mardi 6 janvier 2009

Antes que me acusem.

Eu não sou monarquista. Nasci na Republica, sou filiado ao PMDB desde 1980.
Todavia, ando com a idéia, de que o Brasil precisa de um partido Monarquista. Sei que o plebiscito já decidiu, todavia, no meu entender, nada impede que aquelas pessoas que acreditam na monarquia defendam em um partido organizado seus ideais. Estamos em uma democracia, e as idéias monarquistas não podem ser abolidas do cenário político brasileiro, pura e simplesmente.
Imagino que esse partido pudesse lançar um membro da família real brasileira como candidato a presidente da Republica, aí, teríamos um fato inédito, uma novidade capaz de tirar a nossa política desses monologo ideológico que vivemos.
Estive recentemente com D.Bertrand de Orleans e Bragança, em Londrina, ele almoçou com Requião. Não trocamos palavra, todavia, quero que saibam que meu conhecimento da pessoa de D.Bertrand vem de muitos anos, devido a um amigo comum, Plínio Correia de Oliveira, de quem fui mais simpatizante do que amigo, creio ele perdeu muito com isso. Sempre lamento os preconceitos das elites, que afastam aqueles que a providência Divina coloca em seus caminhos para ajudá-los, embora, seus preconceitos não os permitam entender essa simples questão (fulano é irmão de comunista, ligado a teologia da libertação, inverdades, tolices).
Vou transcrever artigo de minha autoria, publicado no prestigiado Jornal Paranaense “O Estado do Paraná” em 10 de outubro de 1991. (dezoito anos atrás) Eis ai um testemunho do que digo.
Monarquia.
Estive atento as noticias vinculadas pelos jornais e telejornais paranaenses quando da visita de D.Bertrand de Orleans e Bragança. Não posso deixar de denunciar aquilo que poderíamos chamar de uma “censura branca”, uma ironia, uma espécie de desdém.
Os jornais escreveram como se as monarquias fossem coisa de um passado remoto, um saudosismo, uma proposta retrograda, um absurdo. Em absoluto não é. Monarquia é uma forma de governo contemporâneo. Basta lembrar que a Inglaterra, a Espanha, a Holanda, a Dinamarca são monarquias. Andorra e Mônaco são principados. Também são monarquias os Emirados Árabes, um bom número de reinos negros, e ainda o Japão.
Este último, é bom lembrar, desenvolveu-se e enriqueceu sob o regime monárquico contemporâneo.
Recentemente um dos países recém libertos da União Soviética, no leste Europeu reivindicou a restauração do regime monárquico. Isto é interessante, isso é História Contemporânea.
A Igreja Católica (Universal) tem a monarquia como uma das formas de governo lícito. Ela própria em diversos sentidos é uma monarquia( porque a Igreja também é um Estado, o Estado do Vaticano) contemporânea que trás sobre si a tradição organizacional de dois mil anos. Isso é realidade.
Os meios de comunicação parecem esquecer que o mundo não está apenas formado pelos ideais do socialismo, ou da redundante social-democracia. Qual é o regime político dos esquimós? A realidade é um pouco mais rica do que o interesse dos pedreiros.
Julgo, porém, que sou em relação ao Brasil um presidencialista. O que não aceito é o fato de que um grupo de pessoas que tiveram os seus maiores líderes políticos banidos do país devido à suspensão de seus direitos políticos por dez anos venham ironizar a pretensão democrática dos monarquistas que tiveram ( no caso da Família Orleans e Bragança) seus direitos políticos suspensos por 100 ( cem) anos. Acho que pouca gente sabe disso.
Foi uma pena que o Governador Requião não teve agenda, para em almoço, homenagear esse membros da família Real que, quer queiramos, quer não, esteve ligada a história do Brasil desde antes do início de seu processo civilizatório, e que democraticamente nos visitou defendendo o seu ponto de vista.
(acrescento ao texto original mais essa observação: à família Real, devemos o Brasil, de 1500 ate a proclamação da Republica, portanto temos mais tempo histórico em relação à monarquia, do que à Republica. A Republica foi à herdeira do que já estava feito, a Republica foi o pé de cabra do Capitalismo inglês e Norte Americano, o que é o mesmo que dizer, do capitalismo e Bancos Judeus, e ninguém quer ver isso). E isso não é anti-semitismo, isso é a verdade.