Onde eu amarro o meu Bode?
Todos sabem, todos sentem que todo o homem (homem ou mulher) tem sua âncora afetiva, seu Norte afetivo. Âncora para que nosso barco não fique à deriva na corrente das paixões, e norte para que tenhamos aonde chegar, uma orientação diante da sociedade e da Vida. De tal modo que não sejamos dispersivos. Volúveis, voláteis, passando pelo tempo apenas como se fossemos a fragrância de um perfume ou odor de podridão.
Assim, eu que tenho o cristianismo como o Norte afetivo de minha vida, porém, também tenho uma âncora, o meu porto particular (no núcleo dos meus interesses afetivos), onde repousa (real ou imaginariamente) o meu coração de homem e de pai. Onde obvio, eu, metaforicamente, amarro o meu Bode.
No espinheiro dessa vida, onde já não sou menino.
Quero apresentar a mãe de meu filho, e meu filho, para o meu orgulho e a contemplação de todos os que não nos conhecem. Uma homenagem que presto aos avôs paternos e maternos de meu filho. A vida que eles plantaram, e cultivaram, e deixaram para melhor conhecer a eternidade, continua, no tempo, o seu curso inexorável.
Wallace Requião de Mello e Silva.