amazônia:<br />"Senhor, tu que ordenastes ao guerreiro de Selva, sobrepujai todos os vossos oponentes, dai-nos hoje da floresta, a sobriedade para resistir, a paciência para emboscar, a perseverança para sobreviver, a astúcia para dissimular, a fé para resistir e vencer, e daí-nos também senhor a esperança e a certeza do retorno, mas , se, defendendo essa brasileira Amazônia, tivermos que perecer, oh Deus, que façamos com dignidade e mereçamos a vitória, Selva!!!"<br /><br /><br />OS E-MAILS, SOBRE A NOSSA AMAZÔNIA COBIÇADA, DEVERIAM SER REPASSADOS POR TODOS E NÃO APENAS LIDOS E ARQUIVADOS OU DELETADOS. <br />CADA VEZ SE TORNA MAIS NECESSÁRIA A CONCIENTIZAÇÂO DOS BRASILEIROS PARA A DEFESA DA UNIDADE NACIONAL!<br /><br />Colaboração de Carlos H. Bortoloto<br /><br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-23756830026561050062011-02-10T11:48:00.000-08:002011-02-10T11:55:47.770-08:00CorrentesCorrentes são para serem rompidas ou para serem usadas?<br />Recebi uma corrente com o Pai Nosso, atribuída à Madre Terza de Calcutá. Repassei. Todavia quero alertar, que essas correntes armazenam uma rede de e mail por interesse, religião, preconceitos, etc.<br /><br />No futuro os autores dessas correntes saberão a tua religião, suas posições políticas, seus níveis sociais, etc e tal. Tomem cuidado, as correntes produzem um fluxograma de suas amizades e contatos. Se o interesse for apenas comercial, mas no futuro próximo serão ideológicos e policialesco.<br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-17598952572365368812011-02-10T11:35:00.000-08:002011-02-10T11:36:37.079-08:00Alerta GERALESTE NÚMERO DE CELULAR CLONA O SEU NÚMERO <br /> <br />r e p a s s a n d o <br /> <br />NÃO ATENDA LIGAÇÃO DO CELULAR DE NÚMERO: <br />*(11)9965.0000* <br /><br />NÚMERO DE CELULAR QUE CLONA O NÚMERO CHAMADO... <br /> <br />TODOS OS CELULARES QUE ESTÃO ATENDENDO, ESTÃO SENDO CLONADOS <br /> PASSE PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS. <br /><br />cASO PARA A POLICIA FEDERAL<br />. <br />* <br />*ESPALHEM!!!!!!!! <br />* <br />*NÃO CUSTA NADA REPASSAR AOS SEUS AMIGOS. <br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-90619984176215738552011-01-29T16:00:00.000-08:002011-01-29T16:04:18.727-08:00O FIM DO MUNDO em Paquetá.O Fim do mundo em Paquetá.<br /><br />Eu era um menininho, mas já sabia ler. Meu pai, médico formado em Belo Horizonte na turma de 34, tinha muitos amigos médicos espalhados pelo Brasil. Em virtude disso, fomos passar o Fim de Ano na ilha de Paquetá, litoral do Rio de Janeiro. As revistas estampavam em manchetes: “Zero Hora, o fim do mundo”. Não se falava em outra coisa. Ninguém dizia : Ano Novo, pois o Mundo iria acabar A revista Manchete e Fatos e Fotos estavam abertas sobre a mesa.<br />Quando veio a noite, meu pai, minha mãe e o casal de amigos e seus filhos fomos à praia esperar o FIM DO MUNDO. Tive medo e perguntei ao meu pai: Pai o mundo vai acabar? Ele me disse: Sim um dia o mundo acabara. O mundo, continuou, acabará para todos nós, já perdi muitos pacientes, seu avô e suas avós maternos já faleceram, e eu, e também você, vamos deixar esse mundo. Agora, se o mundo vai se acabar hoje à noite vamos esperar para ver, pois se ele vai acabar não há para onde correr, você não pode se esconder em baixo da cama, pois ela também vai acabar. E me colocando no colo continuou: O que importa meu filho é nossa consciência. Tenho visto muitas pessoas morrerem, algumas, na mais profunda paz, outras num desespero comovente e angustiante. Saiba, no entanto, que papai e mamãe te amam muito e é muito bom estar aqui com você, o FIM do Mundo deixemos para Deus, pois há coisas que o homem não pode solucionar, cabe a nós apenas confiar e fazer a vontade de Deus.<br />Amanhecemos na praia, escutando violão. E o mundo não acabou.<br />Na adolescência descobri que essas previsões de profetas pagãos, eram todas fundamentadas em São João, no Apocalipse, mesmo aquelas atribuídas às civilizações antigas, não escapavam da tradição de um Dilúvio Universal.<br /> Hoje há quem defenda, por hipótese, que a vida, já se extinguiu umas seis vezes sobre o planeta. Depois eu descobri, que sempre que voltam ao assunto é para atacar a Igreja e obter um novo tipo de domínio.<br /> Então eu me lembro de meu pai: Quando você sentir que foi decretada a tua morte, lembra de todos os que viveram em todos os tempos e já morreram e os que ficarão e também morrerão.<br /> Confia tua alma a Deus, como confiou a tua Vida. Crê na Ressurreição e persevera.<br /> Meu pai era oriundo de família Católica, filho de um sergipano de Laranjeiras, com ascendência, dizem alguns, judeu- portuguesa-ladina, e de uma filha de imigrantes (pai e mãe) austro-italiano (segundo meu falecido tio Péricles, que viveu e estudou na Europa o casal era austríaco -italiano), concebida na Itália e nascida em Porto de Cima, Paraná. <br />Num outro texto falarei de minha mãe e sua paz militar.<br />Ela era filha de uma família de imigrantes alemães e de um descendente de um seminarista baiano, de Cachoeirinha, com ascendência portuguesa. Os alemães Católicos tornaram-se Presbiterianos durante a Primeira Guerra Mundial. Minha mãe morreu católica, recebendo a comunhão e a Santa Extremo Unção.<br />E por que motivo estou contando isso. È que novamente se escandaliza o Mundo com seu Fim previsto para 2012. Terminará tudo em 2012.<br />Que finalidade tem a sazonalidade desses alardes? Eles servem para fomentar e fixar a revolução dos costumes. Trabalhados anos a fio os ataques contra a moral cristã, cria-se um estado de urgência, de fim iminente, e se força aos homens e mulheres a viverem em extremos a vida, posto que ela acabasse em Breve. Esta é uma face. A outra face, sempre num contesto Figura & Fundo, alerta-se aos, moralmente rijos, a necessidade de exortar aos demais viventes e pressioná-los a viverem os princípios cristãos rigidamente. Ora o efeito é a debandada do cristianismo para uma vida de licença e vicio imperante. Pois o cristianismo não é rijo, e a Moral cristã deve ser aderida por amor, e não por medo do FIM, e do julgamento. Fugindo dos grilhões morais, os homens em perspectiva de um FIM COLETIVO PROXIMO abandonam as leis, e perde o medo do castigo social, como prisões, divórcio honra nome a ser zelada, honestidade, verdade. Resta para esses hedonistas, viver os prazeres da vida sem lhes medir as conseqüências, pois o FIM estará próximo e iminente e será comum para todos.<br />Tudo falso. O fim, mesmo coletivamente, é individual. O Juízo é individual, e o amor de cada um a DEUS é que fará a diferença. Foi isso que quis contar no inicio desse texto, todos, todos nós experimentaremos o fim, e individualmente o FIM sempre esteve próximo. Mas o FIM é o Começo, nos ensina Jesus Cristo ao vencer a Morte e a morte é o Principio do NOVO MUNDO.<br />E o NOVO MUNDO começa na ressurreição da CARNE. Na restauração material da Vida<br /><br />OBS: Segundo a Wikipédia: Michel de Nostredame nasceu no dia 14 de dezembro de 1503 (ou 21 de dezembro de 1503)[2] em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França. Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Filho mais velho do casal (eram 8 filhos), seu Nostredame vem de seu avô (judeu), que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando da sua conversão ao catolicismo. Reyniére era filha de René de Saint-Rémy (filho de Jean V de Saint-Rémy e Silete) e Béatrix Tourrel (filha de Jacques Tourrel). Já Jaumet era filho de Pierre de Nostredame, nascido Pierre de Vélorgues (filho de Amauton de Vélorgues) e Blanche de Sante-Marie (filha de Pierre de Sante-Marie e da senhora de Labia).<br />O nome Nostradamus parece ser a forma latina de Notre Dame, Nossa Senhora, e possivelmente a adoção do nome visava conquistar os católicos, foi escolhido artificialmente por seu avô. Muitos de seus livros foram falsificados, alguns duzentos anos após sua trágica morte, incluindo neles, fatos históricos como sendo profecias, que teriam sido feitas duzentos anos antes. O Objetivo dessas edições é mistificar, e dar veracidade ao velho farmacêutico.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-26335104907345432002011-01-29T15:12:00.000-08:002011-01-29T15:13:53.688-08:00O Deus-diabo & o Diabo-deus.Santa e pecadora.<br /><br />Pode alguém ser santo e pecador ao mesmo e um só tempo? Não, não é possível. Pode-se ser pecador ontem, e santo amanhã, ou santo hoje e pecador amanhã, mas não ser a mesma coisa ao mesmo tempo. E a Igreja pode ser santa e pecadora? Não, não pode! Então por que os padres nas suas homilías se referem à Igreja como santa a pecadora? Bem não sou homem de ensinar padre a rezar missa, mas o Professor Plínio Correia de Oliveira, muitos anos atrás já chamava atenção para as conseqüências desse erro teológico introduzidos nela pelos seus inimigos. A igreja não é apenas a Assembléia dos cristãos como se diz hoje, ela é o corpo místico de Cristo, onde cada membro comunga o sangue e o corpo de Cristo, e o faz indignamente comungando a sua própria condenação se o faz em pecado mortal. Mortal, o que é isso. O pecado mortal, mata a graça pessoal, e separa em ato automático da Igreja Corpo Místico. Ora se você me entende, o pecado mortal, e mesmo os veniais, não podem habitar no corpo de Cristo, pois Cristo não é pecador nem o poderia ser. Assim quando pecamos nos separamos com nosso pecado da Igreja em ato continuo e automático. Assim o sacramento da reconciliação ou também chamado confissão nos reconcilia com o corpo místico de Cristo. Então, não é difícil conhecer que O CORPO MISTICO DE CRISTO QUE É A IGREJA é SANTO, e que o pecado de qualquer de seus membros o separa dela.<br />Donde podemos concluir, a Igreja é santa, os homens pecadores.<br />Quem tem entendimento para entender entenda, e perceba, desta frase ousada, “Igreja Santa e pecadora” quantos erros provocamos na sociedade. Hoje acreditamos que existem homens-mulheres; homens bom-maus; ou que existe o certo-erado e o errado-certo, etc. etc. etc.<br />Discutição para os doutos.<br /><br /><br /><br /><br />Wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-39728803493215090902011-01-22T08:46:00.000-08:002011-01-22T08:48:27.049-08:00Alkoholkonsum in der Luftfahrt.Alkoholkonsum in der Luftfahrt. <br />Die alternativen Kraftstoff hat eine Realität und ein Ziel seit Beginn der Luftfahrt verfolgt worden. Bereits im Jahr 1890 die Französisch Wissenschaftlich-technischen Lexikon Alkohol erscheint bereits als Kraftstoff für Verbrennungsmotoren. Während des Zweiten Weltkrieges finden nun reichlich Literatur über die Verwendung von Alkohol Brennstoff in der militärischen Luftfahrt. <br />Theresa di Marzo und Anesia Pinheiro Machado waren sicherlich die ersten Pilotinnen in Brasilien. <br />Anesia auf seinem historischen Flug an die Unabhängigkeit von Brasilien, im Jahre 1922 gehalten zu gedenken, zeigt uns, dass tatsächlich der Luftfahrt seit seiner Gründung verwendet wurde und einige alternative Kraftstoffe erforscht. Anesia mit seinem G 3 verwendet Rizinusöl (aus der Rizinusöl) als Brennstoff in seinen Dieselmotor Zweitakt (einige sagen, es war nur von Rizinusöl, eine Lösung mit Benzin geschmiert, ermöglicht jedoch den Zyklus Dieselmotor seine Verwendung als Brennstoff) radialen Dreh Marke von Französisch Gnome-Rhome Rest des Ersten Weltkrieges (1918). <br />Rizinusöl in einer alkoholischen Lösung ist weit verbreitet in Modellflugzeugen als Brennstoff für verschiedene Motoren. <br />Die Verwendung von Alkohol-Kraftstoff (Bio-Kraftstoff) und pflanzliche Öle (Castrol) sind nicht von den letzten Einsatz in der Luftfahrt. In der Tat scheint es, dass die in den Reaktoren (reine Jet-Turbinen) als die aus Erdöl und synthetischen Ölen verwendet. <br />Englisch Arbeit in Verbrennungskraftmaschinen, 1953, sehen wir, dass vieles in seinem Text vor dem Zweiten Weltkrieg Diesel, Erdgas, Benzin, Alkohole, Kerosin, Stickstoff, Wasserstoff und pflanzliche Öle erfahren, wie Kerosin . <br />Die Verwendung von Alkohol in der Zivilluftfahrt Flüge scheint darauf hinzudeuten, dass Arktis und Sibirien entwickelte Technologie, würde vor Scham die modernen Autos auf Alkohol, auch mit Turbolader erröten. <br />Deshalb müssen wir daran erinnern, dass in dem Jahr, Professor Max Shauke, Texas, kündigt seinen ersten Flug von Ethanol Alkohol angetrieben (Alkohol hergestellt aus fermentierten Bio), vergessen, uns zu erinnern, dass diese Praxis im Jahr 1938 begann in dem Bemühen, den Einsatz als Kraftstoff Alkohol aus Zuckerrüben (England) und Kartoffeln (Russland). <br />Allerdings ist der Kern dieses Artikels, dass der Einsatz von Ethanol und Erdgas (Methan) als Kraftstoff in der Luftfahrt als eine mögliche wirtschaftliche Lösung für kleine Luftfahrt im Amazonasgebiet vorgestellt. Die Braunkohle, kann aus dem riesigen Vorkommen des Amazonas die Lösung für große Flugzeuge, wie sie in einer nordamerikanischen Universität sagen. <br />In diesem Zusammenhang entstehen Fuel Cell (Cell Energy) ist eine Technologie zur Gewinnung von Wasserstoff als Kraftstoff wirtschaftlich. Seit den 50-Raketen und einige experimentelle Reaktoren nutzen dieses Kraftstoffs ist am häufigsten in der Natur. In Brasilien gehen und neue Technologie auf den Punkt zuzulassen Bürger, ihre eigenen Wasserstoff zu produzieren. (Siehe: celulaacombustivel.com). <br />Isolierte Gruppen im Land sind dabei, diese Möglichkeiten für die Lösung der Energie des Amazonas, wo Ethanol (aus Waldrestholz gewonnen), Methan, Kraftstoff aus Braunkohle gewonnen, die Solarbatterien, Öl Amazon, Wasserkraft, Kraft-Zellen ( Erzeugung von Wasserstoff und Elektrizität portable) und damit tragbare Wasserstoff und Strom (letzteres durch den Einsatz von Batterien), als Energieträger für Flugzeuge, Schiffe, Generatoren, stationäre Motoren und Energiequellen für Kommunikation kann die Lösung sein für die neue Wirtschaft Energy World. <br /> <br />wallacereq@gmail.com<div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5822037650982354806.post-54922026958687998012011-01-21T13:53:00.000-08:002011-01-21T14:02:02.535-08:00TalentosHomenagem que faço às nossas novas seguidora, Ana Paula Voss e Kamila Mangonni. Wallacereq@gmail.com<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyHCZw5-alrfMWlSxxCKzpcXzv1coUUJHUft4ayVh8h8OiUvTJ13FIBaVi68lKODwOr0d0Ej8EQ2XDLKv2rxA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><div class="blogger-post-footer">Conheça o G 23 Presidente</div>GRUPO 23 DE OUTUBROhttp://www.blogger.com/profile/07282784336601292996noreply@blogger.com