REQUIÃO REAFIRMA: LERNER QUEBROU O PARANÁ POR ISSO SONEGA INFORMAÇÕES AO SENADO DA REPÚBLICA
O senador Roberto Requião respondeu ontem às críticas do governador Jaime Lerner sobre sua postura na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado exigindo informações sobre a situação financeira do Estado. “Lerner se negou a prestar esclarecimentos sobre a real situação financeira do Estado e está tentando esconder uma realidade muito séria que é o desequilíbrio entre receita e despesa do governo”. O governador está emocionalmente abalado e parte para os ataques pessoais, quando deveria prestar as informações solicitadas pelos senadores, em decisão unânime da Comissão de Assuntos Econômicos -CAE, arrematou Requião.
Se o governador está preocupado com os pequenos produtores rurais porque extinguiu o programa Panela Cheia, que financiava os agricultores com equivalência em milho ? Questionou Requião. O senador paranaense ressaltou que está cumprindo o seu dever de fiscalizar o governador e apoiar o Paraná. “Tenho o dever de evitar que o Lerner faça com o Paraná o mesmo que o Quércia e o Fleury fizeram com São Paulo”.
O Paraná passa por dificuldades financeiras que o governo tenta ocultar e essa postura gerou indignação no Senado, disse Requião. O Senador paranaense informou que somente em agosto o governo do Estado vendeu R$ 138 milhões em ações da Copel para cobrir o furo no caixa do Estado. “O Lerner está transferindo os títulos podres do grupo Atalla para o Fundo de Desenvolvimento do Estado- FDE-, para com isso maquiar o balanço do Banestado. O melhor exemplo do “desgoverno” do Paraná é o aluguel de um jatinho para servir o governador que custa R$ 250 mil por mês, enquanto isso entrega a Ferroeste por R$ 69 mil”,comparou Roberto Requião.
ATAQUES PESSOAIS
O Senador Roberto Requião lamentou que o governador Jaime Lerner tenha partido para os ataques pessoais na tentativa de encobrir a realidade econômica do Paraná. Ele lembrou que o atual governador recebeu o Estado equilibrado financeiramente, a ponto de executar, com recursos próprios, obras de responsabilidade do governo federal como é o caso da duplicação da BR 376 (Curitiba/Joinville) a ponte de Guaíra e a própria Ferroeste. Para Roberto Requião, o Senado está tomando medidas para que no futuro não seja acusado de negligência, como vem ocorrendo com os títulos de Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo e Alagoas, que deram origem a uma CPI.
“Se o Collor em Alagoas, Quércia e Fleury em São Paulo, quebraram os Estados quando estavam no governo, não vou permitir que o Lerner quebre o Paraná, para atender suas vaidades”, afirmou Requião. A única transformação que os paranaenses estão vendo é um Estado que era exemplo de administração, ser lançado num burraco negro da inconsequência, finalizou Requião.